ANO XVII - 09 a 15 de dezembro de 2002 - Edição 201
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Universidade lidera em Número de patentes

O superintendente do Centro de Tecnologia da Unicamp, professor Douglas Eduardo Zampieri: "Saímos de uma postura reativa para uma postura pró-ativa"Embora seja apenas um indicador da sua produção científica, o número de patentes registrado pela Unicamp reflete a importância do trabalho desenvolvido pelos seus docentes e alunos de pós-graduação. Para atingir esse patamar, algumas dificuldades tiveram que ser superadas. A mais importante delas foi a inexistência, no Brasil, de uma cultura de preservação do conhecimento. De acordo com o superintendente do Centro de Tecnologia (CT) da Unicamp, professor Douglas Eduardo Zampieri, essa realidade começou a ser mudada com a criação, em 1984, da Comissão Permanente de Propriedade Industrial.

No início da década de 1990, a comissão deu lugar ao Escritório de Difusão e Serviços Tecnológicos (Edistec), órgão do CT, que passou a orientar os pesquisadores no que se refere à proteção da propriedade intelectual. "Saímos de uma postura reativa para uma postura pró-ativa", explicou o professor. Graças a esta transformação, o número de pedidos de registro de patentes tem experimentado um crescimento significativo ao longo do tempo. No ano passado, por exemplo, a Unicamp registrou perto de 35 inventos. Este ano, até o fechamento desta edição, haviam sido protocolados junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) 53 patentes. "Felizmente, temos alcançado resultados muito auspiciosos", comemorou Douglas Zampieri.

Apesar de não ser a missão primeira da Universidade, segundo o superintendente do CT, a Unicamp tem cumprido com eficiência a missão de colaborar para promover a inovação tecnológica no Brasil. Iniciativas como esta, no entanto, ainda não são suficientes para colocar o País entre os que mais se destacam no investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Nas nações tecnologicamente competitivas, a empresa e não a universidade é quem cumpre o papel de gerar a inovação. A Coréia do Sul, país cuja população equivale a um terço da brasileira, tem 70 mil cientistas empregados na indústria. As empresas brasileiras absorvem pouco mais de um décimo desse número, o que explica porque aquele país depositou 3.473 patentes em escritórios americanos no ano passado, contra 113 inventos brasileiros.