ANO XVII - 09 a 15 de dezembro de 2002 - Edição 201
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85% dos escolares aderiram ao programa

Nos programas municipalizados, a administração pública do município quase sempre complementa a verba enviada pelo governo federal. "No caso de haver atraso no repasse de verba, o município assume o problema não deixando faltar merenda às crianças. Na escolarização, o diretor conta somente com os recursos enviados pelo governo federal para a compra de gêneros alimentícios. Caso falte dinheiro ou a merenda não chegue em tempo hábil, a criança acaba ficando sem", explica a professora.

Essas são as principais desvantagens do programa escolarizado. Por outro lado, essa modalidade permite maior participação da comunidade em todas as etapas do programa, além de facilitar a aquisição dos alimentos no próprio bairro incrementando a economia local. A pesquisadora destaca que "em alguns municípios foram encontradas as duas modalidades existindo portanto atendimento diferenciado para os alunos da rede estadual e municipal, uma distorção do Programa que deveria ser corrigida com urgência", assinala Gilma.

Esses resultados independem da modalidade de descentralização observada ou qualquer outra especificidade de gestão presente no município, complementa a pesquisadora. A aceitação média das refeições foi satisfatória, uma vez que 85% dos escolares aderiram ao programa. "No entanto, a adesão média revelou-se relativamente baixa. Dos alunos matriculados nas escolas visitadas, somente 45% tomavam as refeições oferecidas", diz a pesquisadora. Esse índice foi confirmado quando foi perguntado aos alunos se consumiam a merenda oferecida na escola e com que freqüência o faziam.

No que se refere aos condicionantes do consumo constatou-se, a partir das entrevistas, que os alunos mais novos (com idade entre 7 e 10 anos de idade) e do sexo masculino participam mais do programa. Constatou-se, também, que os consumidores mais freqüentes (de quatro a cinco vezes por semana) são os alunos com nível socioeconômico baixo, não usuários das cantinas existentes nos estabelecimentos de ensino e, principalmente, que têm déficit de peso.

Entre os motivos mais citados para justificar a recusa da refeição é que não gostavam do que era servido. A recusa voluntária das refeições pode estar, na opinião da pesquisadora da USP, relacionada com o tipo de alimento oferecido.