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Consu aprova alteração
no estatuto e flexibiliza
estrutura das unidades

Medida deixa a cargo de cada unidade
manter a departamentalização ou não

MANUAL ALVES FILHO

O professor José Tadeu Jorge, vice-reitor: ganhos qualitativos e quantitativos nas atividades de ensino, pesquisa e extensãoO Conselho Universitário (Consu) aprovou no último dia 12 de novembro, em sessão extraordinária, proposição que alterou o Estatuto da Unicamp e abriu a possibilidade para que as Unidades de Ensino e Pesquisa, caso considerem conveniente, modifiquem a sua estrutura organizacional. Pela proposta, os atuais departamentos poderão ser substituídos por modelos alternativos, como grupos ou núcleos de pesquisa. O objetivo da medida, conforme o vice-reitor e coordenador geral da Universidade, José Tadeu Jorge, é permitir que as unidades possam se estruturar da maneira que julguem mais adequada tanto do ponto de vista administrativo quanto acadêmico. De acordo com o pró-reitor de Pós-Graduação, Daniel Hogan, que presidiu a Comissão que analisou o assunto, a Unicamp é a primeira instituição pública de ensino superior a promover este tipo de flexibilização.

Segundo o professor Tadeu Jorge, a discussão em torno do assunto vinha se desenrolando há pelo menos dois anos. A proposta chegou a ser colocada por três vezes na pauta do Consu, mas foi retirada antes de ser votada para permitir uma melhor reflexão por parte da comunidade. Na opinião do vice-reitor, o longo processo colaborou para que a decisão final fosse tomada de maneira bastante amadurecida. "Ao flexibilizar a estrutura organizacional, o Consu abriu a perspectiva para que as unidades optem pela melhor forma de atingir os seus objetivos. Tanto as que decidirem manter os departamentos quanto as que optarem por substituí-los por outros modelos o farão baseadas em critérios administrativos e acadêmicos", explicou.

Algumas unidades, segundo o pró-reitor de Pós-Graduação, consideram que a estrutura departamental não proporciona a eficiência e a agilidade necessárias ao bom andamento de suas atividades. Outras entendem, porém, que o atual formato continua sendo o mais adequado às suas especificidades. "Como as unidades têm realidades e dimensões diferentes, o Consu decidiu deixar que cada uma decida que estrutura é mais viável ao seu funcionamento" reforçou Hogan. Ele afirmou que, como ainda não existe experiência semelhante em outras universidades, as eventuais mudanças serão executadas com calma.

Para que uma faculdade ou instituto troque os departamentos por um outro modelo organizacional, a proposta terá que ser aceita por 2/3 da Congregação, que é o órgão de deliberação máximo da unidade. Em seguida, a matéria irá para a apreciação do Consu, onde também precisará de 2/3 dos votos para que seja definitivamente aprovada. "Além disso, haverá um acompanhamento minucioso da implementação das eventuais alterações e uma avaliação posterior dos seus resultados", ressaltou o pró-reitor.

Para Hogan, todo esse processo permitirá que haja uma profunda reflexão em torno de possíveis mudanças, bem como incentivará o exercício da democracia no âmbito da Universidade. O vice-reitor da Unicamp destacou, ainda, que a expectativa é que a autonomia de organização conferida às unidades pelo Consu traga futuramente ganhos qualitativos e quantitativos nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.