Jornal da Unicamp 181 -  22 a 28 de julho de 2002
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Nos seis dias de julho (de 7 a 12) em que Goiânia foi a capital da ciência com a apresentação de 3.505 trabalhos durante a 54ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a pesquisa realizada na Unicamp esteve presente. Oito pesquisadores da Universidade falaram a platéias que lotaram o campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás. Coube à socióloga Elza Berquó a primeira palestra do evento (dia 8), quando abordou as principais mudanças e tendências da população brasileira.

Falaram no mesmo dia o agrônomo José Graziano da Silva, do Instituto de Economia, e o educador José Dias Sobrinho (Leia as reportagens Universidade e o "quase-mercado" educacional e Como alcançar a sustentabilidade na agricultura brasileira?)

No dia 9, a antropóloga Guita Grin Debert coordenou o simpósio sobre Estrutura Etária: Um País de Adultos, abordando as novas etapas da vida adulta e da velhice no Brasil. Ela tem uma análise aguda do processo de construção social da velhice no Brasil. Os integrantes do que se convencionou chamar de “terceira idade” crescem a cada ano e já são uma porção considerável na nossa população, o que coloca para as

famílias, para as empresas e para o governo questões urgentes a serem resolvidas. Ângelo Luiz Cortelazzo, professor do Instituto de Biologia, tratou da expansão e diversificação do acesso à educação superior no Brasil.

A expansão das publicações científicas no País e o novo perfil da divulgação de ciência e da pesquisa na mídia foram os temas de dois simpósios em que participou o atual presidente da Fapesp, o lingüista Carlos Vogt, também coordenador do Labjor. Ele ressaltou a expansão dos cursos de pós-graduação lato sensu na área de divulgação científica e o crescente interesse de um público heterogêneo para esta nova área do conhecimento.

O sociólogo Octavio Ianni expôs, no dia 11, sua análise crítica do Mundo Depois de 11 de setembro de 2001. Em concorrida conferência, abordou as mudanças geopolíticas ocorridas no planeta depois do atentado em Nova York, razões e conseqüências do ato : “Faz tempo que a política norte-americana agride as bonitas experiências sociais no mundo, modelos alternativos de desenvolvimento como os que ocorreram no Chile, Irã, Congo, Nicarágua e Indonésia”. Para Ianni, o episódio é apenas um capítulo da longa história de revolta contra o Ocidente.