| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 338 - 25 de setembro a 1 de outubro de 2006
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A exposição de trabalhos do ano passado, no Ginásio da Universidade: número de inscrições vem crescendo desde o primeiro Congresso (Fotos: Antoninho Perri)
     
XIV Congresso Interno de Iniciação Científica da Unicamp terá 1.050 trabalhos em exposição

O evento que marca
a iniciação na pesquisa


Daniel Pereira, pró-reitor de Pesquisa: “A iniciação científica, para a instituição, é uma atividade estratégica das áreas de ensino e pesquisa”A Unicamp realiza nos dias 27 e 28 de setembro o seu XIV Congresso Interno de Iniciação Científica, com um incremento de 13,5% no número de trabalhos inscritos em relação a 2005. Este ano, o evento reunirá 1.050 estudos, que serão expostos no Ginásio Multidisciplinar da Universidade. Organizado conjuntamente pelas pró-reitorias de Pesquisa e Graduação, o Congresso estará aberto ao público em geral. As melhores pesquisas, selecionadas inicialmente por um Comitê Interno e em seguida por um Comitê Assessor representante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), serão premiadas com certificados de Mérito Científico.

Alunos têm a chance de conviver com o profissional do laboratório

O número de trabalhos inscritos este ano mantém a curva ascendente verificada desde o início. Essa tendência, porém, revelou-se ainda mais marcante nos últimos anos. Os 926 projetos expostos em 2005, por exemplo, refletiram um aumento de 3% em comparação ao ano anterior e de quase 45% em relação a 2003.

Para o pró-reitor de Pesquisa, Daniel Pereira, o aumento de inscritos ilustra o interesse dos alunos pelo evento devido à sua ressonância no âmbito interno e externo. “Os principais impactos do programa são a melhor preparação para a pós-graduação e o desenvolvimento do raciocínio independente, da criatividade e do método no tratamento de novos problemas que esta experiência proporciona aos estudantes envolvidos”, diz. A tendência, segundo ele, é manter a curva ascendente. “A iniciação científica é considerada institucionalmente como uma das atividades estratégicas das áreas de ensino e pesquisa”.

Um dos desdobramentos da atividade de pesquisa ainda na graduação é a aproximação dos estudantes com as agências de fomento para concessão de bolsas, algo que permeará a carreira de boa parte deles na pós-graduação. Em 2005, foram atribuídas 516 bolsas pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); 244 bolsas pesquisa pelo Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), da própria Universidade; 252 bolsas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e 80 bolsas em projetos integrados do CNPq. No total, foram 1.092 bolsas. Em 2006, a Unicamp recebeu 1.293 inscrições junto ao Programa Integrado de Bolsas de Iniciação Científica, ainda englobando Pibic/CNPq, SAE e Fapesp, refletindo um aumento de 23% em relação à demanda do ano anterior.

Segundo Daniel Pereira, porém, um dos principais aspectos do programa é a convivência dos estudantes de graduação com profissionais que fazem pesquisa. Quem ministra as disciplinas nas salas de aula são os mesmos pesquisadores que estão desenvolvendo suas atividades nos laboratórios. Gente que publica anualmente cerca de 1,5 mil artigos em revistas indexadas e responde atualmente por cerca de 15% da pesquisa acadêmica produzida no país. “A relação dos alunos com estes pesquisadores certamente é um diferencial de qualidade no ensino de graduação”, observa. Esse aspecto faz com que o programa de iniciação científica da Universidade reflita não apenas um aumento quantitativo, mas também um salto qualitativo.

Por conta dessa vocação natural para a pesquisa, o graduando acaba encontrando na Unicamp uma estrutura pouco comum no ensino superior brasileiro. Um dos exemplos mais ilustrativos são os laboratórios de ensino. “Esses espaços se tornam centros importantes para desenvolver o potencial do estudante”, diz Daniel Pereira. Em muitas situações, o aluno entra em contato com pesquisas que estão na fronteira do conhecimento. Além disso, segundo o pró-reitor, estabelece uma idéia mais próxima do que vem a ser fazer ciência e do que é o método científico de investigação, que na verdade é o que faz avançar o conhecimento.

Cinco áreas – Os 1.050 trabalhos do XIV Congresso Interno de Iniciação Científica da Unicamp estão distribuídos entre cinco grandes áreas do conhecimento: Artes (51), Biológicas (258), Exatas (175), Humanas (219) e Tecnológicas (347). Investigando temas específicos ou abrangentes, eles guardam uma semelhança entre si: resultam do esforço da Universidade em despertar no estudante, desde logo, o interesse pela ciência.

Alguns exemplos dão uma idéia da atualidade dos projetos em desenvolvimento. Na área de Artes, os visitantes poderão tomar contato, entre outros, com estudos que tratam de artes visuais para deficientes visuais, a dança na escola como processo auxiliar no processo de desenvolvimento integrado das crianças, e as novas tecnologias e suas influências na concepção de websites. No segmento das Ciências Biológicas, há trabalhos sobre o aleitamento materno, associação entre índice de massa corpórea e síndrome pré-menstrual, e a associação entre exposição ocupacional e câncer de pescoço e cabeça.

Em Exatas, os mais variados temas, entre eles, otimização via Internet; estudo da dinâmica populacional do vírus HIV; estudos de seis amostras de bacias no Paraná e gerenciamento de resíduos sólidos. Na área de Humanas, há estudos sobre divulgação científica na formação de professores, políticas econômicas de países emergentes e conflitos sociais em torno do uso de recursos sociais da mata atlântica. Já nas Tecnológicas foram desenvolvidos, entre outros, estudos sobre estimativa de temperatura de superfície com base em imagens de satélite, influência de aditivos usados na indústria de panificação e redução do escoamento superficial em áreas urbanas.


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