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Número de trabalhos inscritos para o evento, que acontece
nos dias 22 e 23, registra aumento de 43% em relação ao ano passado

Congresso de Iniciação Científica se consolida como celeiro de futuros pesquisadores


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Trabalhos desenvolvidos por alunos de graduação expostos no Ginásio Multidisciplinar: pesquisas em cinco grandes áreas do conhecimento  (Foto: Antoninho Perri)Com um incremento de 43% no número de trabalhos inscritos em relação à edição de 2003, o XII Congresso Interno de Iniciação Científica da Unicamp será realizado nos dias 22 e 23 de setembro, no Ginásio Multidisciplinar da Universidade. Este ano, o evento reunirá 905 estudos desenvolvidos por alunos de graduação, em cinco grandes áreas do conhecimento: Artes (32), Biomédicas (219), Exatas (161), Humanas (169) e Tecnológicas (324). As melhores pesquisas, selecionadas inicialmente por um Comitê Interno e em seguida por um Comitê Assessor representante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), serão premiadas com certificados de Mérito Científico. O Congresso estará aberto ao público em geral.

De acordo com as pró-reitorias de Pesquisa e Graduação da Unicamp, organizadoras do evento, os trabalhos de iniciação científica vêm aumentando em qualidade e quantidade de forma sistemática na Universidade, atraindo cada vez mais o interesse de alunos e professores. Os autores dos estudos contam com apoio financeiro do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Além disso, a Unicamp também financia as pesquisas por meio de um programa próprio, oferecido pelo Serviço de Apoio ao Estudante (SAE). Ao todo, foram concedidas 1.185 bolsas de estudos no ano passado.

Na Unicamp, os projetos de iniciação científica estão sujeitos a um criterioso acompanhamento. Além de um rigoroso processo de seleção, durante a vigência da bolsa cada estudante deve apresentar dois relatórios, que são analisados por seu orientador e pelos integrantes do Comitê Assessor das pró-reitorias de Pesquisa e de Graduação. Esse tipo de atividade é considerado estratégico pela Universidade nas áreas de ensino e pesquisa, razão pela qual tem merecido total suporte e apoio por parte da administração.

Abrangência – Os 905 trabalhos inscritos no XII Congresso Interno de Iniciação Científica da Unicamp abordam assuntos relativos a todas as áreas do conhecimento. Investigando temas específicos ou abrangentes, eles guardam uma semelhança entre si: resultam do esforço da Universidade em despertar no estudante, desde logo, o interesse pela ciência. Na área de Artes, por exemplo, os visitantes poderão tomar contato com estudos que tratam da interpretação popular de “O trenzinho caipira”, obra de Heitor Villa-Lobos; da importância da dança como agente modificador da qualidade de vida dos idosos e das funções da harmonia e da melodia na bossa Nova e no jazz.

No segmento das Ciências Biomédicas, há trabalhos sobre a associação entre depressão e infarto agudo do miocárdio, sobre o perfil das adolescentes mães de crianças de baixo peso no município de Campinas, acerca da prevalência do tabagismo entre os campineiros e em torno da busca de novos medicamentos potencializadores da secreção da insulina. Em Exatas, os estudantes trabalharam os mais variados temas, entre eles o desenvolvimento de um sistema mecânico para experiências de difração múltipla de raios-X, a problemática da mineração nas áreas urbanas, a geração, transmissão e recepção das ondas acústicas e a determinação dos níveis de mercúrio em combustíveis veiculares.

O papel dos cursinhos populares em Campinas, a importância da educação física na inclusão de crianças portadoras de Síndrome de Dow, os custos e benefícios da inflação e a análise dos discursos dos jornais “Folha de São Paulo” e “O Estado de São Paulo” em torno das questões sociais do governo Lula são alguns dos estudos na área de humanidades inscritos no Congresso. Já no campo das Ciências Tecnológicas, setor que apresenta o maior número de trabalhos produzidos, o público terá a chance de conhecer, entre outras, as seguintes pesquisas: simulação de uma casa inteligente, geração de mapas de índice de vegetação com o objetivo de estimar a produção de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo, isolamento e seleção de microorganismos biotransformadores de carotenóides, guia de armazenamento, manuseio e caracterização de frutas e hortaliças e biomateriais para implantes buço-maxilo-crânio-facial. Informações adicionais e a programação completa do XII Congresso Interno de Iniciação Científica da Unicamp poderão ser encontradas no endereço eletrônico http://www.prp.unicamp.br/pibic/xiicongresso.


Aumenta o número
de bolsas de iniciação

O termômetro que registra o passo inicial no interesse pela pesquisa científica é, sem dúvida, o número de bolsas de iniciação científica concedidas pelas principais instituições de fomento. Dados fornecidos pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) mostram que em 2003 foram concedidas 281 bolsas para alunos da Unicamp, o que significa um aporte de recursos da ordem de R$ 1,1 milhão. Em agosto de 2004, com os dados atualizados, esse número de bolsas aumentou para 313, o que significa 11% a mais. Já o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), do CNPq, atribuiu 516 bolsas a alunos da Unicamp em 2003, liberando recursos de aproximadamente R$ 1,5 milhão. O Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), da Unicamp, disponibilizou R$ 660 mil para atender 226 bolsistas. Juntos, os programas PIBIC/SAE, tiveram um aumento de 20% na oferta de bolsas para alunos de iniciação científica.

Essa crescente procura pode ser verificada pelo número de inscrições de trabalhos efetuados no XII Congresso Interno de Iniciação Científica da Unicamp, que será realizado no período de 22 a 24 de setembro. Do total, 479 inscritos são bolsistas Pibic, 213 são bolsistas SAE/Unicamp e 114 possuem bolsa Fapesp. Apenas 99 não possuem bolsas.

De acordo com as pró-reitorias de Pesquisa e Graduação, responsáveis pela coordenação do programa e pela organização dos congressos internos de iniciação científica da Unicamp, a atividade, considerada institucionalmente como estratégica nas áreas de ensino e pesquisa, tem mostrado sinais bem claros de aumento de qualidade e quantidade e isso se deve ao rigoroso processo de seleção e ao acompanhamento sistemático e criterioso dos bolsistas.

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