| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 313 - 20 de fevereiro a 5 de março de 2006
Leia nesta edição
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Brasiléia II
Drenagem torácica
Lattes
Alfredo Marques
Mandarim 7, 8 e 9
Caism, 20 anos
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Teses
Vanguarda Paulista
Rediscutir a creatina
Face feminina na Internet
Flora Brasiliensis
 

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Reconhecido pela excelência e atendimento humanizado,
hospital anuncia novos avanços como o ‘Poupatempo’

Caism, 20 anos norteado
pelo serviço ideal

MANUEL ALVES FILHO

A professora Mary Angela Parpinelli, diretora do Caism: esperança de abrir o Centro de Alta resolutividade em Oncologia ainda em 2006 (Fotos: Antoninho Perri) O Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), uma das unidades que compõem o complexo hospitalar da Unicamp, completa 20 anos em março de 2006. Criado para tornar-se uma referência nacional no atendimento à mulher e ao recém-nascido, chega ao estágio atual apresentando indicadores que confirmam o cumprimento da sua missão. Três dados numéricos, que são representativos de muitos outros, ajudam a fornecer uma idéia da importância do hospital para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2005, o Centro realizou cerca de 81 mil consultas especializadas, 4 mil cirurgias e 2,7 mil partos. E tudo isso com um diferencial importante, como atesta a diretora executiva, a docente da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) Mary Angela Parpinelli. “Aqui, os pacientes não são vistos apenas como pessoas portadoras de doenças, mas seres humanos que precisam de atendimento multiprofissional e interdisciplinar”, afirma.

Programas de qualificação e valorização do profissional são contínuos

Embora reconheça que o Caism alcançou um alto nível de excelência em suas atividades, a diretora executiva afirma que ainda é possível aperfeiçoar a assistência prestada, bem como as ações no campo de ensino e pesquisa. Nesse sentido, o hospital vem negociando com a Secretaria de Estado da Saúde a implantação de um Centro de Alta Resolutividade em Oncologia. A unidade, conforme Mary Angela, funcionaria como uma espécie de “Poupatempo” para o diagnóstico do câncer de mama. A idéia é que as mulheres passem por todos os exames no mesmo dia da consulta e, caso seja constatado o problema, já deixem o local com a cirurgia agendada. “Existe uma experiência similar em São Paulo, cujos resultados têm sido muito bons. Quanto mais ágil for o atendimento e precoce o diagnóstico do câncer de mama, maiores serão as chances de sucesso do tratamento. Atualmente, na maioria das unidades que compõem o SUS, a espera por uma mamografia pode durar meses”.

Segundo Mary Angela, que é a primeira mulher a ocupar o cargo de diretora executiva do Caism, a expectativa é que o Centro de Alta Resolutividade em Oncologia entre em operação ainda em 2006. “Seria um grande presente pelos nossos 20 anos”, diz. Ela esclarece que o hospital já possui o projeto para abrigar o novo serviço. Caso os entendimentos com a Secretaria de Estado da Saúde evoluam satisfatoriamente, o governo deverá arcar com a aquisição dos equipamentos. “A partir daí, tudo vai depender da dimensão que conseguiremos dar ao Centro de Alta Resolutividade e da demanda por esse tipo de atendimento”, pondera. Outra medida que a direção do hospital tem adotado para melhorar a qualidade dos trabalhos diz respeito à valorização dos profissionais.

Desafios – Um dos desafios, comenta Mary Angela, é estimular o trabalho em equipe. A médica faz questão de destacar que conta com um corpo de colaboradores altamente capacitado. “Mas ocorre que ainda não conseguimos atingir o estágio ideal no que toca a interação e integração entre os colaboradores e o processo de trabalho. Penso que ainda podemos avançar nesse sentido. Todos – servidores, docentes, alunos – devemos nos conscientizar de que somos fundamentais para atingirmos um melhor desempenho nas atividades realizadas no hospital”. Nesse sentido, na atual gestão do Caism, foram criados a Seção de Apoio e Desenvolvimento Profissional, o Grupo Técnico de Humanização, o Núcleo Técnico de Gerenciamento de Processos de Trabalho e a Ouvidoria interna, para acolher sugestões e críticas dos funcionários. “Estamos começando a colher os primeiros resultados dessas iniciativas, mas creio que ainda há muito que avançar”, analisa a diretora executiva.

Recentemente, o Caism constituiu uma comissão para estabelecer a programação do aniversário de 20 anos. As primeiras reuniões devem ocorrer nos próximos dias. A idéia, antecipa Mary Angela, é envolver os funcionários na definição de atividades que contem a história e divulguem o trabalho realizado pela unidade. Atuação, destaque-se, de fundamental importância para a população da região de Campinas e até mesmo de outros estados. Dos procedimentos realizados na área de oncologia em 2005, cerca de 7% referiram-se a pacientes vindos de fora de São Paulo.

No Caism, essas pessoas encontram um hospital que coloca à disposição das usuárias uma estrutura de atendimento multiprofissional e interdisciplinar. Isso significa dizer que, em caso de necessidade, a mulher que recorre ao Centro para ter um bebê, por exemplo, também pode se valer de serviços psicológicos, de assistência social e de fisioterapia, para ficar apenas em três exemplos. “Nós procuramos tratar nossas pacientes de uma forma integral e humanizada; tratar a pessoa e não a doença” reforça a diretora executiva.

História – O Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher foi inaugurado em 1986, na gestão do reitor José Aristodemo Pinotti. O projeto arquitetônico do Caism foi elaborado por professores da então Faculdade de Engenharia da Unicamp. A obra, que teve um custo considerado baixo para a época, foi concluída em dois anos. Além de ser um hospital que presta assistência de complexidade terciária, o Caism também é uma unidade de ensino e pesquisa, que atua em sintonia com as diretrizes da FCM. Assim, também é responsável pela formação e pela qualificação de inúmeros profissionais, cujo trabalho tem colaborado para elevação da qualidade do atendimento em saúde em vários pontos do Brasil. O Caism organizou, recentemente, o Núcleo de Voluntariado “Eduardo Lane”, sob a coordenação do professor Renato Passini Júnior, diretor associado do Centro. Os interessados em atuar como voluntários podem entrar em contato pelo telefone (19) 3788-9399.

CAISM EM NÚMEROS

142 leitos
8,3 mil internações
4 mil cirurgias
2,7 mil partos
81 mil consultas ambulatórias especializadas
363 mil exames laboratoriais
16,8 mil quimioterapias
46 mil radioterapias (campos)
5,7 mil mamografias
28 mil ultrassonografias
7,9 mil atendimentos psicológicos
20,9 mil atendimentos fisioterápicos

Fonte: Same/Caism
* Os dados referem-se ao ano de 2005

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