| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 313 - 20 de fevereiro a 5 de março de 2006
Leia nesta edição
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Brasiléia II
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Alfredo Marques
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Flora Brasiliensis
 

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Pesquisa sugere que proibição
da creatina deve ser rediscutida

RAQUEL DO CARMO SANTOS

Thiago Onofre Freire, nutricionista: "Pelo meu estudo, a creatina não exerceria positiva para diabéticos (Foto: Divulgação)Acreatina é um dos produtos mais consumidos entre os praticantes de atividade física por ajudar no aumento da massa muscular, força e desempenho, principalmente em competições esportivas. No Brasil, no entanto, sua comercialização está proibida há cerca de um ano e meio. Mesmo assim, o produto foi alvo de pesquisas do nutricionista Thiago Onofre Freire no Instituto de Biologia. Seu trabalho de mestrado – Influência da suplementação de creatina na modulação da captação de glicose em ratos submetidos ou não a atividade física – trouxe mais uma contribuição para o debate no meio científico.

Orientado pelo professor Antonio Herbert Lancha Júnior, Thiago Freire concluiu que a creatina não foi capaz de alterar a captação da glicose nos ratos, submetidos ou não a atividade aeróbia por quatro e oito semanas. Caso sua hipótese se confirmasse, a creatina poderia trazer benefícios para os portadores de diabetes. “Na literatura, o assunto é polêmico. Existem estudos que apontam para a influência positiva. Outros, porém, não encontram evidências significativas do efeito do suplemento para esse propósito”, explica. No trabalho de mestrado, ele procurou realizar a suplementação em ratos. “Pelo meu estudo em animais, o produto não exerceria nenhuma influência positiva para diabéticos”, conclui.

Ainda assim, Freire defende que deveria haver mais estudos para justificar a proibição do produto no Brasil. “Cientificamente, sua proibição é questionável, pois existem poucos dados que corroborem a idéia de efeitos colaterais no rim e fígado”, observa o pesquisador. Em sua opinião, a questão precisa ser melhor avaliada, mesmo porque em outros países a comercialização do produto é liberada.

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