| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 313 - 20 de fevereiro a 5 de março de 2006
Leia nesta edição
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Desafio para a Unicamp
Voltar a Eirunepé
Impressões do Repórter
Programação 40 anos
A Unicamp dos calouros
Serviços, espaços e convívios
O Mandarim 4
O Mandarim 5
Periodontite: riscos na gravidez
Editora: Blaue Blume
Vida Universitária
Teses
Painel
Negócio também é cultura
Legado de Lattes
 

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Serão 40 ações para divulgar a história da instituição e levar sua produção cultural à sociedade

Unicamp anuncia a
programação dos 40 anos

MANUEL ALVES FILHO

A Unicamp divulgará no próximo dia 7 de março, às 14h, na sala do Conselho Universitário (Consu), a programação oficial das atividades que marcarão os seus 40 anos de criação. Confira nesta página o quadro com as 40 ações nas áreas acadêmica, cultural, artística e esportiva, que eventualmente poderão se desdobrar em outras. Os eventos envolverão toda a comunidade interna e estarão abertos à participação da sociedade em geral. Antes mesmo do lançamento da programação oficial, algumas iniciativas relacionadas às comemorações pelo quadragésimo aniversário da Universidade já terão sido executadas, como a recepção aos calouros de 2006 e o Trote da Cidadania.

O campus da Unicamp: crescimento contínuo desde a pedra fundamental em outubro de 1966 (Foto: Antoninho Perri)Para dar conta de estabelecer um programa tão amplo, a Reitoria designou um Grupo de Trabalho especialmente para esse fim, presidido pelo professor Eduardo Guimarães, que é professor do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) e também assessor especial do reitor José Tadeu Jorge. De acordo com Guimarães, cerca de 20 pessoas representando diversas unidades e órgãos da Unicamp vêm atuando desde o final do ano passado. A primeira etapa do trabalho consistiu em discutir as linhas gerais das atividades. Em seguida, foi a vez de os integrantes definirem os eventos propriamente ditos. Uma comissão executiva extraída do próprio grupo que formulou a programação, tendo à frente o professor Carlos Fernandes, do Instituto de Artes (IA), está encarregada de transformar as idéias em ações.

Conforme Guimarães, embora a programação esteja fechada, isso não impede que novas atividades sejam agregadas aos eventos já definidos. Ele explica que farão parte das comemorações desde seminários até espetáculos musicais e teatrais, passando por concursos, exposições e disputas esportivas. “Essas atividades serão produzidas majoritariamente pela comunidade acadêmica, mas também pela comunidade externa. Um exemplo disso é o concerto que a Orquestra Sinfônica de Campinas apresentará em outubro. Nosso objetivo é aproveitar as festividades para aproximar ainda mais a Unicamp da sociedade”, afirma. Os eventos que marcarão os 40 anos da Universidade obedecerão a dois eixos principais. O primeiro objetiva divulgar a história da instituição, destacando a sua importância no esforço para o desenvolvimento da ciência e do conhecimento.

O segundo tem por meta apresentar à população a produção cultural da Unicamp, traduzida nas atividades científicas e artísticas executadas por seus alunos, professores e funcionários. “É importante destacar que os eventos em comemoração aos 40 anos da Unicamp não ficarão restritos às dependências da Universidade. Nós também vamos nos valer de outros espaços, como o Centro de Convivência Cultural e o Teatro Castro Mendes, para citar dois exemplos”, adianta Guimarães. Nos dias subseqüentes à divulgação do programa oficial, ocorrerão a apresentação da “marca alegórica” referente ao quadragésimo aniversário da Universidade, concebida pelo professor Carlos Fernandes; o lançamento contendo textos e fotografias sobre a história da instituição; e a cerimônia em que será dado o nome do físico César Lattes à Biblioteca Central.

O assessor especial do reitor destaca que, além da programação oficial, outros eventos poderão marcar os 40 anos da Unicamp. “É possível que as faculdades e institutos também realizem atividades nessa linha, aproveitando, por exemplo, as comemorações de um acontecimento relacionado a eles especificamente”. Eduardo Guimarães adianta que ainda farão parte das festividades a criação de concursos artísticos e literários em âmbito nacional; publicações de livros sobre a trajetória da Unicamp e gravações de CDs e DVDs com a produção artística da Universidade. “A previsão é que os eventos sejam realizados até dezembro. Eventualmente, um ou outro pode ter desdobramento para 2007”.

HISTÓRICO


Em 5 de outubro de 1966 era lançada a pedra fundamental do campus da Unicamp em Campinas. Embora a universidade já existisse no papel desde 1962 e funcionasse com uma unidade embrionária – a Faculdade de Ciências Médicas – desde 1963, a data foi oficializada como a do aniversário da instituição. O alto grau de excelência alcançado pela instituição tem reflexo direto nas atividades desenvolvidas por professores, alunos e funcionários. A Unicamp é, atualmente, a universidade brasileira com a melhor média no Exame Nacional de Cursos, o Provão. Além disso, de seus laboratórios e salas de aula saem contribuições importantes para o avanço do conhecimento, em áreas relacionadas ao dia-a-dia da população, como biotecnologia, telecomunicações, informática, filosofia, física, química e muitas outras.

A Unicamp tem cinco campi, instalados nas cidades de Campinas, Piracicaba, Limeira, Paulínia e Sumaré. A Universidade é constituída por 21 unidades de ensino e pesquisa (faculdades e institutos), 23 núcleos e centros interdisciplinares, dois colégios técnicos, um complexo de saúde com três hospitais, 21 bibliotecas e uma série de órgãos de apoio. Convivem nesses espaços aproximadamente 30 mil pessoas. A qualidade da formação oferecida pela Unicamp tem muito a ver com a estreita relação que historicamente mantém entre ensino e pesquisa. Também está vinculada ao fato de 90% dos seus cerca de 1.800 professores atuarem em regime de dedicação exclusiva e 94% possuírem o título mínimo de doutor.

Os docentes que conduzem pesquisas de ponta nos laboratórios são os mesmos que vão para as salas de aula. A Universidade conta hoje com 16 mil estudantes distribuídos em seus 58 cursos de graduação e outros 13 mil matriculados em seus 111 programas de pós-graduação. A Unicamp responde por cerca de 15% da investigação científica brasileira e por algo em torno de 10% das teses de doutorado e mestrado geradas pela pós-graduação nacional. Mantém, ainda, perto de uma centena de convênios de cooperação internacional.

Os estudantes que ingressaram na Unicamp no período compreendido entre os anos de 1999 a 2002 eram, em sua maioria, jovens (cerca de 70% tinham de 17 a 19 anos) e solteiros (perto de 95%). Nesse período, observou-se um aumento no percentual de mulheres, que, de 39,7% em 1999, foi elevado para 45,7% em 2001. Atualmente, há um equilíbrio entre alunos do sexo masculino e feminino. O interior de São Paulo tem sido o principal local de origem dos estudantes (70%, em 2001). Em 2002, 33% dos ingressantes haviam cursado o ensino médio em escola pública.

O professor Carlos Fernandes, autor da marca alegórica dos 40 anos (Foto:  Antoninho Perri)A marca da juventude e do vigor da Universidade

A marca alegórica referente aos 40 anos da Unicamp foi concebida pelo professor do Instituto de Artes (IA), Carlos Roberto Fernandes. De acordo com ele, o símbolo gráfico é assim definido por estar associado a um episódio específico. “Ao contrário da logomarca, que é duradoura, a marca alegórica tem característica efêmera. Ela normalmente está relacionada a uma data ou acontecimento pontual, como é o caso do aniversário da Universidade”, explica. Até chegar à versão final, o designer produziu diversas peças, a partir de variados elementos. “A busca era por uma alegoria leve, que retratasse a juventude e o vigor da Unicamp”, afirma Carlos Fernandes.

A marca alegórica, que será usada em impressos oficiais e em materiais de divulgação, é constituída pela inscrição “Ano 40” e aparece ao lado da logomarca oficial da Unicamp. Os caracteres, concebidos na cor preta, são soltos e têm traço descontraído. Carlos Fernandes lançou mão de cores primárias (amarelo, magenta e ciano) para “manchar” as áreas vazadas das letras. Isso, segundo ele, conferiu leveza ao símbolo gráfico. O designer produziu uma versão vertical e outra horizontal da alegoria, bem como uma terceira proposta para ser aplicada em camisetas e outros acessórios, na qual os caracteres que formam o nome da Universidade também aparecem “preenchidos” pelas três cores.

Carlos Fernandes conta que a marca alegórica foi feita a partir de traços manuais, mas com o auxílio da informática. Em outras palavras, ele usou uma caneta eletrônica para desenhar, numa prancheta também eletrônica, os caracteres do símbolo gráfico. Depois, ele concluiu a alegoria com a ajuda de dois softwares diferentes. A composição final, no seu entender, ficou harmoniosa e atendeu ao objetivo de representar graficamente o aniversário de uma instituição jovem e vigorosa.

 

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