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Jornal da Unicamp - Março/Abril de 2000


Página 15

ENSINO
Universidade virtual

Educação a distância atingirá anualmente 100 mil estudantes via projeto Unirede

O ensino universitário a distância acaba de ganhar velocidade, graças a uma proposta de âmbito nacional. A Unicamp participa do projeto, que se chama Consórcio Rede Universidade Virtual Pública do Brasil (UniRede), e congrega universidades públicas, com predomínio das federais e participação das estaduais e municipais. O UniRede, cujo lançamento acontece em abril no Congresso Nacional de Brasília, pretende atingir 100 mil estudantes por ano e conta com a adesão inicial de 52 instituições.

A idéia é trabalhar no consórcio criando oportunidades para o oferecimento de programas e disciplinas a distância. Apesar de arrojado em suas metas, o projeto visa tornar disponíveis cursos completos de licenciatura, bacharelado e atividades com nível de pós-graduação e de extensão em médio prazo. "O primeiro desafio será a formação de professores leigos, mas sem tirá-los da profissão. Eles somam 800 mil no país", comenta Mauro Sérgio Miskulin, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e representante da Unicamp nos fóruns do projeto.

Ainda que não seja uma universidade na acepção da palavra não tem reitor, docentes nem corpo técnico o Unirede trata-se de um consórcio de universidades interligadas com o propósito de expandir o ensino a distância e possibilitar maior acesso de alunos às universidades públicas, hoje limitado quase que exclusivamente à educação presencial. Segundo os organizadores, esse consórcio pretende estabelecer parcerias. Não significa que todas as instituições sejam beneficiadas e nem que passem a se envolver uniformemente e com igual intensidade.

O que se espera do consórcio, diz Miskulin, é que cresça para desenvolver, por exemplo, programas de licenciatura. "É desejável que se forme um pool de universidades que trabalhem juntas, tornando viável a consolidação do programa. A geração de conteúdo não necessariamente envolveria todos os participantes, mas, uma vez criado, outras universidades poderiam fazer uso dele, ofertando cursos em suas regiões de influência".

Fóruns e organização O consórcio já organizou neste período três encontros: dois na Universidade de Brasília (UnB) em dezembro e um na Universidade Federal do Rio de Janeiro em fevereiro. Foram discutidos temas como a definição de políticas e possíveis atividades relacionadas com a estrutura organizacional, tecnologias a serem utilizadas para a realização de educação a distância, produtos a serem oferecidos e operacionalização. É possível que atividades já desenvolvidas pelos seus membros sejam oferecidas pelo UniRede já no segundo semestre, embora um programa completo exija trabalho corporativo que pode demorar mais de um ano.

Os primeiros estudos mostraram que dotar as redes e sistemas de videoconferências, para atender a um aumento de 100 mil vagas anuais destinadas à formação de professores em serviço, exige recursos da ordem de US$ 10 milhões, sem incluir o custo de execução das licenciaturas. Entre as possibilidades aventadas está a de buscar recursos nas agências federais. Para negociações junto ao Ministério da Educação e Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), foram compostas comissões paritárias formadas por membros do UniRede e dos ministérios. A Unicamp foi indicada para compor a comissão do MCT.

Para o sucesso na geração de conteúdo, afirma Miskulin, é fundamental que haja uma estrutura de apoio a professores, pois não se espera que eles sozinhos desenvolvam um curso e o disponibilize em um ambiente como a Web.

A intenção é que o professor seja o chamado conteudista, quer dizer, a pessoa que detém conhecimento e sabe o que deve estar contido na disciplina a ser trabalhada, tendo para isso o apoio de técnicos com conhecimento em educação e mídia. Uma vez estabelecido o consórcio, ele terá um comitê gestor – formado por um coordenador, um presidente e um secretário-executivo – e um conselho de representantes, uma assembléia com ampla participação de todos conveniados.

Para a Unicamp, o UniRede se constituirá um rico ambiente para a identificação de parcerias em ensino a distância e para a busca de financiamento. Segundo Miskulin, identificada a clientela, é fundamental a escolha e utilização da mídia apropriada para o êxito do ensino pela modalidade a distância. "Com a educação mediada por computador ligado à rede e por videoconferências, não resolveremos o problema dos estudantes excluídos, principalmente se não contarem com estes meios. Estamos cientes de que em alguns Estados conveniados a televisão não tem amplo alcance, e nem o acesso à eletricidade está garantido. Neste caso, é nosso dever pensar no rádio, que é uma mídia mais acessível, como uma ferramenta possível."

É importante que a Rede Nacional de Pesquisa, rede da Internet, proporcione a todas as universidades acesso irrestrito a ela. Uma nova rede de alta velocidade está por chegar. Nos próximos anos, universitários do Brasil terão aulas em casa. E mais: suas avaliações serão feitas na presença de um professor da universidade virtual e o diploma do UniRede terá o mesmo valor de um tradicional. O consórcio está mantendo uma lista de discussão que poderá ser visitada na Internet. O site é http://www.unirede.br


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