| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 396 - 26 de maio a 1o de junho de 2008
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Estudo revela como internet
mudou jornalismo impresso

RAQUEL DO CARMO SANTOS

A jornalista Sabine Righetti, autora do estudo: funções precisam ser demarcadas (Foto: Érica Guimarães)A chegada da internet apenas acentuou a crise já instaurada na mídia impressa, constatou a jornalista Sabine Righetti ao analisar dois grupos paulistas de comunicação. Sabine considera que o jornal impresso precisa definir seu novo papel com o advento de novas tecnologias de informação, como forma de permanência no mercado midiático.

“É necessário que sejam demarcadas as funções e missões do jornal impresso e da internet. Por isso, meu objetivo foi estudar as mudanças no setor diante da configuração da internet como um novo meio de comunicação”, destaca Sabine. Os resultados da pesquisa constam da dissertação de mestrado, orientada pelo professor Ruy Quadros e apresentada no Instituto de Geociências (IG).

A jornalista demonstrou, a partir de estudos anteriores, que a crise no jornalismo impresso data de décadas e se trata de um fenômeno mundial, motivado, principalmente, por três fatores. O primeiro deles consiste na redução drástica do número de leitores dos jornais diários, acompanhada da crescente queda de anunciantes publicitários.

“E, finalmente, o aparecimento da internet como um meio de comunicação concorrente com o impresso. Todas essas questões mundiais também tiveram efeito nos setores brasileiros de comunicação. Em média, cada um dos principais jornais paulistas teve 40% de queda na circulação no período analisado, entre 1995 e 2005”, exemplifica.

A partir de números, Sabine demonstra o tamanho da crise no jornalismo impresso e as estratégias utilizadas por dois grupos paulistas de comunicação para atrair os leitores. Enquanto um deles optou pela diversificação de produtos desde a década de 1980, o outro foi mais reticente à chegada da internet e teve como estratégia manter o foco no jornalismo impresso, sem explorar os potenciais da internet. O resultado foi a chegada tardia, em 2000, do modelo online.

Por outro lado, as análises feitas por Sabine apontam para a internet como um meio de comunicação não-sustentável. Segundo dados de 2005, ela concentra atualmente 2% do total de dispêndios publicitários e, em dados otimistas, apenas 30% da população do Brasil tem acesso. “Isto significa que embora seja um forte fenômeno na comunicação, alguns desafios persistem”, declara.

A radiografia dos bastidores da gestão da comunicação foi realizada a partir de entrevistas com dirigentes e pessoal envolvidos nas transformações dos dois grupos de comunicação, a partir da consulta de fontes de dados sobre o setor de comunicação e por meio de revisão literária com foco nos trabalhos sobre recursos, estratégias empresariais e competências essenciais. Pelo estudo, ambos os sgrupos possuíam recursos internos, conhecimento e credibilidade da marca dos jornais para migrarem para a mídia online.

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