| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 306 - 17 a 23 de outubro de 2005
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Histórias de uma jornada
estudantil na Argentina

MANUEL ALVES FILHO

Da esq. para a dir., Bruno Deltreggia Benitez, Daniela Feriani, Rogério Martins Tavares e Flávia Panontin: experiência valiosa. (Foto: Antoninho Perri)Cinco estudantes de graduação da Unicamp acabam de retornar da cidade de Tucumán, na Argentina, onde participaram da “Jornada de Jovens Investigadores”, evento promovido anualmente pela Associação das Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM), entidade que reúne 18 instituições de ensino superior do Cone Sul, sendo sete delas brasileiras. Os alunos foram selecionados para representar a Universidade no encontro em razão da excelência dos trabalhos apresentados no 12º Congresso Interno de Iniciação Científica, realizado em 2004. Um dos estudos, de autoria de Rogério Martins Tavares, foi eleito como o melhor na área de engenharia mecânica e de produção. “Além da oportunidade de divulgar nossas pesquisas em âmbito internacional, a participação nessa jornada também foi importante para que pudéssemos trocar experiências com jovens pesquisadores de outros países”, afirma Rogério. Em 2006, o evento da AUGM ocorrerá na Unicamp.

Excelência de pesquisas norteou a seleção

A pesquisa realizada por Rogério resultou no desenvolvimento de um “visualizador” para auxiliar na perfuração de poços de petróleo. “Trata-se de uma ferramenta que cria uma interface gráfica capaz de orientar o trabalho de perfuração”, explica o estudante, que atualmente está fazendo o mestrado na área de engenharia de petróleo. Junto com ele, viajaram para Tucumán Bruno Deltreggia Benitez (curso de Medicina), Daniela Feriani (Ciências Sociais), Flávia Panontin (Química) e Maria Cecília Camargo Pereira (Economia). Eles apresentaram, respectivamente, trabalhos sobre biologia molecular, violência entre pais e filhos, desenvolvimento de um sensor para determinação de metais pesados em água e economia. Maria Cecília foi a única que não pôde participar da entrevista.

Assim como Rogério, os demais estudantes da Unicamp consideraram a experiência internacional extremamente valiosa. “A maioria dos trabalhos apresentados no evento era de boa qualidade. Graças a essa participação, foi possível ter uma visão mais ampla sobre o nível das pesquisas realizadas nas universidades dos países vizinhos”, diz Daniela. Para Flávia, um aspecto que chamou a atenção foi a diferença de tamanho das delegações. “Enquanto a Unicamp contava com cinco representantes, havia universidade com até 20 alunos. Essa discrepância deveu-se, principalmente, aos critérios de seleção que cada instituição de ensino adotou”, esclarece. De acordo com Bruno, a hospitalidade dos argentinos é um ponto que merece ser destacado. “Eles nos proporcionaram todas as condições para que pudéssemos apresentar nossos trabalhos”.

Na opinião dos quatro estudantes, a viagem também foi importante para que pudessem ter uma noção das diferenças existentes entre as instituições de ensino superior do Cone Sul. De maneira geral, dizem, os alunos da Unicamp podem se considerar privilegiados. “Aqui, nós temos uma excelente infra-estrutura à nossa disposição, o que não ocorre em todas as universidades. Creio que a realização do próximo congresso da AUGM na Unicamp será importante para que os jovens pesquisadores estrangeiros tomem contato com a nossa realidade”, analisa Flávia, com a anuência dos colegas.

Ainda segundo os estudantes da Unicamp, a participação num evento internacional desse porte serve de estímulo para dar seqüência aos seus respectivos cursos, bem como às atividades de pesquisa. “O mesmo vale para os demais alunos. Apesar do esforço da Cori e de ouros órgãos da Universidade em divulgar os intercâmbios, muitos estudantes ainda desconhecem essas oportunidades. Eu mesma já tinha ouvido falar da AUGM, mas não sabia exatamente do que se tratava. Creio que nossa experiência servirá de incentivo para que outros jovens passem a se interessar por programas desse tipo”, acrescenta Flávia.

Conheça os intercâmbios

A Unicamp oferece diversas oportunidades para que o estudante de graduação possa aprimorar os seus conhecimentos no exterior. Confirme, a seguir, a relação desses intercâmbios, que envolvem variados programas e países. Maiores informações podem ser obtidas nos sites da Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori) e no Serviço de Apoio ao Estudantes (SAE).

- Intercâmbio oferecido em parceria com o The International Association for the Exchange of Students for Technical Experience (Iaeste). Objetivo: possibilitar aos estudantes da Unicamp o desenvolvimento de atividades no exterior, visando ao aprimoramento dos seus conhecimentos. Participam países como França, Alemanha, México, Espanha, entre outros.

- Concebido pela Associação das Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM), o programa “Escala Estudantil” faculta aos estudantes a realização de disciplinas em instituições de ensino que integram a entidade.

- Intercâmbio com a Universidade de Buenos Aires (UBA). O estudante pode cursar matérias na instituição parceira, levando em conta o seu histórico escolar.

- Intercâmbio de graduação e pós-graduação com o Canadá. O programa visa a capacitar o estudante matriculado em período integral a seguir cursos em outra universidade, cumprindo parte dos créditos exigidos pela instituição de origem.

- Intercâmbios com o Institut National des Sciences Appliquées (INSA) e Ecole Centrale de Lyon (ECL), ambos em Lyon, na França. São dirigidos a estudantes dos 4º e 5º anos dos cursos de Engenharia Elétrica, Engenharia Civil, Engenharia Mecânica, Ciência da Computação e Engenharia da Computação.

- Intercâmbio com a State University Of New York (Suny), administrado pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). O programa oferece aos alunos regulares de graduação e pós-graduação a oportunidade de desenvolverem um projeto de estudos ou pesquisa no campus de Albany, por um período de um semestre, com a possibilidade de renovação por mais um semestre.

- Programa de Duplo Diploma, firmado com as Ecoles Centrales de Lyon, Nantes, Lille e Paris. Este permite que os alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica obtenham dois diplomas, um de uma das escolas francesas e outro da Unicamp.

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