Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 231 - 29 de setembro a 5 de outubro de 2003
Leia nessa edição
Capa
Artigo - O triunfo da pós
Desafio: informação nutricional
Agricultura familiar
Software: textos em braile
Pequenos movimentos
Linha Branca: setor em alta
Pós além dos 20 mil
`Banco de gelo´: economia
O prêmio de um romance
O Vôo de Dário Thober
Unicamp na Imprensa
Painel da Semana
Teses da Semana
Identidade magnética
A hora de cada um
 

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O triunfo da Pós

EUSTÁQUIO GOMES

Esta nem Zeferino Vaz imaginaria: que, passados pouco mais de trinta anos desde o início de implantação dos cursos de pós-graduação na Unicamp, a universidade chegaria à sua tese de número 20 mil. Foram titulados, nesse período, quase 14 mil mestres e mais de 6 mil doutores. Raras universidades no mundo são capazes disso num tempo tão curto e com tal qualidade, conforme lembra o professor Daniel Hogan, pró-reitor de Pós-Graduação.

Para além do encanto de arredondar números, vale dizer que este foi ultrapassado já na manhã seguinte à sua constatação. A dinâmica da pós da Unicamp é impressionante. Até o momento em que esta edição era fechada, na tarde de sexta-feira última, o número de teses já batia em 20.400. Até o final do ano terão sido titulados, desde janeiro de 2003, em torno de 1.300 mestres e 700 doutores. 700 doutores! Como não se cansa de repetir o reitor Brito Cruz, não mais que cinco universidades norte-americanas podem ostentar um número nessa ordem de grandeza.

Na verdade, sem muito alarde, a Unicamp da era pós-Zeferino montou um grandioso projeto de pós-graduação que totaliza hoje 115 áreas de concentração e alcança aproximadamente 52% do corpo discente da instituição. Isso faz dela uma universidade ímpar dentro e fora do País: ao dar à pós-graduação a mesma ênfase da graduação e da pesquisa, a Unicamp levantou um forte tripé acadêmico sustentado por canais comunicantes que irrigam a sala de aula com o conhecimento em processo, e não apenas com a informação bibliográfica.

Vale dizer que, graças a essa vocação manifesta e consolidada, a quantidade nunca afetou a qualidade. Atestam isto as avaliações periódicas da Capes, segundo as quais 50% dos cursos de pós-graduação da Unicamp são considerados excelentes e 94% – aqueles incluídos – estão situados no patamar dos “bons” ou acima dele. E o caminho dos bons é para o nível de qualidade máxima, conforme parece indicar o último relatório da Capes, que elevou nada menos que 17 desses cursos ao nível de excelência. Ponto importante: nenhum curso foi reprovado.

A importância social da pós da Unicamp é evidente. Ao oferecer um número expressivo de mestres e doutores à sociedade, a Unicamp exerce um papel qualificador na indústria, no setor público e no chamado terceiro setor. Depois, considerando-se que muitos desses mestres e doutores são docentes de outras universidades brasileiras – e cerca de um terço vem de outros estados –, a Unicamp realiza outra tarefa singular: a de “exportar” metodologia científica (não sendo outra coisa a pós-graduação) a outras regiões e instituições do País, com enorme efeito multiplicador. Bem por isso a Unicamp pode ser chamada, hoje em dia, de “escola de escolas”, título que não deixaria indiferente ao velho Zefa.

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