198 - ANO XVII - 11 a 17 de novembro de 2002
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Aluna é premiada em congresso

MARIA ALICE CRUZ

Alessandra Schanoski: investigando o sistema imunológico do portador de câncerAlessandra Soares Schanoski, bióloga e aluna de pós-graduação em imunologia do câncer na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, está entre os três alunos de pós-graduação da América Latina que receberão um prêmio no final no 6º Congresso Latino-americano de Imunologia, a ser realizado entre 9 e 13 de dezembro em Havana. O projeto desenvolvido dentro do Curso de Pós-Graduação para Não-médicos, no Departamento de Tocoginecologia da Unicamp, foi selecionado entre mais de cem trabalhos inscritos para ser apresentados no evento.

A aluna conseguiu, por meio de apoio da Reitoria da Unicamp, garantir presença no evento, no qual fará apresentação oral de sua pesquisa, ao lado dos outros dois indicados, um aluno do Chile e outro da Colômbia.

Por meio da utilização do modelo experimental walker 256, que possui variantes agressiva e regressiva, a estudante desenvolveu imunologia tumoral de câncer em ratos. O objetivo da pesquisadora era saber como o sistema imunológico do portador de câncer pode, sem ajuda de terapia, combatê-lo e, se não consegue, por que isso ocorre.

Alessandra investiga duas variantes tumorais, uma formada por célula agressiva e outra, regressiva. O foco da investigação é saber a diferença entre as duas variantes para compreender quais são os fatores que fazem a regressiva ser combatida pelo sistema imunológico dos animais pesquisados. "Estou verificando uma das muitas diferenças que estas células devem ter entre si, que é a expressão de uma molécula capaz de servir como um rótulo para a variante regressiva, e assim o sistema imunológico a reconheceria como estranha e conseguiria combatê-la", explica.

Alessandra reflete sobre a semelhança ao sistema imunológico humano. "Quando temos algum parasita e ficamos doentes, eles são reconhecidos pelo sistema imune como estranhos e são combatidos".Já a variante agressiva expressa de maneira deficitária a molécula, então as células tumorais passam despercebidas ao sistema imune e levam o animal à morte.

O trabalho de Alessandra recebeu orientação do professor Fernando Guimarães e co-orientação da professora Tereza Cristina Cavalcanti, ambos do Laboratório de Pesquisas Bioquímicas do Caism.