| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 350 - 5 a 12 de março de 2007
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Solução local para
um
problema mundial

O engenheiro químico Wai Nam Chan: fazendo a lição de casa (Foto: Antonio Scarpinetti)A Replan, maior refinaria de petróleo do Brasil, instalada em Paulínia, é responsável por cerca de um por cento da emissão de gases de efeito estufa (GEE) no contexto brasileiro de combustíveis fósseis. O engenheiro químico Wai Nam Chan chegou a este número depois de realizar uma minuciosa quantificação dos gases gerados pela empresa. Além de avaliar a emissão em cada segmento da cadeia produtiva da indústria de petróleo e gás natural, Chan também propõe em seu trabalho de mestrado, apresentado na Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM), ações para a incorporação de uma gestão de emissões dentro de uma refinaria. Algumas das possibilidades sugeridas poderiam gerar, inclusive, créditos de carbono, assunto em pauta, desde o estabelecimento, em fevereiro de 2005, do Protocolo de Kyoto – acordo que limita a emissão de gases de efeito estufa pelos países desenvolvidos.

Vista da Replan, maior refinaria do país: estudo sugere ações para a  gestão de emissões (Foto: Antoninho Perri)O engenheiro químico atua na própria Replan há 20 anos e, por isso, o conhecimento das atividades desenvolvidas permitiu que estudasse a questão com maior profundidade para propor medidas de redução, não só como profissional responsável, mas como cidadão consciente do problema. Há cerca de seis anos, Chan teve seu interesse despertado a partir de um curso de gestão ambiental realizado na Unicamp. “O aquecimento global é um assunto em pauta no momento. Percebo que se trata de uma questão de sobrevivência para as indústrias de petróleo. Sem contar o papel da sociedade, que deveria envidar esforços para deixar um planeta habitável para as próximas gerações”, argumenta.

Na opinião do especialista, mesmo que o Brasil não tenha sido incluído, num primeiro momento, no Protocolo de Kyoto, com certeza é uma das nações em evidência para os próximos acordos. Levantamentos indicam que o país está entre as dez nações que mais geram gases de efeito estufa. As áreas devastadas contribuem para esse quadro. No Brasil, as estimativas apontam que 75% da emissão desses gases está relacionada a desmatamentos e queimadas. Por outro lado, a queima de combustíveis fósseis contribui com a fatia de 25%. Daí a importância da gestão dessas emissões na indústria petrolífera.

A intenção de Wai Chan ao desenvolver a dissertação de mestrado, orientada pelo professor Arnaldo César da Silva Walter, foi chamar a atenção para a importância de a indústria antecipar a redução das emissões adicionais. Segundo ele, a empresa em que trabalha já vem implantando medidas para reduzir as concentrações de dióxido de carbono, de metano e de óxido nitroso, que são os principais gases de efeito estufa gerados na Refinaria.

Neste sentido, o estudo compara as emissões de três empresas de diferentes abrangências – global, multinacional e nacional – e destaca a importância de um inventário de emissões no segmento. “A indústria de petróleo tem arranjos e equipamentos próprios e, por isso, proceder a quantificação das emissões é uma tarefa complexa. Este foi o primeiro passo, pois acredito que quem não mede não consegue gerenciar”, analisa.

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