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Processo seletivo para terceira turma do curso
destinado à formação de professores acontece no dia 4 de julho

Curso de formação
de professores tem
aprovação de 98,4% dos alunos


MANUEL ALVES FILHO

O professor Sérgio Leite: reuniões periódicas para avaliação de resultados (Foto: Antoninho Perri)A Unicamp realizará no dia 19 de junho a inscrição para o processo seletivo que definirá os 400 novos alunos de um dos seus cursos de maior alcance social, destinado à formação, em Pedagogia, de professores que já atuam na Educação Infantil e nas primeiras séries do Ensino Fundamental dos 19 municípios que integram a Região Metropolitana de Campinas (RMC). Conhecido pela sigla Proesf, o programa, que tem duração de três anos, receberá em 2004 a sua terceira turma. O exame será realizado em 4 de julho, um domingo, em locais ainda a serem divulgados. A matrícula dos aprovados ocorrerá em 27 de julho e as aulas terão início em 3 de agosto. A taxa de matrícula (R$ 50,00) deve ser paga em qualquer agência do Banespa.

Com o ingresso da terceira turma, a demanda pelo curso de Pedagogia será praticamente atendida entre os professores das redes municipais de ensino da RMC, segundo os coordenadores do Proesf, Sérgio Leite e Elisabete Pereira, docentes da Faculdade de Educação (FE). A exigência de que os professores dos ensinos Infantil e Fundamental passem a ter formação superior está prevista na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação. A professora Elisabete Pereira ressalta que o Proesf tem sido um exemplo emblemático de como a universidade pública pode interagir com a sociedade, na tentativa de encontrar soluções para os problemas desta última.

O programa de formação em Pedagogia, lembra a especialista, é o resultado do esforço não apenas da Unicamp, por meio da FE, mas também das secretarias municipais de Educação, que são parceiras na empreitada. “O apoio das prefeituras tem sido fundamental para o bom andamento das atividades”, afirma. A cooperação nasceu em 2001, por ocasião do lançamento do Programa Especial de Formação de Professores em Exercício, iniciativa que antecedeu o Proesf.

Aulas vão ter início em 3 de agosto

A professora Elisabete Pereira: universidade pública interagindo com a sociedade (Foto: Antoninho Perri)Embora fosse uma resposta imediata da Unicamp e da Faculdade de Educação à necessidade de qualificação dos professores que trabalhavam nos ensinos Infantil e Fundamental, tratava-se de uma ação tímida, pois oferecia tão somente 45 vagas extras no curso de Pedagogia, no período noturno. “Naquela oportunidade, os secretários municipais de Educação aplaudiram a medida, mas ressaltaram que havia a necessidade de ampliar a oferta, dado o grande número de profissionais das redes municipais que tinha como formação apenas o antigo curso de Magistério, de nível secundário”, recorda a docente da FE.

A partir daquele momento, conta o professor Sérgio Leite, surgiu a idéia da criação de um outro curso, de maiores dimensões, que pudesse receber um contingente mais significativo de alunos. Foi constituído, então, um grupo de trabalho formado por representantes da Unicamp e das secretarias municipais de Educação, que no prazo de um ano elaborou as bases do que viria a ser o Proesf. Como o programa exigiria uma estrutura robusta em termos de recursos humanos, os especialistas optaram por trabalhar primeiramente com a formação dos chamados Assistentes Pedagógicos, os APs. Para isso, as secretarias de Educação indicaram professores das redes que já eram pedagogos ou possuíam alguma outra qualificação.

Durante o primeiro semestre de 2002, eles participaram de um curso de especialização, em período integral. “Assim que o Proesf iniciou suas atividades, esses APs passaram a atuar na formação de seus colegas de rede, em três pólos diferentes - Campinas, Americana e Vinhedo -, sob a supervisão dos docentes da Faculdade de Educação. Estes, por sua vez, também participam das atividades em sala de aula, ministrando, por exemplo, aulas magnas”, esclarece a professora Elisabete Pereira. A definição dos pólos, segundo ela, facilita o deslocamento dos alunos, favorecendo assim as atividades presenciais.

Além disso, acrescenta o professor Sérgio Leite, os coordenadores do Proesf, os APs e representantes das secretarias de Educação reúnem-se freqüentemente para avaliar as ações e seus resultados. Esse cuidado, diz, permite que as eventuais falhas sejam identificadas com rapidez, acelerando conseqüentemente as medidas para saná-las. A metodologia empregada no Proesf, destacam os coordenadores, oferece uma sólida base teórica aos alunos, a partir da experiência que eles já têm na sala de aula. O trabalho tem dois eixos: atividades culturais e a pesquisa do cotidiano. O primeiro visa a ampliar a bagagem cultural para além da questão pedagógica e o segundo permite fazer uma releitura da prática diária em sala de aula.

Resultados – De acordo com os coordenadores do Proesf – a professora Ângela Soligo é a terceira integrante do grupo -, os resultados e efeitos proporcionados pelo programa têm sido excelentes. Uma das conseqüências do curso é a participação da Faculdade de Educação na criação de um sistema de educação continuada para as redes municipais de ensino das 19 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC). A Unicamp, por intermédio da FE, atuará como um pólo aglutinador regional, focando o contínuo aprimoramento do corpo docente dos municípios. Além disso, em novembro, segundo o professor Sérgio Leite, a Universidade promoverá um seminário nacional para debater os programas especiais para formação de professores em exercício.

Adicionalmente, revelam os especialistas da Unicamp, os alunos matriculados no programa têm manifestado um alto grau de satisfação com o mesmo. Um dado que reflete bem esse quadro são as baixas taxas de evasão, que ficaram em 1,7% e 1,5% nos anos de 2002 e 2003, respectivamente. A avaliação geral do Proesf, realizada no final de 2003, indicou que 98,4% dos alunos consideraram as atividades boas ou muito boas para a sua formação e 96% manifestaram aprovação em relação ao trabalho dos assistentes pedagógicos. “O Proesf é o resultado do compromisso social da Faculdade de Educação e da Unicamp. Ele representa a concretização de uma das lutas que a Faculdade empreende em prol da melhoria da qualidade da educação pública e da formação dos professores”, afirma a professora Elisabete Pereira.

Calendário do Proesf

Inscrição:
19 de junho, das 9h às 16h, no Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC), em Barão Geraldo, Campinas.

Taxa:
R$ 50,00 – o pagamento pode ser feito entre os dias 1º e 19 de junho, em qualquer agência do Banespa.

Locais da prova:
a divulgação será feita no dia 29 de junho na imprensa, no saguão do Ciclo Básico II da Unicamp e internet (www.convest.unicamp.br).

Data da prova:
4 de julho, a partir das 13h.

Convocação para primeira matrícula:
22 de julho – a lista será divulgada na imprensa, no saguão do Ciclo Básico II e na internet (www.convest.unicamp.br).

Primeira matrícula:
27 de julho, na Diretoria Acadêmica (DAC), em Barão Geraldo, Campinas, das 9h às 19h. As matrículas dos alunos da lista de espera serão realizadas no mesmo dia, das 20h até às 21h.

Fonte: Faculdade de Educação (FE) da Unicamp


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