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Técnica otimiza controle de
qualidade de detergente em pó

RAQUEL DO CARMO SANTOS

Consumidora observa marcas de detergente em supermercado: produto de melhor qualidade (Fotos: Antoninho Perri / Divulgação)Um equipamento que permite aferir a qualidade do detergente em pó em segundos foi testado nos laboratórios do Instituto de Química da Unicamp (IQ). A utilização da técnica, denominada espectroscopia no infravermelho próximo, pela química Giovana Soato Povia, mostrou-se eficiente em três importantes parâmetros de qualidade, com a vantagem adicional de ser mais eficiente e ágil. “A amostra não precisa passar pelo processo de pré-tratamento para ser analisada, além de eliminar a necessidade de uso de reagentes químicos nocivos ao meio ambiente”, explica Giovana.

Leitura é realizada em poucos segundos

De acordo com a pesquisadora, que apresentou dissertação de mestrado orientada pelo professor Celio Pasquini, a técnica já é utilizada para testes de qualidade em diversos segmentos, entre os quais, de combustíveis, produtos agrícolas e alimentos. A idéia da utilização do infravermelho próximo surgiu da observação de Giovana na linha de produção do detergente em pó na empresa em que atua. “Percebi que seria possível uma otimização no processo”, afirma.

A química Giovana Soato Povia: processo mais ágil e eficienteNa indústria, a cada lote do produto é retirada uma amostra para análise em laboratório. Em geral, para que os resultados sejam conhecidos, a espera é de aproximadamente 15 minutos, tempo considerado longo para uma escala alta de produção. Outro ponto, explica Giovana, seria o reprocesso, caso a amostra esteja fora dos parâmetros de qualidade. “Como o processo é contínuo, alguma especificação anormal faz com que a produção tenha que parar para se refazer o lote inteiro, o que gera um prejuízo econômico para a indústria”, esclarece.

O método, que consiste em emissão de um feixe de luz sobre as amostras, realiza a leitura em poucos segundos com alta eficiência, sem a necessidade de se interromper a produção. “O processo se torna mais ágil com a automação”, argumenta. Para os testes, Giovana utilizou 130 amostras de detergentes em pó e conseguiu bons resultados no quesito umidade do produto. Como o detergente passa por um processo de secagem, torna-se essencial o controle deste parâmetro. O teor de matéria ativa – poder de limpeza do detergente – também foi aferido com eficiência pela técnica de infravermelho próximo. A densidade do produto foi outro parâmetro de qualidade possível de ser detectado e controlado no processo.

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