| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 336 - 11 a 17 de setembro de 2006
Leia nesta edição
Capa
Perfil internacional
Cartas
Educação Física
Modelo de gestão
Predisposição ao câncer
Praga na cana
Hospital de Sumaré
Hospital de Sumaré 2
Creches
Sedentarismo
Som 'internético'
Idosos e próteses
Surda e alfabetizadora
Kaingang
Carlos Gomes
Painel da semana
Teses
Livro
Duo Luizinho 7 Corda
Unicamp Aberta
 

7

Unidade conquista a
confiança da gente humilde

Ivonete e David Vilas Boas: pacientes vindos de Rondônia para serem atendidos em Sumaré.Neusa Conceição, cujo filho caiu da moto: “Atendimento na hora”O Hospital Estadual Sumaré (HES) nasceu moderno, inclusive no que toca à sua arquitetura. Perto de completar seis anos, o prédio de sete andares destaca-se na paisagem simples do bairro onde foi construído, o Parque Jatobá. Nem por isso, porém, a unidade intimida os seus usuários, a maioria gente humilde vindas das cidades localizadas em seu entorno. Ao contrário, eles se sentem plenamente acolhidos em suas dependências. “Este hospital é uma maravilha. Lá em Rondônia não tem nada parecido”, afirma o agricultor David Vilas Boas, que se abalou da terra natal para tratar de uma “chaga no intestino” no HES.

Segundo David, que vive em Pimenta Bueno, município de 35 mil habitantes fundado após a passagem do Marechal Rondon pelo estado, Rondônia até tem alguns bons hospitais, onde ele poderia fazer tratamento. “Mas aqui tem mais equipamento. O atendimento é bem melhor”, avalia. “Na verdade, aqui a gente tem mais confiança”, acrescenta a mulher dele, Ivonete Lopes Chaves. David conta que no último ano deixou diversas vezes a sua cidade para vir se tratar no HES. Nesse período, ele já foi submetido a uma cirurgia e agora passa por procedimentos complementares. “Graças a Deus e aos médicos, estou me recuperando bem”, diz.

Informações às mães: respeito dos funcionários aos usuários é um diferencial. Raquel da Silva com a pequena Isabela no colo: “Se contar, ninguém acredita que é um hospital público”.Mas como um morador de Rondônia foi parar no HES? O próprio David explica. “Eu morei uma época em Vinhedo e já conhecia o hospital de nome. Depois, voltei para Pimenta Bueno. Quando adoeci, achei por bem vir cuidar da minha saúde aqui. Não é fácil ficar indo e voltando, mas acho que estou fazendo a coisa certa”. Moradora de Sumaré, a dona de casa Neusa Conceição estava no HES para visitar o filho internado. Ele havia caído da moto e quebrado um braço. “Este hospital é muito bom. Meu filho foi atendido na hora. Só não foi operado ainda porque ele tem anemia e os médicos estão fazendo uns exames antes. Graças a Deus, o governo construiu esse hospital pra gente, pois o outro não dava conta de atender a população”, considera.

Com a pequena Isabela no colo, a também dona de casa Raquel da Silva recorreu pela primeira vez ao HES para dar à luz. Conta que foi bem atendida e destaca a atenção que recebeu por parte dos funcionários. “Eles tratam a gente super bem. Se contar, ninguém acredita que este é um hospital público”. De acordo com sondagem feita pelo próprio hospital, o nível de satisfação dos usuários supera a marca dos 90%. No que se refere a uma unidade que compõe o sistema público de saúde, o número não deixa de soar impressionante.

Um quesito fundamental do padrão de excelência destacado pelos usuários vem do fato de o HES estar vinculado à Unicamp. Perspectivas para os próximos anos: manutenção do Nìvel 3 da Acreditação Hospitalar e investimentos contínuos no capital humano e em tecnologia da informação.Hoje, o hospital é a unidade hospitalar da região que mais recebe casos encaminhados pela Central de Regulação Médica da Diretoria Regional de Saúde (DIR 12), subordinada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Em que pese o curto período de sua implementação (setembro de 2000), o HES também é o hospital da região que mais recebe casos de urgência referenciada pela Central de Vagas da DIR 12.

Entretanto, não se pode falar em qualidade sem levar em consideração os programas de humanização adotados pelo hospital. A promoção do acolhimento humanizado com profissionais constantemente capacitados está entre os diferenciais do HES. Nessa linha, podem ser destacadas ações como os da Brinquedoteca, grupo de voluntários, Casa de Apoio, Projeto Mãe-Canguru, Hospital Amigo da Criança, Capelania, Projeto Leia Comigo, Cantinho da Beleza, alta precoce e horário expandido de visitas nas UTIs.

OS NÚMEROS

Inauguração: 21 de setembro de 2000
Leitos: 267
Internações: 12.580
Consultas ambulatoriais: 61.988
Cirurgias: 4.469
Partos: 2.266
Exames laboratoriais: 165,2 mil
Orçamento: R$ 52,2 milhões
Funcionários: 1.135
Índice de satisfação do usuário: 91%

Fonte: HES (dados de 2005)

 

Professores da Unicamp
ensinam a prática aos alunos

Uma das principais finalidades do Hospital Estadual Sumaré (HES) é a atividade de ensino. A unidade proporciona treinamento e estágio para os alunos de graduação e residentes da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), ambos da Unicamp. Por ser um hospital de perfil secundário e terciário, o HES complementa os serviços assistenciais do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, que tem característica terciária e quaternária.

Para a Unicamp, o HES possui um perfil assistencial ideal para se desenvolver atividades práticas, principalmente as ligadas aos últimos dois anos da formação médica. No hospital, todas as grandes áreas clínicas são coordenadas por um docente do departamento correspondente da FCM. Atualmente, alunos do primeiro ano do curso de Medicina participam de aulas. Já os alunos do quinto e sexto anos estagiam em diversas especialidades. O ambiente de hospital-escola se completa com a presença dos alunos do curso de Enfermagem, que fazem seu estágio na obstetrícia da unidade.

Desde 2004, após treinamento da equipe médica e de enfermagem, o HES vem realizando a coleta de sangue de cordão umbilical para o Banco de Células Tronco da Unicamp, sob responsabilidade do Hemocentro da Universidade. Juntamente com os Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), são os únicos hospitais com essa rotina implementada na região de Campinas.

Procedimentos inovadores também fazem parte da rotina do HES. O hospital foi o primeiro do interior do Estado de São Paulo a realizar com sucesso a neurocirurgia para ressecção (extração) de tumor cerebral com paciente acordada. Tal intervenção, considerada de alta complexidade, utiliza equipamentos específicos como ultra-som intra-operatório e neuroestimulador cerebral. Essa operação é realizada em poucos hospitais privados, podendo custar mais de R$ 100 mil.

OS RECURSOS FÍSICOS

Área Física: 22.000 m2
Capacidade instalada: 274 leitos
Capacidade ocupacional: 274 leitos
Centro Cirúrgico Geral: 6 salas
Centro Cirúrgico Ambulatorial 3 salas
Centro Obstétrico: 5 salas
UTI Adultos: 16 leitos (4 semi-intensivos)
UTI Neonatológica: 28 leitos (18 semi-intensivos)
Recuperação Anestésica Centro Cirúrgico Geral: 10 leitos
Recuperação Anestésica Centro Cirúrgico Ambulatorial: 7 leitos
Recuperação Anestésica Centro Obstétrico: 6 leitos
Atendimento Ambulatorial: 15 consultórios
Triagem: 1 consultório
Observação Adultos: 6 leitos
Observação Pediatria: 10 leitos
Pré-parto: 10 leitos
Reanimação Cardiorrespiratória UR: 2 salas (adulto e pediátrica)
Anfiteatro: 1
Salas de Aula: 1
Biblioteca: 1
Secretaria de Ensino: 1

Fonte: HES

Leia mais sobre o Hospital Sumaré


*Colaborou Caius Lucilios

 

SALA DE IMPRENSA - © 1994-2006 Universidade Estadual de Campinas / Assessoria de Imprensa
E-mail: imprensa@unicamp.br - Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Barão Geraldo - Campinas - SP