Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 230 - de 22 a 28 de setembro de 2003
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Congresso Interno de Iniciação Científica reúne 630 pesquisas

Evento é aberto ao público; autores dos melhores estudos serão premiados com diploma e livro

MANUEL ALVES FILHO

O pró-reitor de Pesquisa, professor Fernando Ferreira Costa: "Aluno será capaz de analisar e interpretar dados com maior precisão"A Unicamp promoverá nos dias 25 e 26 de setembro o seu XI Congresso Interno de Iniciação Científica. O evento reunirá 630 estudos desenvolvidos por alunos de graduação da Universidade, em cinco grandes áreas do conhecimento: Tecnológicas (221 trabalhos), Biomédicas (168), Humanas (111), Exatas (109) e Artes (21). Este ano, pela primeira vez, os autores das melhores pesquisas, selecionadas por um comitê externo segundo a sua qualidade científica, serão premiados com um diploma e um livro. O Congresso ocorrerá no Ginásio Multidisciplinar e estará aberto ao público em geral, que poderá analisar as produções científicas e acompanhar diversas apresentações artísticas.

De acordo com o pró-reitor de Pesquisa, Fernando Ferreira Costa, a iniciação científica tem uma elevada importância na formação do estudante. Ele lembra que a Unicamp é uma das poucas universidades no Brasil que proporciona ao aluno de graduação, por meio das suas linhas regulares de pesquisas, a chance de entrar em contato direto com a produção do conhecimento e com os métodos científicos. Tal cuidado, afirma, tem dois aspectos fundamentais. Primeiro, porque prepara o universitário para uma eventual carreira acadêmica.

O estudante que elabora um bom trabalho de iniciação científica, segundo Ferreira Costa, normalmente tem um destacado desempenho na pós-graduação. "Esse aluno, não raro, conclui a sua dissertação de mestrado ou tese de doutorado em menor tempo e apresenta trabalhos de elevada qualidade", diz o pró-reitor. Segundo, porque mesmo não se dedicando ao ensino e à pesquisa, esse futuro profissional terá assimilado um tipo de conhecimento que o diferenciará no mercado de trabalho. "Além de ter a visão crítica apurada, ele também será capaz de analisar e interpretar dados com maior precisão", acrescenta o professor.

Ferreira Costa destaca que, historicamente, o nível dos trabalhos apresentados no Congresso Interno de Iniciação Científica da Unicamp tem sido muito bom. Alguns têm qualidade similar ao de uma dissertação de mestrado ou tese de doutorado. Essa performance deve-se a dois fatores em especial. Inicialmente, à capacidade do aluno da Universidade. Para ingressar na instituição, ele é submetido a uma seleção rigorosa, como é amplamente reconhecido o vestibular da Universidade. Tem a ver, ainda, com a excelência do corpo docente. "Os orientadores dos trabalhos de iniciação científica são os mesmos professores e pesquisadores que atuam nas salas de aulas e nos laboratórios, gerando e difundindo o conhecimento", esclarece.

Trabalhos expostos na edição do ano passado do Congresso de Iniciação Científica: contato com métodos científicos já na graduaçãoA excelência dos trabalhos de iniciação científica executados pelos alunos da Unicamp tem sido reconhecida, ano após ano, por comitês formados por integrantes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). "Em seus relatórios, esses comitês têm feito reiterados elogios ao Congresso, tanto em relação ao desempenho dos estudantes quanto à organização do evento", ressalta o pró-reitor de Pesquisa. O alto nível dos estudos também pode ser medido pela repercussão que alcançam. Conforme Ferreira Costa, algumas dessas pesquisas são habitualmente encaminhas para publicação em revistas indexadas de circulação internacional.

Prêmio - Dos 630 trabalhos inscritos no XI Congresso de Iniciação Científica da Unicamp, 10% foram destacados pelos vários comitês internos da Universidade, em virtude da sua relevância científica. Destes, 12 serão apontados como os melhores pelo comitê do CNPq, correspondendo a todas as áreas do conhecimento. Seus autores receberão um prêmio constituído de um diploma e um livro. De acordo com o pró-reitor de Pesquisa, a premiação deverá ocorrer durante reunião da Comissão Central de Graduação ou do Conselho Universitário, cuja data depende de confirmação. Os demais estudos selecionados receberão menções honrosas.

A maioria dos trabalhos, assinala Ferreira Costa, contou com bolsas de estudos fornecidas pelo próprio CNPq, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), linha de fomento da própria Unicamp. Esse apoio, de acordo com o pró-reitor, é essencial para o êxito dos projetos de iniciação científica. "Em 2003, o número de bolsas do CNPq praticamente dobrou. Acredito que, a partir dos próximos dois anos, nós já possamos sentir o reflexo dessa medida na qualidade e quantidade dos trabalhos". Mais do que o resultado da atuação das pró-reitorias de Pesquisa e Graduação, acrescenta o professor, a organização do XI Congresso Interno de Iniciação Científica é conseqüência de um esforço maior, que envolve funcionários, professores, estudantes, Reitoria e o banco Nossa Caixa, que patrocina o evento.


Despertando o interesse pela ciência

Os 630 trabalhos inscritos no XI Congresso Interno de Iniciação Científica da Unicamp abordam assuntos relacionados a todas as áreas do conhecimento. Investigando temas específicos ou abrangentes, eles guardam uma semelhança entre si: são resultado do esforço da Universidade para despertar no estudante, desde logo, o interesse pela ciência. No segmento Tecnológico, por exemplo, podem ser encontrados estudos que tratam desde métodos de restauração e de uso de materiais na revitalização de construções históricas até o desenvolvimento de um suco de capim cidreira, passando pela avaliação do conforto e estresse térmico em ambiente de trabalho e a criação de um programa computacional de apoio ao deficiente visual.

Na área de Artes, será possível ao visitante do Congresso conhecer estudos sobre a relação da dança e a criança em situação de risco e o benefício da dança para o corpo idoso. No campo das ciências Biomédicas, estão inscritas, entre outras, pesquisas acerca da prevalência de parasitoses intestinais na população de Campinas, dos fatores de risco para hipertensão arterial em adolescentes trabalhadores e da busca de novos medicamentos potencializadores da secreção da insulina.

O fornecimento de subsídios para a solução de conflitos relativos a enchentes e uso da terra, a produção e purificação de hidrogênio obtido a partir da reforma do etanol e a avaliação da pluviosidade diária em Campinas, com a respectiva implicação no meio ambiente urbano, são alguns dos trabalhos da área de Exatas. Já em Humanas, há estudos a respeito da importância da "contação" de história para crianças com necessidades educativas especiais, sobre a parceria empresa/escola no contexto da política educacional paulista e em torno da viabilidade econômica da produção de energia elétrica a partir de resíduos da cana-de-açúcar no Brasil.


Programação

25/09 - 14h30
Abertura e apresentação da Orquestra Sinfônica da Unicamp
Ginásio da Unicamp

Dias 25 e 26, das 15h30 às 17h30
Exposição dos painéis das áreas de Artes, Biológicas, Exatas, Humanas e Tecnológicas

Dias 25 e 26, das 17h30 às 18h30
Espetáculos artísticos e músicas

PROGRAMAÇÃO ARTÍSTICA

25/09 17h30 - 18h30

Dança
Duo "Âmu-tu"
Coreografia: Diogo Angeli e Natália Mendonça
Intérpretes: Diogo Angeli e Natália Mendonça

Solo "Nina"
Coreografia: Andréia Nhur
Intérprete: Andréia Nhur

Música
Duo
Felipe Guimarães (violão)
Emily Spinoso (voz)
Repertório de MPB e canções próprias

Antônio Pessoti (voz), com acompanhamento em violão
Repertório de MPB

André Ribeiro - Violão e convidados

Choro e outros temas instrumentais

26/09 17h30 - 18h30

Dança
Coreografia: "O desvio da serpente"
Intérprete: Laura Pronsato

Música
Teclado: Cliff Viana
Repertório instrumental

Duo Quatro Pontos
Danilo Demori - Flauta e teclado
Fabiano Ribeiro - Guitarra, violão e teclado
Repertório de Chico Buarque

Felipe Saís - Voz e violão
Repertório de MPB e canções de sua autoria

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