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Sistemas computadorizados
fazem reconhecimento de pessoas

ANTONIO ROBERTO FAVA

O professor Lee Luan Ling e o pesquisador Miguel Gustavo Lizárraga: identificação até pelo som da canetaEquipe coordenada pelo professor Lee Luan Ling, do Departamento de Comunicações, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC), está desenvolvendo sistemas capazes de reconhecer um indivíduo de forma automática pelo computador, seja por intermédio da assinatura, da impressão digital, da voz ou do rosto. Conhecidos como biométricos, esses sistemas podem ser usados por agências agências bancárias, empresas privadas e até por delegacias de polícia.

O reconhecimento pelo computador pela biometria é uma tecnologia que se soma aos métodos clássicos, como crachás, cartões magnéticos, cédulas de identidade ou senhas, que podem ser perdidos, esquecidos, emprestados ou falsificados. "Isso é impossível de acontecer com o método biométrico", esclarece o professor Lee.

Som da assinatura - Um dos protótipos mais curiosos desenvolvidos pela equipe de Lee refere-se a um sistema biométrico que faz a autenticação de um indivíduo utilizando o som produzido pela ponta da caneta ao deslizar sobre o papel no ato da assinatura. "Uma das aplicações desse projeto é sua utilização em caixas eletrônicos. No momento em que o indivíduo precisa retirar dinheiro, a máquina "pedirá" ao cliente que assine seu nome sobre um dispositivo que "escutará" o som produzido pela assinatura do cliente. Se não houver combinação entre o ruído da assinatura e a informação que o caixa tem, a máquina não efetuará o pagamento; em caso afirmativo, sim", explica Miguel Gustavo Lizárraga, pesquisador-colaborador da FEEC.

Tempo de digitação - Outro protótipo de sistema biométrico em desenvolvimento pela equipe do professor Lee refere-se ao processo de autenticação de identidade com base em características obtidas na maneira como o usuário digita sua senha quando deseja ter acesso aos recursos de um computador.

"Nesse sistema utilizamos, além da seqüência de caracteres digitada, também o tempo que cada uma das teclas permanece apertada. É justamente essa informação temporal que faz com que a maneira com que se digita uma senha seja única para cada indivíduo", afirma Lee. A aplicação desse sistema pode ser expandida para qualquer outro em que se tenha um teclado como dispositivo de entrada de dados, como por exemplo os terminais de banco, acesso a contas via Internet home banking, acesso a recursos de telefones celulares, entre outros.

O setor de criminalística da polícia pode também ser uma área a ser beneficiada com os projetos científicos da FEEC. Um desses protótipos é o reconhecimento automático de pessoas suspeitas por meio de suas impressões digitais. O que se propõe com esse projeto, segundo Miguel, é utilizar o computador para fazer a busca rápida e precisa da identidade da pessoa a que pertença uma impressão digital. "É que hoje o processo de investigação, por meio de impressões digitais, embora tenha sido uma das maiores invenções da humanidade, é extremamente lento, trabalhoso e sujeito a uma série de falhas, pois é feito manualmente, o que dificulta o andamento das investigações", diz o pesquisador.

Equipe - O professor Lee coordena, na área de biometria, uma equipe de 10 pesquisadores, entre os quais o professor João Yabu-Uti, um doutor (Miguel Lizárraga), 3 doutorandos (Gilmar Caiado, Alessandro Zimmer e Lucila Leskow) e 4 mestrandos (Lívia Araújo, Luiz Sucupira Jr., Júlio Larco e Carlos Costa). O trabalho de Lee é responsável pelo desenvolvimento de quase uma dezena de projetos/protótipos no Departamento de Comunicações da FEEC e conta com o apoio financeiro do CNPq, Fapesp, Capes e Fundação Banco do Brasil.

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