Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 271 - de 25 a 31 de outubro de 2004
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Estudo desenvolvido para mestrado profissional
destaca aprimoramentos trazidos pelo Planes

Planejamento estratégico
é objeto de pesquisa



MANUEL ALVES FILHO


Adauto Bezerra Delgado Filho, autor da dissertação: proposta de estruturação em ciclos de melhoria contínua (Foto: Antoninho Perri)O processo de Planejamento Estratégico (Planes) que está sendo implantado na Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU) da Unicamp acaba de ser detalhadamente analisado em pesquisa desenvolvida para o mestrado profissional de Adauto Bezerra Delgado Filho, gerente da Área de Auditoria (AUDINT), órgão diretamente vinculado à própria PRDU. No estudo, a partir de 29 itens de avaliação, ele destacou os aspectos mais positivos da experiência, da qual tem participado, e as oportunidades para o aprimoramento do processo de planejamento. Além disso, o autor apresentou uma proposta de estruturação do processo em ciclos de melhoria contínua, de modo a torná-lo uma prática permanente de gestão na administração central da Universidade. O trabalho foi apresentado na Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM), sob a orientação do professor Miguel Juan Bacic, do Instituto de Economia (IE).

Autor estabeleceu 8 critérios de avaliação

Adauto Bezerra analisou a implantação do Planes na PRDU a partir de uma posição extremamente privilegiada. Por estar envolvido no processo, ele teve a oportunidade de participar da sua preparação, execução e acompanhamento. O pesquisador destaca que o planejamento estratégico deve ser entendido, antes de tudo, como um instrumento de gestão que precisa ser continuamente aprimorado. “Trata-se de um processo que requer um tempo para maturação”, explica. Pensar estrategicamente uma instituição do porte e da complexidade da Unicamp, segundo ele, exige muito mais o desenvolvimento de competências para lidar com as incertezas do que a falsa percepção de que se pode determinar o futuro.

A experiência conduzida na PRDU, que conta com dez órgãos e cerca de 1.600 funcionários, oferece evidências de que pode vir a se transformar numa boa referência para os demais órgãos e unidades da Unicamp, conforme o autor da pesquisa. Para chegar a essa conclusão, Adauto Bezerra estabeleceu oito critérios de avaliação, que foram desdobrados em 29 itens. Levando em consideração as especificidades e o contexto em que o planejamento estratégico está sendo feito, o pesquisador dividiu os tópicos em duas categorias: os que podem ser considerados “pontos fortes” dentro do processo e os que ainda não alcançaram esse estágio. Assim, 19 itens foram incluídos na primeira relação. Os demais, conforme Adauto Bezerra, são passíveis de melhoria.

Entre os itens elencados na categoria “ponte forte” estão a oportunidade para a adoção do Planes, o consenso, a assimilação da cultura de mudança e a separação do que é rotina do que é estratégico. Já entre as iniciativas que ainda precisam ser aprimoradas, Adauto Bezerra relacionou a prontidão para o planejamento, participação externa, o desdobramento e alinhamento e a aprendizagem organizacional. “O surgimento de algumas deficiências é natural num processo desse tipo, sobretudo quando ele está sendo conduzido pela primeira vez, como é o caso da PRDU em particular e da Unicamp no geral. Além do mais, como já mencionado, o planejamento estratégico pressupõe ajustes e aprimoramentos contínuos. O processo não tem fim”, ressalta o pesquisador.

Nessa linha, Adauto Bezerra propõe em seu estudo a estruturação do processo em ciclos de melhoria contínua, que obedece a quatro etapas. A primeira refere-se ao próprio planejamento estratégico, seguida do que ele denominou de execução estratégica, missão mais demorada e dedicada à operacionalização do plano. Depois, vem a fase da avaliação estratégica, onde se insere a avaliação institucional. Por último surge a aprendizagem estratégica. “Atingido a última etapa, volta-se àá primeira para que o processo experimente um novo ciclo e assim sucessivamente”, explica o autor do trabalho.

Programando as ações

O processo de planejamento estratégico que está sendo levado a cabo na PRDU insere-se no esforço que a Unicamp vem fazendo para implantar o seu próprio Planes, de amplitude institucional mais abrangente. O instrumento de gestão permitirá que a Universidade programe as suas ações no médio e longo prazo, em função da sua missão e de seus compromissos sociais. A primeira etapa do Planes da Unicamp teve início em 2000 e se estendeu até o ano seguinte. Na oportunidade foram estabelecidas diversas ações de caráter administrativo. O trabalho culminou com a aprovação, pelo Conselho Universitário (Consu), da distribuição dos recursos disponíveis e na constituição da Comissão de Planejamento Estratégico Institucional (Copei).

Depois, seguiu-se uma fase de sensibilização da comunidade interna, com o objetivo de estimular a participação espontânea de seus membros na elaboração do processo. Em maio deste ano, a Copei iniciou a sistematização das propostas feitas pelas 60 unidades e órgãos da Universidade. Em setembro último, o Consu aprovou os programas propostos para tratar as estratégias estabelecidas pelo Planes. São ao todo 16 programas desdobrados em 54 linhas. Em uma próxima etapa, as unidades e órgãos deverão elaborar projetos dentro dessas linhas, a fim de contribuir para o cumprimento das metas estabelecidas em seus planejamentos.

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