Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 271 - de 25 a 31 de outubro de 2004
Leia nessa edição
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Era uma vez a América
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Nova técnica: o átomo
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Mente humana é tema
da revista “MultiCiência”



RAQUEL DO CARMOS SANTOS

O professor Roberto Covolan, editor da próxima edição de "MultiCiência" (Foto: Neldo Cantanti)A revista científica eletrônica MultiCiência (www.multiciencia.unicamp.br), editada semestralmente pela Coordenadoria dos Centros e Núcleos (Cocen), coloca no ar no próximo dia 28 uma série de artigos e resenhas sobre “A Mente Humana”. Criada justamente para abordar problemáticas multidisciplinares, a revista em sua terceira edição optou por um tema que ganha destaque a cada dia no ambiente acadêmico e se mostra assunto obrigatório nas pautas de discussões de neurocientistas. “No primeiro número enfocou-se O futuro dos Recursos e, na seqüência Arte e Ciência. São temas que permitem divulgar a produção científica e artística dos núcleos e centros e ainda abrem espaço para o debate em diversas áreas”, destaca a editora-chefe, professora Alpina Begossi.

Artigos estarão disponíveis dia 28

A exemplo do que também ocorreu nos primeiros números, um editor convidado é encarregado de organizar a edição e sistematizar os artigos. “O convidado tem total autonomia para solicitar as contribuições e direcionar a temática”, afirma Alpina. Por isso, a comissão editorial fez questão de contar com o professor do Instituto de Física Gleb Wataghin Roberto Covolan no comando da publicação deste mês. Há alguns anos, Covolan vem se dedicando ao assunto e sua maior expectativa é no sentido de contribuir para que as neurociências um dia possam responder uma questão fundamental: como se conectam os processos físicos a experiências subjetivas?

O professor defende que nas articulações multidisciplinares, freqüentemente focadas em neurociências, residem as principais expectativas de avanço real no conhecimento da mente humana. Para citar um exemplo, ele explica que, nos últimos anos, o assunto ganhou maior relevância, principalmente na década de 90, quando muitos países, inclusive os Estados Unidos, investiram em estudos sobre o cérebro. “Foi a época em que mais se conseguiu avançar nos estudos sobre a mente humana”, afirma Covolan. Desta forma, ele destaca também que um esforço concentrado vem sendo envidado por alguns pesquisadores para que áreas distintas  como psicanálise e neurociências dialoguem e encontrem meios para evoluir. “Um dos desafios seria como investigar determinados aspectos tão específicos de cada área”.

O artigo de abertura da revista traz uma reflexão de Ivan Izquierdo, um dos nomes mais conceituados em neurociências e diretor da Academia Brasileira de Ciências. Ele relata aspectos pessoais sobre a mente humana, em particular sobre a memória. O neurologista da Faculdade de Ciências Médicas Benito Damasceno apresenta uma visão da atividade humana enquanto estrutura sistêmica e enquanto representação e mediação. Ana Nobre e colaboradores do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de Oxford (Inglaterra), Sidarta Ribeiro, neurocientista do Duke University Medical Center (Estados Unidos); Alexandre Valota da Silva e Esper Abrão Cavalheiro também contribuem para o debate com artigos em suas áreas. Ainda colaboram nesta edição Edson Françozo (Unicamp); Maria Luiza Cunha Lima (Universidade do Vale do Rio Verde); Orlando Bisacchi Coelho (Universidade de Mogi das Cruzes); Yurij Castelfranchi (School of Science Communication); e Leonardo Bonilha (University of Nottingham, Inglaterra).

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