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Tadeu Jorge, indicado pela comunidade com
82,59% dos votos, encabeça a lista do Consu

Alckmin deve definir
novo reitor esta semana




O engenheiro de alimentos e vice-reitor José Tadeu Jorge vota durante a reunião do Consu que definiu a lista tríplice (Foto: Antoninho Perri)Com 58 dos 60 votantes no primeiro escrutínio, o vice-reitor José Tadeu Jorge encabeça a lista tríplice elaborada na última terça-feira, dia 5, pelo Conselho Universitário e que já foi encaminhada ao governador Geraldo Alckmin para a escolha do reitor da Unicamp para os próximos quatro anos.

Tadeu, que já havia sido indicado pela comunidade universitária com 82,59% da preferência de professores, alunos e funcionários em consulta realizada nos dias 16 e 17 de março último, foi eleito pelos conselheiros com 58 dos 60 votantes no primeiro escrutínio. A lista do Consu é completada pelos nomes do engenheiro mecânico Antonio Celso Arruda e do engenheiro eletricista Edson Moschim, escolhidos no terceiro escrutínio.

Também foram votados, ao longo dos três escrutínios, os professores Fernando Costa (pró-reitor de Pesquisa), Yaro Burian (Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação), José Luiz Boldrini (pró-reitor de Graduação), Daniel Pereira (diretor do Instituto de Física), Lílian Costallat (diretora da Faculdade de Ciências Médicas), Léo Pini Magalhães (Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação) e Mohamed Habib (diretor do Instituto de Biologia).

Conselheiros se manifestam – A sessão do Consu do dia 5 foi a última presidida pelo reitor Carlos Henrique de Brito Cruz. Brito deixa a Reitoria da Unicamp para assumir a diretoria científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Na ocasião, vários conselheiros se manifestaram sobre o período administrativo e sobre o estilo pessoal de Brito Cruz.

O diretor do Instituto de Biologia, Mohamed Habib, ao ressaltar que a Unicamp jamais viveu um processo de transição eleitoral tão tranqüilo quanto o de agora, “em que houve uma grande e necessária convergência de pontos de vista”, atribuiu esse fato à qualidade da gestão de Brito Cruz. Sérgio Queiroz, da representação docente, destacou a criação da Agência de Inovação e o programa de inclusão social recém-implantado como duas importantes realizações do período.

Para o diretor do Instituto de Química, Francisco Reis, um aspecto a ressaltar é que, além das realizações materiais do período Brito Cruz, “raras vezes houve uma mobilização tão grande da comunidade acadêmica para a discussão de temas tão importantes como aumento de vagas, inclusão social e reforma universitária”. Gláucia Pastore, representante dos professores MS-5, ressaltou o trabalho dos funcionários que deram respaldo técnico e especializado ao projeto administrativo de Brito Cruz.

O diretor do Instituto de Economia, Márcio Percival, disse que a forma como a instituição foi conduzida nos três últimos anos resultou em aumento de prestígio para a Unicamp e no seu avanço como centro de excelência. Segundo Percival, três fatores concorreram para isso: a postura democrática da administração, a adoção de valores baseados no interesse público e uma forte articulação da Universidade com a sociedade. E para a professora Maria Luiza Silveira Mello, da representação docente, Brito “foi o maestro de uma orquestra que funcionou muito bem nos últimos três anos”.

Tadeu Jorge – José Tadeu Jorge, 52 anos, é vice-reitor e coordenador geral da Universidade. Professor titular na Faculdade de Engenharia Agrícola, graduou-se em Engenharia de Alimentos na Unicamp (1975), onde também realizou mestrado em Tecnologia de Alimentos (1977) e doutorado em Ciências de Alimentos (1981), concentrando suas pesquisas na área de tecnologia pós-colheita, na qual estuda produtos minimamente processados, armazenamento de produtos agrícolas e propriedades físicas de materiais biológicos. Em 1992 titulou-se professor livre-docente, professor adjunto em 1995 e professor titular em 1996. Foi diretor da Feagri de 1987 a 1991, diretor-executivo da Funcamp de 1990 a 1992, chefe de gabinete da Reitoria de 1992 a 1994, pró-reitor de Desenvolvimento Universitário de 1994 a 1998 e novamente diretor da Feagri de 1999 a abril de 2002, quando foi eleito vice-reitor da Unicamp.

Novo reitor será o nono na linha de sucessão

O reitor a ser indicado pelo governador Geraldo Alckmin será o nono da história da Unicamp. A Unicamp foi criada por lei em 1962, mas efetivamente instalada a partir de outubro de 1966, com o lançamento da pedra fundamental do campus de Campinas. Um traço importante caracteriza as sucessivas administrações a Unicamp: mesmo em tempo de crise, a instituição nunca deixou de evoluir.



1966-1978

O primeiro reitor e fundador da Unicamp, o médico parasitologista Zeferino Vaz (1908-1981), dirigiu a Universidade durante seus primeiros doze anos: de 1966 a 1974 como reitor pro tempore e de 1978 a 1978 como reitor indicado pelo antigo Conselho Diretor e designado pelo governador. Zeferino estruturou as dez primeiras unidades e antecipou-se no tempo ao abolir a cátedra antes mesmo da lei. Zeferino era conhecido como “o criador de escolas”.



1978-1982

O dentista Plínio Alves de Moraes (1916-2002) recebeu a difícil missão de substituir Zeferino Vaz. Após a morte do fundador, em 1981, Plínio protagonizou a maior crise institucional da instituição, quando o governador Paulo Maluf decretou uma intervenção na Universidade que durou cinco meses. Apesar disso, a Universidade cresceu durante sua administração.



1982-1986

Coube ao médico ginecologista e obstetra José Aristodemo Pinotti (n. 1934) tirar a Unicamp da crise, iniciar seu processo de institucionalização e concluir obras paradas havia anos, como o Hospital das Clínicas, o Instituto de Matemática e o Ginásio Multidisciplinar. Criou os núcleos e centros interdisciplinares, o Centro de Atenção Integral e Saúde da Mulher (Caism) e o Instituto de Economia.



1986-1990

O economista Paulo Renato Souza (n. 1945) investiu fortemente no reequipamento de laboratórios, consolidou o processo de institucionalização, instalou o Conselho Universitário, criou a estrutura de pró-reitorias, implantou o vestibular próprio da Universidade, construiu a Moradia Estudantil e várias obras importantes como a Biblioteca Central e a Faculdade de Engenharia Mecânica.



1990-1994

A administração de Carlos Alberto Vogt (n. 1943) foi marcada por um programa de qualificação acadêmica e administrativa que ficou conhecido como Projeto Qualidade. Criou dez cursos noturnos na graduação, 12 cursos de mestrado e 23 de doutorado. As vagas no vestibular subiram de 1.635 para 1.990 em sua gestão. O índice de professores com titulação mínima de doutor cresceu de 56% para 69%.



1994-1998

O médico pediatra José Martins Filho (n. 1943) implantou ou aprovou no Consu a implantação de sete novos cursos de graduação, ampliou as vagas no vestibular de 1.990 para 2.255, e atingiu o índice de 33% de vagas noturnas na graduação, praticamente atingindo a exigência constitucional. O crescimento da infra-estrutura física do campus de Campinas foi de 15% . A extensão também deu um salto: foi de 192 cursos em 1994 para 539 em 1998. Em sua gestão foi criado o Instituto de Computação.



1998-2002

O engenheiro de eletrônica Hermano Tavares (n. 1941) implantou seis novos cursos de graduação e ampliou em 26% o número de alunos matriculados na pós-graduação. Aumentou em 9% a área total construída do campus de Campinas, implantou as incubadoras de base tecnológica da Unicamp (Incamp) e de cooperativas populares. Em sua gestão foi consolidado o acordo que transferiu à Unicamp o gerenciamento do Hospital Estadual de Sumaré.



2002-2005

Na reunião do Consu de 5 de abril último, o físico e engenheiro de eletrônica Carlos Henrique de Brito Cruz (n. 1956) destacou, entre as principais realizações de sua administração, três ações cujo impacto na sociedade já se faz sentir: a implantação do programa de expansão de vagas a partir de 2002, o que representou um aumento de vagas no vestibular de 18%; a criação da Agência de Inovação; e a criação do programa de ação afirmativa e de inclusão social que ampliou de 31,4% para 34,1% os alunos inscritos provenientes da escola pública já no primeiro ano.



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