Chegada da “supermáquina” Lovelace é festejada no Cenapad-SP, que tem sede na Unicamp

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Lovelace, o supercomputador que veio tornar dez vezes maior o potencial disponível no Cenapad-SP, na Unicamp
Lovelace, o supercomputador que veio tornar dez vezes maior o potencial disponível no Cenapad-SP, na Unicamp

A chegada de uma nova máquina, a Lovelace, está sendo motivo de festa para o Cenapad-SP (Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho), sediado na Unicamp. O Cenapad-SP é um dos nove centros de alto desempenho do país. "Temos agora um novo supercomputador, trazendo um poder computacional dez vezes superior ao nosso melhor equipamento anterior, se considerarmos os processadores tradicionais e os aceleradores (CPU e GPU)”, comemora o professor Paulo José da Silva e Silva, professor do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC) e coordenador do Centro. "Esse supercomputador é uma lufada de modernidade. Além da presença de GPUs de ponta, ele foi configurado para dar apoio a diferentes demandas computacionais, como o processamento paralelo escalar e o processamento com alta demanda de memória."

O objetivo é reacender a demanda de centros de pesquisa mais fortes, em particular os da Unicamp, com uma categoria de equipamento não usual em laboratórios tradicionais, explica Paulo Silva, "Passamos dez anos sem conseguir atualizar nosso parque computacional. Os laboratórios com mais recursos já estavam conseguindo máquinas próprias que competiam com o que disponibilizávamos. Nesse contexto, a vinda de grupos fortes era limitada. A Lovelace muda esse jogo e acreditamos que vai aumentar bastante a demanda interna na Unicamp e de outros grupos do Estado de São Paulo e do país."

Paulo Silva: um primeiro passo, visto que a demanda computacional na ciência moderna só aumenta, com várias áreas dependendo cada vez mais de máquinas de alto desempenho
O coordenador do Cenapad, Paulo Silva: Trata-se de um primeiro passo, visto que a demanda computacional na ciência moderna só aumenta, com várias áreas dependendo cada vez mais de máquinas de alto desempenho

O coordenador acredita que este é apenas um primeiro passo, visto que a demanda computacional na ciência moderna só aumenta, com várias áreas dependendo cada vez mais de máquinas de alto desempenho. "Exemplos disso são as áreas de medicina e de biologia, que vêm usando técnicas baseadas em aprendizagem estatística de máquinas, que já permeia outras áreas da ciência moderna. Cremos que esses avanços irão impelir o apoio das agências de fomento a centros multiusuários como o nosso. Além dos supercomputadores, o Cenapad-SP tem como marca um corpo técnico bastante qualificado, com décadas de experiência em computação de alto desempenho (HPC). Uma equipe como esta demora a ser formada e isso nos coloca em vantagem diante de outros centros". 

O Cenapad-SP compõe o programa Sinapad (Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho), implementado no Brasil pelo MCTI através da Finep. "Nos últimos anos, o Sinapad esteve um pouco adormecido, já que os recursos foram centralizados no computador Santos Dumont do LNCC [Laboratório Nacional de Computação Científica], no Rio de Janeiro. Mas o Cenapad-SP, mesmo com essa limitação de recursos, conseguiu se manter relevante no cenário de HPC nacional e é, claramente, um dos provedores de poder computacional mais usados no Brasil. Torcemos para um rejuvenescimento do Sinapad nos próximos anos. A demanda só cresce e é importante ter vários centros ativos. Há rumores nessa direção e nos mantemos atentos para ajudar e participar do processo."

Lovelace, o supercomputador que veio tornar dez vezes maior o potencial disponível no Cenapad-SP, na Unicamp
Lovelace, o supercomputador que veio tornar dez vezes maior o potencial disponível no Cenapad-SP, na Unicamp

Segundo Paulo Silva, o cenário mundial de serviços de HPC se mostra variado, havendo uma grande demanda vinda não só de processamento escalar paralelo como também de aceleradores especializados, como GPUs, FPGAs, processadores de tensor (para inteligência artificial), entre outros. "É o mundo dos primeiros computadores de ExaFLOPs, uma capacidade ainda distante dos sistemas disponíveis para a ciência brasileira. A Lovelace entra um pouco no mundo dos aceleradores trazendo 10 GPUs Tesla A100 de última geração da Nvidia. Outra tendência é o uso de técnicas de virtualização que permitam que os usuários acessem os grandes computadores como uma máquina própria, configurando-a para rodar sua aplicação específica. Isso é possível com tecnologias como Docker e Singularity, que o Cenapad-SP pretende incorporar à Lovelace."

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