Unicamp começa a reunir informações para participar de ranking de sustentabilidade entre universidades

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A Unicamp deu início ao trabalho de reunião de dados e informações a respeito das diversas iniciativas da Universidade na promoção do desenvolvimento sustentável. O esforço deve garantir a participação inédita da instituição na próxima edição do THE Impact Rankings, ranking que avalia a performance das universidades do mundo na realização dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. O estudo que será realizado para viabilizar a participação no ranking também vai possibilitar que as unidades e órgãos que compõem a Unicamp conheçam todos os projetos desenvolvidos com esse objetivo, possam estabelecer parcerias para ampliá-los e ainda os tornem mais conhecidos junto à comunidade. 

O THE Impact Rankings é um novo ranking elaborado pela Times Higher Education, uma das principais organizações responsáveis por rankings educacionais do mundo. A primeira edição é de 2019. Nele, cada universidade pode apresentar trabalhos e iniciativas que realiza em busca de um dos 17 ODS da ONU, tais como a erradicação da pobreza e da fome, promoção da saúde, educação e igualdade de gênero, redução das desigualdades em geral, entre outros objetivos. As instituições recebem pontos individuais por cada um dos objetivos atingidos e, para entrar na classificação geral, é necessário apresentar projetos para a realização do ODS 17, "Parcerias e meios de implementação dos ODS" e de, no mínimo, outros 3 ODS. Na edição de 2020, a Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, ficou em 1º lugar no ranking geral. Entre as instituições brasileiras participantes, a Universidade de São Paulo (USP) teve a maior colocação, em 14º lugar no ranking geral.

imagem mostra quadros que indicam os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU são metas propostas pelas Nações Unidas para a promoção de um futuro mais sustentável (imagem: reprodução Nações Unidas Brasil)

 

De acordo com a equipe da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU) dedicada à participação da Unicamp em rankings, esta pesquisa tem um formato inovador e que exige uma organização diferente da habitual. "Existe um grande conjunto de rankings, de diferentes instituições, que sempre focam no que seria a missão prioritária das instituições de ensino: a pesquisa, o ensino e a extensão, eles estão sempre fortemente focados nesses aspectos. O THE Impact tem uma outra abrangência, ele avalia como a Universidade, à medida em que ela realiza sua missão, também está preocupada com a sustentabilidade. Isso internamente e como também ela participa e está conectada com essa questão na sociedade", explica José Antônio Brum, assessor da PRDU.

Novo ranking, nova forma de organização

A cultura da sustentabilidade pode permear diversas áreas e práticas do cotidiano. É por isso que as Nações Unidas reuniram todas essas frentes de atuação nos 17 ODS e, justamente por exigir uma visão mais integral da Universidade, este trabalho de coleta de informações deverá ser descentralizado. "É um ranking muito diferente dos demais porque ele tem dados numéricos, mas também pede evidências de como fazemos coisas em relação à comunidade local, regional, nacional e internacional para esses objetivos", explica Rosangela Correia Leves, membro da equipe de rankings. 

Assim, a primeira iniciativa foi de reunir representantes de todas as unidades  da Unicamp, apresentar a eles a ideia do ranking e estimulá-los a pensar de que forma seus órgãos contribuem com os 17 ODS. Cada uma delas deverá preencher formulários com indicações desses trabalhos realizados, como a realização de pesquisas, oferta de disciplinas com esse foco em cursos de graduação e pós-graduação, desenvolvimento de projetos de extensão e políticas e práticas adotadas na rotina dos locais. Todas essas informações e dados numéricos levantados deverão ser reunidos em um mesmo estudo no segundo semestre deste ano. O resultado do ranking deverá ser divulgado em abril de 2022. 

fotos mostram o hospital de clínicas da Unicamp, aluno negros em um evento e ações do projeto campus sustentável
Unicamp já desenvolve ações significativas em prol dos 17 ODS. A equipe da PRDU destaca o trabalho das unidades de saúde da Universidade, as políticas de inclusão, as ações do Projeto Campus Sustentável e a criação do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS) (fotos: Antonio Scarpinetti / Antoninho Perri / Reprodução)

Segundo Francisco Magalhães Neto, pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, o trabalho vai permitir a integração dos profissionais e a descoberta de projetos que podem ser potencializados a partir de parcerias. "A proposta não é que a PRDU lidere esse trabalho. Nossa ideia é incentivar essas ações, integrá-las e que a Universidade abrace essas iniciativas. Os protagonistas são as pessoas da Universidade", analisa o pró-reitor. 

Destaque na saúde e na inclusão pela educação

Apesar de o levantamento de dados estar ainda em fase inicial, a equipe de rankings da PRDU já aponta setores e atuações da Unicamp que contribuem em muito com alguns dos ODS e que podem dar destaque à Universidade no ranking. São exemplos o trabalho realizado pelas unidades de saúde da Unicamp junto à comunidade, como o Hospital de Clínicas, o Caism e o Cecom, além das políticas de inclusão e permanência estudantil, como as cotas étnico-raciais e as bolsas de auxílio. Outras ações que se destacam são as desenvolvidas pela Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI), entre elas a formação do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS). 

Eles ainda pontuam que, além da busca por uma boa colocação no ranking, a mobilização em torno do tema será positiva para que se incentive ainda mais uma cultura de sustentabilidade na Unicamp, dando às ações maior visibilidade dentro e fora da Universidade. "Muitas ações feitas pelas unidades e institutos não permeiam ainda a Universidade. Nós percebemos que, por ser uma Universidade pública, temos uma ação muito forte na busca por uma integração com as cotas, de trazer para dentro da universidade pessoas dos mais diversos setores sociais do país e buscar que ela seja realmente abrangente e inclusiva", avalia José Antônio Brum. 

"Estamos conseguindo unir pessoas de diferentes órgãos da Unicamp que têm iniciativas semelhantes. Acho que isso é positivo, que estamos descobrindo iniciativas que nós desconhecíamos. É uma maneira até para o grupo conhecer melhor a Universidade e o potencial que nós temos", pontua Rosangela Leves. 

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