Pós-verdade e discurso do ódio são temas da prova de Redação da Unicamp

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José Alves de Freitas Neto: "possibilidade de desenvolver uma visão critica e que saibam discernir informações e posicionamentos"
José Alves de Freitas Neto: "possibilidade de desenvolver uma visão critica e que saibam discernir informações e posicionamentos"

“A proliferação de boatos (...) e a forma como o feed de noticias funciona foram decisivos para que informações falsas tivessem alcance e legitimidade”. Esse excerto, extraído de uma matéria publicada pelo site Nexo, em 2016, foi um dos textos de apoio que os 13.712 candidatos que realizaram as provas do primeiro dia da segunda fase do Vestibular Unicamp 2018 deveriam usar para elaborar suas redações.

A Unicamp aplicou neste domingo (14/1) as provas de Redação e de Língua Portuguesa e Literaturas, em 17 cidades de São Paulo e nas capitais Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza. Na prova de Redação, os estudantes foram solicitados a elaborar um texto para uma palestra, a ser lido em voz alta, e um artigo de opinião. O tema da palestra era uma explicação sobre a pós-verdade e sua relação com as redes sociais e as consequências que a disseminação das chamadas fake news (notícias falsas) podem trazer para a sociedade. O tema partiu da Oxford Dictionaries, que definiu “pós-verdade” como a palavra do ano de 2016.

Além do trecho citado acima, o conjunto de textos para elaboração das redações trouxe depoimentos com diferentes opiniões sobre os temas, desde um ministro do STF, passando por jornalista, ativista e cantora, dentre outros.

Para o coordenador executivo da Comvest, José Alves de Freitas Neto, a Unicamp mantém a tradição de uma prova de Redação que cobra o posicionamento dos candidatos diante de temas relevantes e atuais da sociedade. “O que queremos com isso, é que os candidatos tenham possibilidade de desenvolver uma visão critica e que saibam discernir informações e posicionamentos e seu uso tanto para conhecimento cientifico, cultural e tecnológico, como para sua atuação enquanto cidadãos”, afirmou Freitas.

Sobre a prova de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, a coordenadora acadêmica da Comvest, Márcia Mendonça, ressaltou que a Unicamp busca estudantes que sejam leitores críticos e destacou que apenas ler o resumo das obras cobradas não adianta. “A ideia da prova de Literatura é poder explorar a formação literária dos candidatos”, disse.

A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) registrou uma abstenção de 11,3%. No ano passado, a abstenção foi de 10% e em 2016, de 13,2%. Este ano, dos 15.461 aprovados para a segunda fase, 1.749 não compareceram. Em Campinas a abstenção foi de 9% e em São Paulo foi de 11,6%.

As provas estão disponíveis na página eletrônica da Comvest (www.comvest.unicamp.br). As respostas esperadas das provas da segunda fase serão divulgadas na internet a partir de quarta-feira (17/1). Nesta segunda-feira, 15 de janeiro, os candidatos farão as provas de Geografia, História e Matemática e Geografia. Na terça-feira é a vez das provas de Biologia, Química e Física.

Este ano, 76.225 candidatos fizeram a prova da primeira fase, na disputa por uma das 3.340 vagas em 70 cursos de graduação da Unicamp.

Prova da segunda fase no Ciclo Básico 2, em Campinas
Prova da segunda fase no Ciclo Básico 2, em Campinas

 

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Entrada da prova da segunda fase no Ciclo Básico 2, em Campinas

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