EJA e Mídias são abordados em cursos ofertados pela Extecamp

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Extecamp investe em cursos de EAD
Extecamp investe em cursos de EAD

A Escola de Extensão da Unicamp (Extecamp) inicia neste semestre 12 cursos de extensão a distância, viabilizados mediante edital da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac)-EAD em 2016. O curso Fundamentos da Educação para Jovens, Adultos e Idosos: Teoria e História já iniciou turma neste dia 18 (sexta-feira). Já o curso Mídias Digitais e Ensino de Línguas (MDEL) começará as aulas na próxima segunda-feira (21). Ambos têm carga horária de 120 horas e juntos ofertam 400 vagas. Outros dez cursos estão previstos para oferecimento até o fim do ano. Ao todo, a Extecamp recebeu 33 projetos e selecionou esses 12. Conheça no site da Preac as linhas de financiamento possíveis e outras informações.

Segundo o professor Celso Morooka, diretor executivo da Extecamp, a importância desses cursos a distância é que eles podem atingir um maior número de interessados e podem ser mais abrangentes em termos de conteúdo também. “São uma boa oportunidade para a região de Campinas e por que não dizer para o Brasil e o exterior, embora nessa etapa todos os cursos sejam ministrados em português”, revela ele.

Professor Celso Morooka, diretor executivo da Extecamp
Professor Celso Morooka, diretor executivo da Extecamp

O edital Preac-EAD foi uma iniciativa bastante positiva, bem como as respostas dos projetos, conta Morooka. “E o fato de conseguir implementá-los foi um grande passo para a Unicamp, que já tem algumas iniciativas a distância, só que de forma isolada. Agora nossa tentativa é alavancar essa modalidade, pois o mundo caminha justamente nessa direção”, constata o diretor executivo. “Acreditamos no efeito multiplicador dessa iniciativa para permear todo Brasil. Se formos bem-sucedidos, poderemos levar essa experiência à graduação e à pós-graduação. Por isso devemos buscar eficiência máxima não só no ensino e na pesquisa. Também na produção do conhecimento para a sociedade.”

Pedro Emerson de Carvalho, diretor associado da Extecamp, enfatiza que a Escola de Extensão tem a expectativa de dar vazão a outros projetos nas próximas chamadas, apesar dos momentos difíceis que a Universidade atravessa em termos de recursos financeiros. Ele ressalta ainda que esse é um primeiro oferecimento que depende muito de divulgação, de interesse e dos próximos oferecimentos, para compreender a capilaridade do curso.  

Professor Pedro Emerson de Carvalho, diretor associado da Extecamp
Pedro Emerson de Carvalho, diretor associado da Extecamp

De acordo com Gláucia Lorenzetti, responsável pela área de Desenvolvimento de Projetos e Apoio ao EAD, a Extecamp possui instalada uma plataforma de ensino a distância Moodle que foi disponibilizada aos professores. A maioria optou por essa plataforma. Tem ainda os Massive Open Online Course (Moocs), da plataforma Coursera. O curso é ofertado totalmente a distância, exceto no dia da avaliação final, quando os alunos vão validar o curso presencialmente e receber o certificado da Extecamp. 

Gláucia informa que esses editais também têm como um de seus objetivos formar um banco de projetos. Aqueles que ainda não foram selecionados nessa edição terão a possibilidade de conseguir recursos externos ou eventualmente da própria Universidade para ministração.  

Gláucia Lorenzetti, da área de projetos e apoio ao EAD
Gláucia Lorenzetti, da área de projetos e apoio ao EAD

EJA
O primeiro curso a ser ministrado, o de EJA (Educação de Jovens e Adultos), é coordenado pela professora da Faculdade de Educação (FE) Sandra Fernandes Leite. A proposta é a formação de professores para a modalidade EJA. “Muitas pesquisas apontam deficiências nessa formação. Ao chegarem à escola, os professores vão perceber que não tiveram o devido preparo”, nota. "Apesar de ser uma modalidade da educação básica, a EJA muitas vezes é deixada de lado, pensando que o que serve para a educação básica serve para EJA também. Ocorre que não é assim. O público é bem outro.” 

Então a proposta de Sandra foi montar um curso para a formação de professores que trouxesse em seu cerne os desafios dessa modalidade. O projeto foi idealizado para quem está cursando uma licenciatura, a fim de complementar sua formação. “Se não é possível trabalhar bem essa formação, muitas vezes o professor chega à sala de aula e, por exemplo, replica o conteúdo que ofereceu a crianças, só que para adultos ou idosos", comenta ela. 


Nas matrizes curriculares dos cursos de licenciatura e de pedagogia, observa-se que, quando se tem alguma disciplina que trata de EJA, muitas vezes ela só trata de um histórico. A ideia é preencher essa lacuna voltando-se para a formação. “Que cada participante seja convidado a conhecer outras experiências, que pretendemos abordar”, incentiva Sandra.

A professora Sandra Fernandes Leite, responsável pelo curso de EJA
A professora Sandra Fernandes Leite, responsável pelo curso de EJA

Mídias
Os professores do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) Rodrigo Esteves de Lima Lopes e Marcelo Buzato desenvolveram o curso Mídias Digitais e Ensino de Línguas. A ideia partiu da percepção de como a mídia e as ações midiáticas podem oportunizar o ensino de línguas. “A mídia é um elemento quase ubíquo. Está presente nos vídeos, áudios, mídias digitais, wikis. De uma forma geral, a escola não está ainda preparada para lidar com esse ferramental. Já está brigando com as mídias um pouco mais antigas como a TV e o rádio. As novas então entram menos ainda. E, como elas pressupõem práticas de linguagem, quando são utilizadas, logo estão usando a linguagem”, reflete Rodrigo.

A intenção do curso, conforme Rodrigo, é refletir sobre o ensino de línguas e essas mídias de forma orgânica, de como trazer essas mídias para a sala de aula, para a educação formal, pois isso pode ajudar o professor a cumprir o seu papel de ensinar a língua para o aluno.

Professor Rodrigo Esteves de Lima Lopes, responsável pelo curso de mídias
Professor Rodrigo Esteves de Lima Lopes, responsável pelo curso de mídias 

“Nesse curso teremos uma parte teórica, já que não há uma formação tecnológica para o ensino de línguas. Raras são as universidades que, no curso de Letras, discutem mídia e tecnologia com os alunos. Então vamos procurar suprir essa ausência e mostrar como se pode fazer essa produção. Vamos dar exemplos de como produzir roteiros, como observar essas práticas textuais típicas da mídia. Traremos também uma reflexão cidadã do lugar da pessoa em certas mídias, quais linguagens são apropriadas”, revela o professor.

O curso terá cinco videoaulas em cada unidade, com dez minutos de duração, e exercícios práticos. “Vamos discutir com os alunos sobre as ferramentas gratuitas no mundo e tentar trazer a língua para mais perto deles. A reflexão é geral, porque a mídia não é exclusividade só do português, nem só do inglês”, pontua o professor. Mais informações acerca desse curso de MDEL podem ser encontradas no site do IEL e no Facebook.

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