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Renda tem peso na percepção
de idoso sobre a sua saúde
Testes revelam que dimensão biológica
não é a única a ser levada em conta

Estudo de mestrado conduzido na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) pela fisioterapeuta Joelita Pessoa de Oliveira Bez apontou que os idosos mais fracos e lentos e que possuem renda inferior a um salário mínimo são aqueles que mantêm uma percepção ruim de sua saúde. Estes fatores, segundo a fisioterapeuta, foram relacionados a partir de um banco de dados do projeto Fibra Campinas (Rede de Estudos sobre Fragilidade em Idosos Brasileiros) organizado por sua orientadora, a professora Anita Liberalesso Neri, em que foram aplicados testes em 689 idosos moradores do município de Campinas, com idade média de 72 anos.

“O objetivo do estudo foi verificar quais fatores que prejudicariam mais o idoso em sua saúde percebida. Não sabíamos quais situações, como condições desfavoráveis, idade ou incapacidade funcional, teriam maior influência para o idoso na sua percepção de qualidade de vida”, destaca Joelita Bez. Os testes consistiam em verificar a velocidade da marcha, o nível de força de preensão e a saúde percebida.

A pesquisa é apenas um tópico de um projeto amplo coordenado pela professora Anita, cuja finalidade é centrar esforços na investigação da Síndrome Geriátrica de Fragilidade, descrita pela pesquisadora americana Linda Fried e que consiste nas dificuldades funcionais encontradas pelos idosos a partir dos 60 anos.

“Esta fase é marcada pela perda de massa muscular e óssea e o início do aparecimento de sintomas que impossibilitam o idoso de desempenhar diversas atividades de vida diária”, lembra a fisioterapeuta. Neste sentido, várias pesquisas estão sendo realizadas para se traçar o perfil do idoso frágil e, assim, obter o maior número possível de informações sobre a síndrome. “Isto permitiria propor ações que minimizem o problema da fraqueza muscular”, esclarece.

Os resultados apresentados por Joelita indicam que a Síndrome de Fragilidade não possui só uma dimensão biológica como apontam as discussões recentes sobre a questão. “Acredito ser algo multidimensional, ou seja, deve-se trabalhar o assunto em outras dimensões, como a sociológica e psicológica, visto que muitos dos fatores estão relacionados entre si”, argumenta. Um exemplo foi o resultado do estudo realizado entre as idosas que consistia em 68% da amostragem. As mais velhas são também as mais fracas e, consequentemente, aquelas que têm saúde percebida como ruim. Já os homens mais ricos e mais rápidos possuem uma percepção de saúde bem melhor. “Por comprometer a disponibilidade de recursos ambientais, a pobreza pode contribuir para a incapacidade e para as avaliações negativas de saúde”, acredita. (R.C.S.)

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■ Publicação

Dissertação: “Velocidade da marcha, força de preensão e saúde percebida: dados do Fibra Campinas”
Autora: Joelita Pessoa de Oliveira Bez
Orientador: Anita Liberalesso Neri
Unidade: Faculdade de Ciências Médicas (FCM)
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