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A pré-estréia de Última Parada


Platéia na exibição na Casa do Lago do filme dirigido por Bruno Barreto (Foto: Antonio Scarpinetti) 23/10/2008 – Sob efeito das fortes cenas construídas por Bruno Barreto e pelo roteirista Bráulio Mantovani, algumas pessoas que saíam da pré-estréia de Última Parada 174, no Espaço Cultural Casa do Lago optaram por não tecer comentários sobre o filme escolhido para concorrer à indicação de Melhor Filme de Língua Estrangeira Oscar 2009.
Antes da estréia nacional, Última Parada começou a estimular a reflexão. “Acho bem complicado formular uma opinião. Ao mesmo tempo que mostra as ações do bandido, mostra que, na realidade, ele é a vítima de uma sociedade excludente, em que as pessoas não têm oportunidades nem expectativa de vida”, diz o argentino Alejo Alvarez Soriano, estudante de intercâmbio da Faculdade de Engenharia Agrícola. “Gostei da produção também no que diz respeito à fotografia, o som, ritmo, diálogo”, diz.

“Achei o filme maravilhoso. O diretor consegue chegar no meio termo, pois não idealiza o bandido, mas também não criminaliza. Ele mostra todas as facetas desse ser humano”, diz o estudante de estudos literários da Unicamp Werner Garbers. Para ele, produções como Última Parada 174 acabam aproximando a Universidade de uma realidade que não é a dela. “É preciso olhar para essas mazelas”, acrescenta. “A maior questão é saber até que ponto é realidade.”

Estudante do programa de mestrado em midialogia da Unicamp, Maria Rita Nepomuceno acredita que o filme deixou a desejar em relação ao Ônibus 174, de José Padilha. Para ela, a história é feita sob um olhar da classe média que tenta caracterizar o conflito. “Ele se restringe a um apelo de piedade que a gente já tem. Como filme não é tão forte, não consegue criar tensão”.

A pré-estréia na Unicamp faz parte do projeto Rede Brazucah, que tem por finalidade estimular o debate e a divulgação de produções do cinema brasileiro por meio do público acadêmico. De acordo com Marco Aurélio Ribeiro Costa, outras universidades de São Paulo e do Rio tiveram pré-estréia. “A idéia é intensificar a divulgação do filme na primeira semana após a estréia”, diz Marco.

De acordo com o diretor da Casa do Lago, Avelino Bezerra, esta é quinta pré-estréia de cinema nacional no espaço. A primeira delas foi Cidade de Deus, na qual Bráulio Mantovani também é roteirista. A Casa, segundo ele, está sempre aberta a produções nacionais, inclusive independentes. “A universidade é uma grande divulgadora. Imagine o público desta sala (lotada) sair daqui falando do filme”, acrescenta. (Maria Alice da Cruz)


 
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