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Estudo mapeia áreas de São Paulo
suscetíveis à ação da leptospirose

RAQUEL DO CARMO SANTOS

Uma das áreas visitadas (Foto: Divulgação)Estudo identifica, a partir de Sistemas de Informações Geográficas, áreas da Zona Leste da capital paulista mais propícias ao surgimento de casos de leptospirose – doença infecciosa e aguda causada por bactéria presente na urina de ratos e comum em áreas afetadas por inundações. A pesquisa foi conduzida em todo o município pelo geógrafo Gustavo Garcia Fontes Duarte para obtenção do título de mestre no Instituto de Geociências (IG). A Zona Leste foi priorizada em razão de abrigar a bacia do Rio Aricanduva, por ser a região que mais se expande na capital e pela ausência de dados, nos bairros que a compõem, sobre a infestação da doença.

Duarte explica que os resultados foram obtidos com o auxílio de um software, desenvolvido por pesquisadores norte-americanos e canadenses, para mapeamento potencial mineral. Trata-se do ArcSDM3.1. “Coloquei no programa as feições espaciais que contribuem para a endemia, como proximidade aos rios, favelas e outros. Afinal, o software embasa sua análise em pressupostos de escolas tradicionais da Geografia, como a corológica e a espacial”, explica Duarte. Com a ferramenta, ele traçou um mapa das áreas de maior risco.

O estudo foi realizado com o auxílio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Convisa) de São Paulo. O modelo virtual apresenta os principais condicionantes da doença e foi baseado em trabalho de campo realizado em 2006 com a Convisa. Como foco de pesquisas, o geógrafo utilizou a Zona Leste de São Paulo, observando seu extremo Nordeste, constatando que as vilas Jacuí, São Miguel e Curuçá, e o Jardim Helena, são os locais com maior probabilidade de ocorrer uma endemia de leptospirose.

O geógrafo Gustavo Garcia ( Foto: Divulgação)Segundo Duarte, muitos dos resultados oferecidos pelo mapa de risco não eram esperados. Isto porque, as informações espaciais e aspectos físicos e sociais são analisados conjuntamente por uma matriz geográfica, o que significa uma visão mais ampla do problema. “Apenas realizar as análises de campo ou virtuais pode mascarar os resultados, uma vez que se podem omitir fatores importantes. Trata-se de uma abordagem geográfica auxiliada pelo meio computacional”, esclarece.

Os dados colhidos no campo também foram determinantes para a construção dos mapas. Para isso, Duarte visitou favelas e bairros para coleta de informações a fim de estabelecer uma relação entre o espaço geográfico e a doença. Foram utilizados nos modelos o uso do solo, declividade, rede hidrográfica e setores censitários como residências que eliminam seu lixo nos rios ou em terrenos baldios. “Só depois de enumeradas e hierarquizadas as informações mais importantes para o fenômeno, elabora-se o mapa de probabilidades”. Gustavo Duarte acredita que, se feitas às adaptações necessárias ao modelo, este pode ser aplicado em outras realidades.



 
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