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COMENTÁRIO

Inovação e história

Eustáquio Gomes

O encontro na Unicamp, no próximo dia 15, de várias centenas de empresários, administradores públicos e pesquisadores acadêmicos num evento centrado no tema da inovação aponta claramente para o futuro. Aponta também para o passado – especialmente o passado da Unicamp - se lembrarmos que datam dos primórdios desta universidade as primeiras reuniões acadêmico-empresariais de que se tem notícia, no Brasil, para discutir perfis curriculares, sua adequação ao mercado e as novas determinantes das relações universidade-empresa.

De fato, quando Zeferino Vaz deu início à instalação da Unicamp, em 1966, uma de suas primeiras providências foi chamar o empresariado para conversar. A primeira reunião deu-se no dia 13 de setembro e foi convocada pela seção local da Federação das Indústrias do Estado. Nela, Zeferino fez uma explanação do que seria a nova universidade, traçou o espectro de seus cursos e explicou de que modo se daria a aproximação com a indústria. Solicitou a disponibilização das instalações fabris para estágios e para o ensino prático de algumas disciplinas e terminou pedindo um anteprojeto para os cursos de Engenharia Elétrica e Mecânica a partir da experiência de cada um e das necessidades da indústria.

"Non scholae sed vitae dicimos", escandiu o fundador no seu melhor latim. "Trata-se de ensinar para a vida, não para a escola". Os empresários saíram impressionados e a atitude pouco canônica de Zeferino abriu largos horizontes para o que viria a seguir: uma instituição forte no ensino superior que, ao mesmo tempo, era um grande centro de pesquisa e um pólo agregador de iniciativas empresariais inovadoras, freqüentemente a partir de seus próprios nichos tecnológicos.

Quando, já na década de 90, o charme da palavra tecnologia cedeu lugar à expressão inovação tecnológica, a Unicamp estava mais que preparada para a mudança de roteiro que se desenhava: já no tempo de Zeferino a política da atração de pólos, com a universidade de epicentro, indicava que à academia cabia formar bons profissionais com auxílio do conhecimento novo, e à indústria inovar com a ajuda de profissionais de primeira linha, formados, naturalmente, na universidade investigativa.

Pois estes mesmos princípios são os que se farão presentes, em outra escala, no grande evento que se organizará no Centro de Convenções da Unicamp no dia 15 - denominado "Inova Campinas" - bem como, no seu bojo, o lançamento de um instrumento de aproximação de interesses - a Agência de Inovação da Unicamp – que seguramente despertaria o maior entusiasmo de Zeferino.

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