Prefeito de Piracicaba diz esperar implantação rápida de curso de medicina

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Fachada da Faculdade de Odontologia de Piracicaba; proposta reúne as condições necessárias para ser implementada
Fachada da Faculdade de Odontologia de Piracicaba; proposta reúne as condições necessárias para ser implementada (Foto: Divulgação)

O prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida, avalia que o projeto de criação de um curso de medicina na cidade – algo que passou a ser considerado pela Unicamp – possa ser implementado de forma relativamente rápida. De acordo com ele, a existência de um curso da área da saúde já tradicional no município, no caso, a Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), e a presença de estruturas como o Hospital Regional de Piracicaba (HRP) e o AME (Ambulatório de Especialidades Médicas) – que já são geridos pela Universidade de Campinas – são fatores facilitadores.

O prefeito conta que já conversou sobre o assunto com o reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles, e com o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, professor Vahan Agopyan. “Nós já conversamos [a esse respeito] e concluímos que a melhor alternativa é fazer esse curso aqui”, disse o prefeito. “Temos um campus da Unicamp aqui em Piracicaba, além do Hospital Regional e um AME, que são administrados pela Unicamp. Tudo isso facilita a implantação desse curso”, acredita.

Luciano Almeida lembra ainda que Odontologia e Medicina contam com algumas disciplinas similares nos primeiros anos de curso. Sendo assim, os custos de implantação seriam menores. “Trata-se do melhor custo-benefício, porque a implantação pode ser mais rápida, já que as condições estão todas as aqui. [A criação do curso] vai exigir apenas adequações menores”, argumenta ele. “Esperamos, tão logo a Unicamp aprove o projeto dentro do seu Conselho Universitário, que a gente possa aprová-lo também junto ao governo do Estado para a implantação dele o mais rápido possível, dada a urgência que temos em toda a Região Metropolitana de Piracicaba, em vista da falta de profissionais da área médica”, finalizou o prefeito.

O diretor da FOP, Flávio Aguiar, também saiu em defesa da implantação do curso de Medicina em Piracicaba.  “Acho que a instalação de uma Faculdade de Medicina pode ser muito interessante, principalmente para a cidade”, disse o diretor. De acordo com ele, Piracicaba é sede de uma região metropolitana e recebe pacientes de muitos municípios de seu entorno. Na avaliação de Aguiar, a única grande instituição ligada à saúde na região é a própria FOP. Para ele, uma Faculdade de Medicina iria dar um novo impulso ao setor em toda a região. “Ganharíamos com a interação das duas instituições e na ampliação e na melhoria dos serviços”, acredita o diretor.

Aguiar lembra ainda que essa é uma reivindicação antiga da Unicamp em Piracicaba e da própria cidade de Piracicaba e observa  que o projeto vem sendo estruturado desde 2013/2014 pelo menos. Para o diretor, a proposta agora reúne as condições necessárias para ser implementada.

O diretor da FOP, Flávio Aguiar: reivindicação antiga da Unicamp e da própria cidade de Piracicaba
O diretor da FOP, Flávio Aguiar: reivindicação antiga da Unicamp e da própria cidade de Piracicaba (Foto: César Maia)

O projeto

No dia 8 deste mês de março, Agopyan se reuniu com o reitor da Unicamp e o prefeito de Piracicaba para discutir a possibilidade de criação do curso. No encontro, o reitor informou que a atual Administração da Unicamp está disposta a analisar a criação de novas vagas na graduação e considera a área da saúde em Piracicaba uma forte candidata para essa expansão.

Meirelles argumentou ainda que a região de Piracicaba apresenta déficit, em comparação com outras regiões do Estado, quanto ao número de novos profissionais médicos formados, particularmente no que se refere ao ensino superior público. O reitor da Unicamp lembra, no entanto, que há obstáculos a serem superados antes da viabilização do projeto.

Segundo ele, será necessária a criação de novos cargos de professores e funcionários de forma a tornar possível a abertura de novos cursos, pois o número máximo de servidores nas diferentes categorias da instituição é regulado por legislação estadual.

O reitor lembra ainda a necessidade de garantir a continuidade na gestão dos equipamentos de saúde locais (HRP e AME), já que esses equipamentos seriam fundamentais para o funcionamento do eventual novo curso.  O reitor observa, por fim, que a questão do próprio financiamento do curso tem que ser analisada por todos os envolvidos no processo.

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O prefeito de Piracicaba Luciano Almeida: a existência de um curso da área da saúde já tradicional no município e a presença de estruturas como o Hospital Regional de Piracicaba e o AME são fatores facilitadores (Foto: Reprodução Instagram)

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