Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 273 - de 16 a 21 de novembro de 2004
Leia nessa edição
Capa
Cartas
Dos laboratórios
   para a sociedade
Patentes e parcerias
Agência de inovação: 3o. salão
Bernardo Beiguelman
Opinião
Privatização de siderúrgicas
Painel da semana
Oportunidades
Teses da semana
Unicamp na mídia
Defesa nacional
A arte generosa
 

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Cartas


Turismo sexual

Gostaria de parabenizar a pesquisadora Adriana Piscitelli, por seu estudo sobre o turismo sexual em Fortaleza, cidade onde nasci e resido atualmente. Atenciosamente, João Paulo Soares de Lima Amé

Turismo sexual – 2

Achei muito interessante a pesquisa da antropóloga Adriana Piscitelli publicado no Jornal da Unicamp. Mas discordo quando a mesma atenua o fator socioeconômico como fomentador deste lamentável quadro ao afirmar que países como a Bolívia e Paraguai não atraem a atenção dos turistas. Porventura estes turistas não estariam apenas zelando por sua segurança?
José Mário Limongi Jr.

Tabagismo

A Unicamp está desenvolvendo um trabalho importante contra o tabagismo (vide notícia publicada no JU 253, de maio de 2004). Nesse sentido, eu acredito que colocar uma foto de uma pessoa que é referência para a ciência nacional, fumando, pode passar uma mensagem que o cigarro não faz mal - César Lattes, Emérito e Honoris Causa da Unicamp, convalescente de mais um problema de saúde, “fuma” e está muito bem, sem perder a irreverência. É importante lembrar que o JU é lido por estudantes do ensino fundamental e médio e que crianças e jovens começam a fumar pelo exemplo dos adultos.
Celso Ribeiro de Almeida, presidente da CIPA - Setorial IB

Obesidade

Em nome do professor Elinton Adami Chaim, equipe de cirurgiões, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, enfermeiros e pacientes, gostaríamos de agradecer pelo profissionalismo apresentado pelo repórter Luiz Sugimoto, quanto à qualidade e especial destaque da matéria publicada no Jornal da Unicamp, de 04 a 10 de outubro, intitulada “Entre a mesa farta e a mesa de cirurgia”. Acreditamos que a importância da divulgação desse trabalho vem colaborar com os benefícios gerados à população de Campinas e região e principalmente aos obesos mórbidos. Atenciosamente,
Eliana Pietrobom, Administração do Centro Cirúrgico

Necessidades especiais

A reportagem intitulada “Comunicação para todos” é muito interessante.
Sou aluna de doutorado e quero lembrar que a Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp também possui trabalhos na área de mobilidade para pessoas com necessidades especiais. O professor Franco Giuseppe Dedini orienta nessa área de pesquisa. Recentemente eu e o professor Dedini fizemos uma patente de um sistema para cadeiras de rodas (resultado de meu mestrado). O nosso objetivo é a autonomia e inclusão das pessoas com necessidades especiais. Parabéns pela reportagem. Flávia Bonilha Alvarenga, DPM/FEM/Unicamp

Segurança alimentar

Prezados Belik e Buainain, li a entrevista de vocês no Jornal da Unicamp. Está ótima. Entretanto, gostaria de abrir um debate sobre o tema sob outra ótica, no campo da operação das políticas públicas sociais. Na mesma medida em que li a entrevista de vocês, estava lendo as notícias que repercutiam a matéria do Jornal Nacional sobre os desvios encontrados no Bolsa Família. Estou trabalhando na análise dessas políticas em São Paulo, enfocando os programas de distribuição de leite do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo. Em novembro, devo publicar relatório que estou terminando sobre a evolução dessas ações governamentais que existem há mais de uma década.

Uma questão que tem me surpreendido é que, no Brasil, somos competentes em fazer diagnósticos das mazelas sociais, mas somos na mesma proporção inconsistentes na estruturação operacional das políticas para combatê-las.

Isso em qualquer tempo e em qualquer esfera governamental. No limite, emerge o veio liberal de desenhar políticas sociais a serem executadas no mercado. Trata-se da cópia do “food stamp” norte-americano, que prolifera numa imensidão de cartões que distribuem recursos. Defendido em nome da cidadania, pela legitimidade de garantir ao pobre o direito à liberdade de escolha, estruturam-se ações nas quais entrega-se um dado valor monetário a um cidadão caracterizado e cadastrado como pobre para que na plenitude de seu livre arbítrio possa o mesmo exercer seu direito de consumidor.

Ora, há uma imensa gama de constrangimentos de ordem cultural, de práticas do movimento social periférico que conduzem a resultados não significativos dessa prática, gerando inúmeros desvios. Mais ainda, essa prática reforça as amarrações clientelistas de políticos locais que geram submissões indesejáveis e acabam por feudalizar os programas sociais. Se não bastasse essa apropriação clientelista, há o fato de que as estruturas varejistas dos mercados periféricos não apenas praticam margens de comercialização elevadas, como em muitos casos têm qualidade sanitária aquém da necessidade.

Mais ainda, quando a gente lê os indicadores sociais, tem-se a plenitude da sofisticação na detecção de onde estão as mazelas sociais. Isso permite a realização de formidáveis diagnósticos sobre a fome e a miséria, recheados com mapas coloridos que mostram em destaque onde se concentram os pobres. Realmente, o avanço na questão dos diagnósticos da pobreza são notórios. Mas esses diagnósticos apenas relevam o problema e sua dimensão, mas pouco têm contribuído para aprimorar a operação da solução.

Os cadastros de pobres são realizados com base na renda declarada, sendo o único indicador utilizado para seleção dos beneficiários. E renda mede apenas o poder de compra, voltando à minha crítica inicial de se tratar de um critério liberal. Um salário mínimo no interior da Bahia permite um padrão de vida muito maior que o mesmo salário mínimo na periferia paulistana. Vejam o impacto da previdência social rural, esta sim a maior e a mais eficiente ação social governamental brasileira. Assim, não há como conceber um pobre enquanto universal centrado na renda, para um corte único para todo Brasil. A metodologia para combater iniqüidades deve ter como pressuposto o mosaico de disparidades existente no Brasil, reconhecendo que os pobres são diferentes entre si, dadas as condições objetivas de cada local.
José Sidnei Gonçalvez, economista e pesquisador

Marcelo Knobel

Parabenizo o autor do artigo “O poder (quase) invisível do magnetismo”, o físico Marcelo Knobel, pelo estilo primoroso, de fácil compreensão e rico em informações relevantes que, aos poucos prendem e envolvem o leitor, mesmo os leigos, com o assunto em destaque. Os pontos de vista científico e tecnológico são apresentados naturalmente através de exemplos de coisas do cotidiano, conhecidas do cidadão comum.
David Trigueiro, jornalista

Oswald

Parabéns pela notícia sobre Oswald de Andrade. Realmente, ele foi um grande poeta. Não acredito mesmo que ele venha a se tornar um best-seller, mas quantos bons não se tornaram?
Walmira Costa, graduada em Letras pela UFMG

Biodiesel

Concordo em parte com a preocupação do professor Ulf Schuchardt. Como vivemos em uma economia de mercado, fatalmente as coisas irão se ajustar. No caso do Nordeste, na medida em que a cultura da mamona for reestabelecida, com certeza a indústria de óleo vegetais se instalará e obrigará os fabricantes de biodiesel a procurarem outras fontes. Acredito que o governo terá tempo para estabelecer novos rumos, por exemplo, através de culturas permanentes, como a da macaúba. É importante que as empresas de pesquisa agropecuária estejam atentas para esse importante mercado, e produzam estudos nesse sentido. Falta ao Brasil planejamento. Mas como tudo aqui é na base do foguetório, vamos torcer para que seja um foguete com trajetória conhecida, e não um buscapé que já sai sem rumo.
Manoel Marques Dantas, engenheiro civil

Argentina

A crônica do professor Fernando de Tacca sobre a Argentina é bastante interessante à medida que expõe, para além do informe, as nervuras de uma sociedade em crise. Revela a diferença de postura daquela sociedade para a nossa, que, da mesma forma, também vem passando por um processo acachapante de pauperização. Mostra, ainda, as conseqüências frutíferas de uma sociedade educada que intervém nos rumos de sua história. Diferente também, nesse caso, da sociedade brasileira que, apesar dos avanços, ainda acredita fortemente na presença redentora de um salvador que imponha as transformações por meio de acordos costurados pelo alto, a velha “revolução passiva”.
Luciano Alvarenga

Carioba

É por notícias como a da história da indústria Carioba, de Americana, que não devemos deixar de acreditar que é possível oferecer ao trabalhador uma vida digna e honrada, independente de sua formação.

Quem trabalha, tem direitos. Parabéns a doutoranda Maria José Ribeiro pelo excelente trabalho de pesquisa e pelas informações tão úteis disponibilizadas à sociedade, que pode aprender um pouco sobre a própria história.
Rodrigo dos Santos Sousa

Índios

Juliana Schiel, parabéns por seu trabalho sobre os Apurinã! É muito importante estudar todo este ambiente indígena desde os seus primórdios, para podermos entender como o homem evoluiu e como vive a comunidade indígena nos dias de hoje. Para nós, que só vivemos na cidade, é um mundo completamente novo e muito rico em conhecimentos.
Iria Muller Guerrini

Pobreza

O trabalho de avaliação do impacto de Programas Governamentais voltados ao combate à pobreza rural é de suma importância para o processo de transparência da gestão pública, bem como para o processo de desenvolvimento da cidadania no Brasil. Como deixa claro o professor Antônio Márcio Buainain, as oligarquias políticas no Nordeste buscam muito mais a manutenção do poder econômico e político do que o bem-estar do povo nordestino, cujas carências começam pela falta de oportunidade de viver uma vida digna, a que têm direito.

Assim, a pouca ou nenhuma importância dada à educação e saúde, principalmente, tem sua explicação, na medida em que se entende que essas são áreas imprescindíveis para a formação de uma sociedade saudável, crítica e consciente de seus direitos e deveres, o que daria ao povo nordestino, em especial, a capacidade de escolher corretamente seus dirigentes. Para as oligarquias políticas do Nordeste, melhor que investir em educação e saúde, cujos “lucros políticos” são poucos, haja vista não evidenciar rapidamente a “bondade” dos coronéis políticos, dando-lhes votos, é obter convênios e empréstimos externos ou internos para financiar projetos cuja implantação possibilite realizar grandes obras cujas contratações podem render lucros reais, decorrentes de propinas recebidas dos empreiteiros.

Finalizando, espero que além de mostrar o impacto e perfil das comunidades beneficiárias desses Projetos de Combate à Pobreza Rural, vocês possam contribuir para o redirecionamento dos Programas, recomendando novas linhas de ações e a correção daquelas que não permitem o atendimento dos objetivos traçados. Atenciosamente,
Antonio Luiz Carneiro

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