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Hsitória da Unicamp, ano a ano
   1946 - 1984
Hsitória da Unicamp, ano a ano
   1985 - 2004
Amadurecimento institucional
 

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A história da
Unicamp, ano a ano

Os principais fatos da trajetória da Universidade desde o
início da luta por sua instalação até o 38o aniversário da
instalação de seu campus em Campinas


Maio de 1963 - Aula solene da Faculdade de Medicina de Campinas. Foto: Siarq1966 - Castelo Branco, ao lado de Zeferino Vaz, assina a ata de lançamento da pedra fundamental. Foto: Siarq

1974 - Campus em construção: Ciclo Básico, Instituto de Química e Instituto de Física. Foto: Siarq.1981 - Comunidade resiste ao decreto de intervenção na Unicamp. Foto: Siarq.

1946 - A cidade de Campinas via ser deflagrada, por iniciativa do jornalista Luso Ventura, do jornal Diário do Povo, campanha pela instalação de uma faculdade de medicina na cidade - unidade de ensino que estaria fadada a se tornar o embrião da Universidade de Campinas.

1948 - Aprovada pela Assembléia Legislativa de São Paulo a Lei n° 161, de 24 de setembro, que dispõe sobre a criação de estabelecimentos de ensino superior em cidades do interior paulista.

1953 - A Lei n° 2.154, de 30 de junho, do governador Lucas Nogueira Garcez, cria a Faculdade de Medicina de Campinas.

1955 - Por iniciativa da Associação Comercial e do Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas é criado o Conselho de Entidades de Campinas, sob secretaria executiva de Ruy Rodriguez, com a finalidade de debater problemas sociais e defender os interesses da cidade e de sua coletividade. Uma de suas campanhas é pró-instalação da Faculdade de Medicina.

1958 - Com base em projeto do deputado Ruy de Almeida Barbosa, o governo do Estado aprova em 25 de novembro a Lei n° 4.996, que dispõe sobre a criação da Faculdade de Medicina de Campinas e revoga as disposições em contrário no inciso IV do artigo 1° da Lei n° 161, de 24 de setembro de 1948, com a nova redação que lhe foi dada pelo artigo 1° da Lei n° 2.154, de 30 de junho de 1953. Entretanto, não se provêm os meios necessários para sua instalação. O professor Cantídio de Moura Campos é nomeado seu diretor pro tempore.

1959 - Na Assembléia Legislativa do Estado, a bancada campineira pressiona em favor da criação da Faculdade de Medicina.

1960 - A Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), através de seu presidente Roberto Franco do Amaral, retoma a campanha pró-instalação da Faculdade de Medicina de Campinas, junto ao Conselho de Entidades.

1961 - O reitor da Universidade de São Paulo, professor Antonio Barros de Ulhôa Cintra, a pedido do governador Carlos Alberto de Carvalho Pinto, constitui Grupo de Trabalho para estudar e propor a criação de núcleo universitário em Campinas, através da Portaria GR/USP nº 81, de 11 de dezembro de 1961, que resultou no projeto de lei de criação da Unicamp, que integrou a Faculdade de Medicina criada em 1959. Integraram o Grupo de Trabalho os professores Cantídio de Moura Campos, Ruy Aguiar da Silva Leme, Paulo Emílio Vanzolini e Isaias Raw. Onze comissões são constituídas pelo Conselho de Entidades a fim de mobilizar a comunidade, a imprensa e os prefeitos da região, visando pressionar o governo do Estado e a Assembléia Legislativa.

1962 - É legalmente criada, como entidade autárquica, a Universidade Estadual de Campinas, através da Lei n° 7.655, de 28 de dezembro, revogando as leis anteriores e incorporando a Faculdade de Medicina de Campinas.

1963 - Autorizada a funcionar a Faculdade de Medicina, provisoriamente instalada nas dependências da Maternidade de Campinas. Cantídio de Moura Campos, designado como reitor da Universidade, assume em 13 de janeiro e exerce o cargo por oito meses, com a responsabilidade principal de promover a sua instalação. Em fevereiro é contratado o primeiro docente, professor Walter August Hadler, para a cadeira de histologia e embriologia. Também em fevereiro é nomeado diretor da Faculdade de Medicina, o médico oftalmologista Antonio Augusto de Almeida. Em abril é realizado o primeiro vestibular, para o qual se inscrevem 1.592 candidatos para as 50 vagas existentes. No mês de maio é instalada a Faculdade de Medicina, com aula inaugural realizada em 20 de maio pelo reitor da Universidade de São Paulo (USP), professor Antônio Barros de Ulhôa Cintra. No mesmo mês é instalado o Conselho de Curadores da Universidade, sendo sua primeira reunião em 8 de maio. Em agosto o governo paulista nomeia para a função de reitor o professor Mário Degni, que toma posse em outubro. Sua gestão vai até setembro de 1965.

1964 - Neste ano foram contratados novos docentes e auxiliares de ensino para a recém-instalada Faculdade de Medicina, além da aquisição de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos para o desenvolvimento do curso médico. Iniciados os primeiros estudos para a instalação da Cidade Universitária, tendo sido doada a Fazenda Santa Cândida, por Caio Pinto da Fonseca Guimarães, não aceita posteriormente pela Comissão Organizadora da Universidade.

1965 - Subordinada ao Conselho Estadual de Educação, é criada pelo decreto n° 45.220 a Comissão Organizadora da Universidade Estadual de Campinas. Tem a incumbência de estudar e planejar a gradativa formação de suas unidades. Tendo como presidente o professor Zeferino Vaz, ex-diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto e da Universidade de Brasília (UnB), dela participam os professores Paulo Gomes Romeo e Antonio Augusto de Almeida. A Faculdade de Medicina, depois Faculdade de Ciências Médicas (FCM), firma acordo com a Santa Casa de Misericórdia de Campinas e para lá se transfere.

1966 - Lançada a 5 de outubro a pedra fundamental do campus da Universidade, numa gleba de 30 alqueires localizada a 12 quilômetros do centro de Campinas. Eram terras doadas para o Estado por João Adhemar de Almeida Prado. O lançamento da pedra fundamental acontece um mês depois de Zeferino Vaz se reunir com empresários da região para definir o perfil dos cursos a serem implantados. O governo libera recursos para a construção dos primeiros edifícios e através de resolução o Conselho Estadual de Educação autoriza a instalação e o funcionamento dos Institutos de Biologia, Matemática, Física e Química e das Faculdades de Engenharia, Tecnologia de Alimentos, Ciências e Enfermagem. Em 22 de dezembro Zeferino Vaz é nomeado, através de decreto do governador Laudo Natel, para o cargo de reitor.

1967 - Em janeiro nova unidade é incorporada, a Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), fundada em 1955, assim como a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro, desincorporada no ano seguinte pelo governador Abreu Sodré. Ainda em janeiro é constituído o Conselho Diretor (órgão máximo da Universidade). A primeira sessão acontece em 21 de fevereiro. É instalado o Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), que já nos anos 70 realizaria importantes pesquisas, e constituído o Instituto de Química (IQ), em pouco tempo considerado centro latino-americano de excelência. A Faculdade de Tecnologia de Alimentos (FTA) é criada, a primeira da América Latina na área. Surge a Associação dos Servidores da Unicamp (Assuc). Em novembro entra em operação um símbolo da nova modernidade, o computador IBM 1130.

1968 - Inaugurado o primeiro edifício no campus, que aloja provisoriamente o Instituto de Biologia (IB) e mais tarde a Administração. Cria-se o Departamento de Planejamento Econômico e Social, que daria origem ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e mais tarde ao Instituto de Economia (IE), uma das principais escolas de pensamento econômico do país. Instala-se o Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação (Imecc).

1969 - É instalado o Instituto de Biologia (IB), que de imediato se destaca por suas pesquisas em genética, microbiologia e zoologia. É criada a Faculdade de Engenharia de Campinas (FEC), abrigando os departamentos de Engenharia Mecânica e Elétrica, acrescidos em 1975 do Departamento de Engenharia Química. Incorpora-se à Universidade a Faculdade de Engenharia de Limeira (FEL), a segunda unidade fora do campus de Campinas. Pelo decreto do Governo do Estado, nº 52.255, de 30 de julho, são baixados os Estatutos da Unicamp.

1970 - A Unicamp firma-se como importante pólo de produção de pesquisas e de cultura e reúne grandes nomes no meio acadêmico. Entre eles, César Lattes, André Tosello, Sérgio Porto, Gleb Wataghin, Vital Brasil, Marcelo Damy, José Ellis Ripper Filho, João Manuel Cardoso de Mello, Rogério Cerqueira Leite, Giuseppe Cilento e Benito Juarez, entre outros.

1971 - É criado o Departamento de Música, futuro Instituto de Artes (IA). São inaugurados os pavilhões para as áreas de Química, Matemática, Centro de Tecnologia (CT), Centro de Vivência Infantil, Restaurante Universitário, Faculdade de Engenharia, Ciclo Básico e Administração Geral da Universidade.

1972 - Iniciam-se as atividades da Faculdade de Educação (FE), que passa a oferecer disciplinas de caráter pedagógico para os currículos de Licenciatura. Inaugurado o Centro de Tecnologia (CT), órgão de prestação de serviços e de apoio às unidades de ensino e pesquisa. Nele se estudam modelos estratégicos, projetos avançados e soluções para a indústria dos setores mecânico e metalúrgico, na substituição da tecnologia externa pela nacional. São inauguradas várias outras obras de infra-estrutura e edifícios, como o Ciclo Básico, onde os alunos de diferentes cursos assistem às aulas de disciplinas básicas.

1973 - Inauguradas as instalações do setor de deficientes auditivos e visuais do Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação Gabriel Porto (Cepre), da Faculdade de Engenharia de Limeira (FEL) e do Colégio Técnico daquela cidade.

1974 - Em setembro o Instituto de Biologia (IB) muda-se para o novo prédio, dando novo impulso às pesquisas. Tem inicio o curso de Pedagogia da Faculdade de Educação (FE).

1975 - Instalado no gabinete do reitor o terminal de computação. Lançada a pedra fundamental do Hospital das Clínicas (HC). Inicia-se o Programa de Pós-graduação em Educação. A Faculdade de Tecnologia de Alimentos (FTA) passa a denominar-se Faculdade de Engenharia de Alimentos e Agrícola (FEAA).

1976 - Em 10 de outubro é registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) o logotipo da Universidade. No mesmo mês, o decreto nº 78.531 do Ministério da Educação reconhece a Unicamp como instituição. É constituído o Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), como fruto do desmembramento do departamento de Lingüística do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).

1977 - Nasce a Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp). A Associação dos Servidores (Assuc), hoje Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), instala-se em sua sede.

1978 - A inauguração de vários pavilhões amplia a estrutura física da Universidade (Cirurgia Experimental, Engenharia, Física, Química, Matemática, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Centro de Computação, Codetec, Genética, Biblioteca Central e outros). Dá-se por encerrada a implantação da Unicamp e com ela termina a administração pro tempore do reitor e fundador Zeferino Vaz, que se aposenta compulsoriamente aos 70 anos. O professor Plínio Alves de Moraes, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), assume a Reitoria por quatro anos. Zeferino passa a presidir a Fundação para o Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp), recém-constituída. Permanece em suas dependências até 1985.

1979 - Inicia-se a implantação do Instituto de Geociências (IG), que se concentra na pesquisa e na pós-graduação. Do Departamento de Música criado em 1971 surge o Instituto de Artes (IA), com diversas habilitações. Em fevereiro tem início o atendimento ambulatorial no Hospital das Clínicas (HC) do campus.

1980 - Em março tem início o curso de pós-graduação em nível de mestrado oferecido pelo Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Engenharia de Campinas (FEC). A Faculdade de Ciências Médicas (FCM), desenvolve programas visando cumprir os seus objetivos com a comunidade: Controle de Câncer de Útero e de Mama, Estímulo ao Aleitamento Materno, Atenção Materno-Infantil, Saúde Mental, entre outros. Realiza-se em novembro o IV Encontro Brasileiro de Lógica, organizado pelo Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLEHC).

1981 - Morre Zeferino Vaz, a 19 de fevereiro, vítima de problemas coronarianos. Em outubro a Universidade entra em grave crise, tendo oito diretores exonerados e 14 membros da Associação dos Servidores da Unicamp (Assuc) demitidos. O Governo de São Paulo decreta intervenção na Universidade.

1982 - Professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), o ginecologista e obstetra José Aristodemo Pinotti assume como reitor efetivo da Unicamp. É iniciada a reconstrução física do campus e implementado um amplo processo de institucionalização interna e de reforma dos Estatutos.

1983 - É instalada a Prefeitura do campus. Amplia-se a discussão da reforma institucional da Universidade, que funcionava com estatutos emprestados da Universidade de São Paulo (USP). A reforma das leis internas conta com a participação de professores, alunos e funcionários, num processo semelhante ao de uma Constituinte. Inaugurados o Parque Ecológico, responsável pela manutenção do campus e de sua área verde, e o Serviço Médico e Odontológico para a comunidade interna. Surge a Orquestra de Câmara da Universidade. Instalado o Centro de Informação e Difusão Cultural (Cidic), órgão que desencadeou a modernização do Sistema de Bibliotecas e a política de preservação da memória da Universidade. É assinado contrato de empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF)/Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social para término das obras do Hospital das Clínicas (HC). É oficialmente criado o Instituto de Geociências (IG).

1984 - É criado o Instituto de Economia (IE). São retomadas antigas obras paralisadas, que ao final da gestão dobram a área útil do campus. É criado junto à Reitoria o Escritório de Ex-Alunos.

1985-2004

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