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Um salto qualitativo
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Serragem na construção civil
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Seminário: reforma universitária
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Dom Quixote Gordo
Mulheres invisíveis
 

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Unicamp promove e sedia na sexta-feira
evento que reunirá pesquisadores de várias instituições

Simpósio vai discutir
produção científica do país



CLAYTON LEVY


Como está a produção científica brasileira nas diversas áreas do conhecimento? Para tentar responder a esta pergunta, a Unicamp promove no dia 10 de dezembro o simpósio Produção Científica no Brasil, que buscará traçar um painel sobre a situação do Brasil no contexto mundial e como as instituições brasileiras se comportam no cenário nacional. Já confirmaram presença pesquisadores de diversas instituições, entre eles o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Eduardo Moacyr Krieger. O simpósio acontecerá no Auditório do Instituto de Física “Gleb Wataghin”.

Análise abrangerá todas áreas do conhecimento

“O principal objetivo é colocar a produção científica nacional em discussão na comunidade acadêmica”, diz o pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, Fernando Costa. O programa prevê a análise da produção científica nas áreas de Ciências Físicas, Química, Matemática, Ciências Agrárias, Ciências Biomédicas, Ciências da Saúde, Engenharias e Ciências Humanas. “Procuramos trazer pessoas de outras instituições para apresentar um painel sobre a situação brasileira e como a Unicamp se situa nesse contexto”, diz Costa.

O pró-reitor lembra que a produção científica medida pelo número de publicações indexadas aumentou muito no Brasil. Um dos indicadores consensualmente aceitos pela comunidade científica é o Science Citation Index (SCI) da base de dados do Institute for Scientific Information (ISI), divulgada pelo National Science Indicators . Esse indicador indexa mais de 5 mil periódicos, rigorosamente selecionados, referentes a 164 áreas do conhecimento. Pelo critério do ISI, a produção científica nacional vem aumentando a cada ano.

O número de publicações indexadas brasileiras saltou de 1.887 em 1981 para 10.555 em 2001. Esse número representa 1,44% da produção científica em todo o mundo. Parece pouco, mas equivale a algo em torno de 40% dos artigos científicos publicados pelos latino-americanos no mesmo período. A base de dados do ISI revela ainda que, a cada ano, o número de publicações brasileiras cresce em relação ao dos demais países. Em 1995, representava 0,83%. Passou a 1%, em 1997 e, em 2000, quando bateu no 1,33% do total de publicações, o Brasil já ocupava a nona posição no ranking dos 20 países que registravam maior crescimento no número de artigos publicados em periódicos indexados.

Dados mais recentes, divulgados em agosto desse ano pela Science Resources Statistics (SRS), mostram que a produção científica da América Latina praticamente triplicou de 1988 a 2001. O número de artigos publicados no período subiu de 5 mil para pouco mais de 16 mil. O Brasil encabeça a lista dos países que mais evoluíram. Em 1981, o país respondia por 31,5% dos artigos publicados. Em 2001, sua fatia subiu para 44,1%.

“A Unicamp acompanhou essa evolução”, destaca Costa. O número de artigos aceitos em publicações indexadas subiu de 800 em 1974 para 1,8 mil em 2003. “É como se cada professor da Unicamp publicasse um artigo por ano em revistas indexadas”, compara, lembrando que a Unicamp conta com um quadro de 1,8 mil docentes. Atualmente, a Universidade responde por 15% de toda a pesquisa acadêmica do país.

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