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Universidade é a primeira instituição latino-americana de rede da área de conectividade óptica

Unicamp vai integrar
consórcio europeu

JEVERSON BARBIERI



A Unicamp é a primeira instituição latino-americana a participar da rede de excelência do consórcio europeu e-Photon/ONe, especializado na área de conectividade óptica. Admitida como instituição colaboradora juntamente com organizações reconhecidamente importantes na área como Fujitsu Labs Europe, do Reino Unido e Beijing University of Posts & Telegraphs, da China, a Unicamp, através da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação (FEEC) e o Instituto de Computação (IC), passará a colaborar de maneira sistemática com instituições européias de primeira grandeza, acompanhando e participando de trabalhos. De acordo com o professor Helio Waldman, da FEEC, para conseguir essa admissão no consórcio europeu como instituição colaboradora, foi muito importante a indicação de que a Unicamp possui um núcleo de excelência reconhecido nacionalmente. Waldman é coordenador do Núcleo de Excelência em Conectividade Óptica, através do Programa de Núcleos de Excelência (Pronex), gerido pela Fapesp com recursos do CNPq.

FEEC e IC acompanharão e participarão de trabalhos

O coordenador explica que atualmente muitas áreas temáticas já estão sendo desenvolvidas através de consórcios entre universidades e instituições de pesquisa. “Isso acontece porque tem muita gente querendo trabalhar e os recursos são limitados. As instituições financiadoras estão estimulando esses grupos a se juntarem, através de redes de excelência, que são apoiadas através desses consórcios”, esclarece.

Convite – A idéia da participação da Unicamp na rede de excelência européia surgiu a partir de um contato pessoal com o professor Franco Callegati, da Universidade de Bolonha (Itália), iniciado em 2001, durante sua visita a Unicamp. A instituição italiana é uma das 38 integrantes do consórcio europeu. A partir do contato estabelecido na época, e que veio se estreitando nos últimos anos, Calegatti sugeriu que a Unicamp oferecesse a candidatura. A edição de junho do e1-newsletter, que é o boletim oficial do consórcio europeu, noticiou a admissão da Unicamp como instituição colaboradora.

Waldman esclarece também que os recursos provenientes desse consórcio não podem ser utilizados diretamente por instituições colaboradoras. Porém, através de vínculos estabelecidos com as instituições do consórcio, as colaboradoras poderão ter acesso a recursos previamente acordados e disponíveis.

Como a admissão da Unicamp é muito recente, no momento o envolvimento é bastante modesto. O coordenador mostra que a participação é feita através de planos de trabalho anuais. “Existe um plano de trabalho para 2005, que está sendo implementado, porém, envolve um esforço ainda relativamente pequeno”, disse. Esse envolvimento ao qual Waldman se refere é a ida de um doutorando, ainda no mês de agosto, para Cesena, na Itália, para participar da escola de verão do consórcio. “Lá existe um campus da Universidade de Bolonha. O aluno ficará lá até começo de novembro, colaborando com a equipe do professor Callegati. A partir daí vamos elaborar um plano para 2006, um pouco mais ambicioso. A idéia é produzir publicações conjuntas”, comenta.

Com relação à admissão da Unicamp no consórcio, Waldman é bastante enfático ao falar sobre a importância do que esse fato sinaliza e, também, pelas portas que se abrem. “Sinaliza um reconhecimento da comunidade internacional a respeito da excelência das pesquisas realizadas aqui. Isso não é um programa de cooperação assimétrica, entre desiguais. Trata-se de um programa entre iguais, onde as instituições colaboradoras são tipicamente instituições de primeiro mundo. Isso sinaliza que estamos em um mesmo patamar de qualidade, e que as instituições européias estão interessadas em nosso trabalho”, comemora.

Outro objetivo considerado fundamental pelo coordenador é a formação de recursos humanos. “A aquisição e transferência de conhecimento será fundamental na formação dos pesquisadores brasileiros que participarão dos trabalhos. Participaremos efetivamente das reuniões e das decisões, e isso é muito importante”, ressalta ele. Trata-se, segundo Waldman, de um grande salto de qualidade nas pesquisas sobre conectividade ótica. “A importância do trabalho não está na quantidade de recursos que possa ser utilizada, mas na qualidade das instituições participantes”, finaliza.




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