Leia nesta edição
Capa
Prêmio da Fundação Bunge
Combate ao cancro cítrico
Consórcio europeu
Livro sobre engenharia química
Crise vista do campus
Esquerda discordante
Os guetos da segunda geração
Painel da Semana
Oportunidades
Teses
Unicamp na Mídia
Portal Unicamp
Nas bancas
Verdes olhares
 

2

Pascoal José Giglio Pagliuso vence na categoria Juventude; entrega oficial será no dia 26 de setembro

Professor da Física ganha
prêmio da Fundação Bunge

MANUEL ALVES FILHO


O professor Pascoal José Giglio Pagliuso: “O prêmio será um importante estímulo para a continuidade do meu trabalho na Unicamp (Foto: Antoninho Perri)Pascoal José Giglio Pagliuso, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp, é o vencedor do Prêmio Fundação Bunge na área de Física, categoria Juventude. O docente, de 34 anos, foi agraciado com um cheque de R$ 30 mil, medalha de prata e diploma. O anúncio foi feito no último dia 5 de agosto pelo reitor as Unicamp, José Tadeu Jorge, e pelo pró-reitor de Pesquisa, Daniel Pereira. A entrega oficial do prêmio será feita no dia 26 de setembro, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Criado há 50 anos com o nome de Prêmio Moinho Santista, o agora Prêmio Fundação Bunge é considerado um dos mais importantes e tradicionais estímulos à pesquisa e à produção intelectual do país. Instituído há 50 anos, o Prêmio Fundação Bunge, é considerado um dos mais importantes estímulos à produção intelectual brasileira. Desde sua criação, já homenageou cerca de 130 personalidades, como Carlos Chagas Filho, Aziz Nacib Ab´Saber, Jorge Amado, Miguel Reale, Raquel de Queiroz, Paulo Autran, Maria Bonomi, Oscar Niemeyer, Hilda Hilst, entre outros. 

Anúncio foi feito no último dia 5 pelo reitor

Este ano, o prêmio foi conferido a pessoas que se destacaram nas seguintes áreas: Agronegócio, Física, Romance e Educação Fundamental. Cada um desses segmentos contempla concorrentes nas categorias Sênior e Juventude. Entre os laureados na atual edição está a escritora Lygia Fagundes Telles [veja a relação dos vencedores nesta página]. De acordo com o reitor José Tadeu Jorge, o prêmio é um reconhecimento à capacidade do professor Pascoal Pagliuso, mas também à qualidade do ensino da Unicamp. “Tanto o docente quanto a Universidade foram muito elogiados pelo corpo de jurados”, afirmou o reitor, ele próprio um dos integrantes do Grande Júri. De acordo com o pró-reitor de Pesquisa, o Prêmio Fundação Bunge é o mais tradicional do gênero no Brasil. “Por isso consideramos a vitória do professor Pascoal Pagliuso um grande incentivo ao trabalho desenvolvido pelos nossos pesquisadores”, disse.

Para o docente do IFGW, o prêmio foi uma surpresa. “Estou surpreso e muito lisonjeado com esse prêmio. Penso que ele será um importante estímulo para a continuidade do meu trabalho na Unicamp”, analisou. Há dois anos como professor da Universidade, ele concluiu a graduação, o mestrado e o doutorado na própria instituição. O pós-doutorado foi realizado nos Estados Unidos, no Laboratório Nacional de Los Álamos. Lá, Pascoal Pagliuso recebeu prêmio como o pesquisador mais produtivo do centro de pesquisas. Atualmente, ele desenvolve estudos na área de novos materiais supercondutores.

O Prêmio Fundação Bunge não possui inscrições. Os candidatos são indicados pelas principais universidades e entidades científicas e culturais do país. A seleção dos nomes indicados é realizada por comissões técnicas, compostas por especialistas de renome para cada área de premiação. Cada comissão técnica faz uma seleção prévia dos nomes, indicando-os ao Prêmio Fundação Bunge, para posterior decisão do Grande Júri. No caso do prêmio na categoria Juventude, as comissões técnicas escolhem diretamente os homenageados.

Em uma etapa posterior, representantes de entidades científicas e culturais e reitores das principais universidades brasileiras, sob a direção do presidente do Supremo Tribunal Federal, têm a responsabilidade de escolher os contemplados com o Prêmio Fundação Bunge. A escolha ocorre por votação secreta e por maioria absoluta dos votos, no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.


Os premiados
Romance

Lygia Fagundes Telles

Lygia Fagundes Telles nasceu em São Paulo, em abril de 1923. Formada em direito pela Universidade de São Paulo (USP), chegou a exercer a profissão como procuradora do Estado de São Paulo, mas pouco tempo depois abandonou a carreira jurídica para se dedicar à literatura. Desde então, não parou mais. É dona de uma vasta obra que vai do conto ao romance. Ciranda de Pedra, Verão no Aquário, As Horas Nuas, Filhos Pródigos, A Estrutura da Bolha de Sabão, Antes do Baile Verde, Invenção e Memória e As meninas são alguns de seus livros.

 

Adriana Lisboa

Nascida em 1970, a carioca Adriana Lisboa é considerada uma revelação do romance brasileiro. Cresceu entre a cidade e a fazenda da família, no interior do estado do Rio de Janeiro. Morou em Brasília e Paris. Formada em música e pós-graduada em Letras, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), respectivamente, Adriana foi cantora, flautista e professora, até estrear como romancista em 1999, com a publicação de Os Fios da Memória.


Agronegócio

Ernesto Paterniani

Ernesto Paterniani nasceu em São Paulo, em 1928. É um dos mais importantes nomes do agronegócio do nosso país. Engenheiro agrônomo e doutor em agronomia, pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), possui uma rica e extensa experiência com pesquisas na área de seleção e melhoramento genético em milho. Desenvolveu metodologias para identificação das melhores fontes de germoplasma de milho (material genético de uso imediato ou com potencial de uso futuro) para o Brasil, utilizados em programas oficiais e privados. Identificou e avaliou variações de milho e criou variedades empregadas como fonte de linhagens para a obtenção de híbridos comerciais.

Alessandra Alves de Souza

A jovem bióloga Alessandra Alves de Souza nasceu em 1970, na cidade de Recife, em Pernambuco. Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), é também doutora em Genética e Biologia Molecular, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e mestre em Microbiologia Agrícola, pela Universidade de São Paulo (USP). Desde 1997, atua como pesquisadora no laboratório de Biotecnologia do Centro APTA Citros “Silvio Moreira”, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), na cidade de Cordeirópolis (SP).


Educação Fundamental

Terezinha Saraiva

A professora e pedagoga carioca Terezinha Saraiva iniciou sua carreira como professora primária em uma escola no Morro do Salgueiro, no Rio de Janeiro. Dona de uma vasta experiência, é responsável por um trabalho pioneiro para o ensino no Brasil. Atuou como secretária Estadual de Educação e Cultura do antigo Estado da Guanabara, como secretária Municipal de Educação e Cultura do Rio de Janeiro, na Fundação Nacional do Bem Estar do Menor, no Conselho Federal de Educação, entre outras instituições. Foi autora de importantes projetos do Ministério da Educação, como o Operação Escola e o Carta Escolar, na época, adotados em todo país. Foi ela também a responsável pelas diretrizes metodológicas para a alfabetização de alunos do Mobral.

Eliana da Costa Pereira

Eliana da Costa Pereira é formada em Educação Especial pela Universidade Federal de Santa Maria (SC), especializada em psicopedagogia e mestre em Educação pela mesma instituição. A gaúcha, de 28 anos, tem seus trabalhos centrados na educação inclusiva e no uso da informática como instrumento do processo de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades especiais. Participou de diversos projetos de pesquisa na área da inclusão, entre eles A expectativa e a qualidade de vida para portadores de necessidades especiais com idade acima de 45 anos e Informática e Educação inclusiva: articulando uma prática possível. . 


Física

Sérgio Machado Rezende

O carioca Sérgio Machado Rezende, nascido em 1940, é formado em Engenharia Eletrônica, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC) e doutor e mestre em física pela Massachusetts Institute of Technology (MIT), EUA. Iniciou sua carreira como professor de física da PUC-RJ e como professor titular do Instituto de Física da Unicamp. Suas contribuições para o desenvolvimento da ciência no país, principalmente na região nordeste, foram marcantes: implantou o Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco, hoje instituição referência nacional em Ciências Exatas; participou ativamente da criação da Fundação do Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe); e entre 1995 e 1998 foi secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco. Em julho deste ano assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia.

 

Pascoal José Giglio Pagliuso

O jovem físico Pascoal José Giglio Pagliuso, de 34 anos, nasceu na cidade de Campinas, interior de São Paulo. Doutor e mestre em física pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é dono de um currículo com contribuições científicas de notável qualidade. Possui 120 publicações em revistas nacionais e internacionais, sendo 13 na revista Physical Review Letters, importante publicação da área em que atua e diversas participações em conferências. Em 2001, foi reconhecido pelo Laboratório Nacional de Los Alamos, dos Estados Unidos, por sua alta produtividade científica. Foi membro do Conselho do Departamento de Eletrônica Quântica da Unicamp e atualmente é professor doutor do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW). É orientador de doutorandos, mestrandos e pós-doutores, além de chefe do Grupo de Propriedades Ópticas e Magnéticas dos Sólidos.




SALA DE IMPRENSA - © 1994-2005 Universidade Estadual de Campinas / Assessoria de Imprensa
E-mail: imprensa@unicamp.br - Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Barão Geraldo - Campinas - SP