Unicamp e CPFL celebram parceria em eficiência energética e redução de consumo de energia

Autoria
Edição de imagem
Renato Povia, gerente de inovação da CPFL, e o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, assinam convênio
Renato Povia, gerente de inovação da CPFL, e o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, assinam convênio

A Unicamp e a CPFL Energia anunciaram na manhã desta quarta-feira (31) um investimento de R$ 8,1 milhões no projeto Campus Sustentável, abrindo uma série de iniciativas na área de P&D (pesquisa e desenvolvimento), eficiência energética e redução do consumo de energia elétrica dentro do campus da Unicamp nos próximos anos.

Estima-se que, com esse projeto, que tem duração de 36 meses, a economia será de pelo menos 3% a 6% no consumo total de energia elétrica da Unicamp. O principal incremento virá com a utilização do sistema fotovoltaico (energia solar), que está sendo instalado na Universidade, o qual tem energia suficiente para abastecer o equivalente a 386 residências. 

O acordo foi assinado na sala do Conselho Universitário (Consu), firmando o desenvolvimento de um modelo de campus sustentável. Participaram da cerimônia o reitor da Unicamp Marcelo Knobel, a coordenadora geral da Universidade Teresa Dib Zambon Atvars, o prefeito do campus Armando José Geraldo, o diretor executivo de Administração da Unicamp Roberto Paes, o diretor da Agência Inova Unicamp Newton Frateschi, o gerente de inovação da CPFL Renato Povia, o professor da Unicamp Marco Aurélio Pinheiro, o gerente da CPFL Felipe Zaia, além de autoridades e convidados da Unicamp e da CPFL.
 

O coordenador do projeto, Luis Carlos Pereira da Silva
O coordenador do projeto, Luis Carlos Pereira da Silva
Renato Povia, gerente de inovação da CPFL Energia
Renato Povia, gerente de inovação da CPFL Energia

O investimento visa testar algumas tecnologias e gerar conhecimento e tecnologia que possam ser aplicados em vários outros consumidores do setor. A principal é a instalação de sistemas individualizados de medição para ter o controle de quais os dispositivos e circuitos que consomem mais energia na Universidade, “para que possamos ter uma medição desagregada e saber onde atuar”, conta Renato Povia. Ele enfatizou que as medições têm comunicação direta em tempo real com o centro de operação a ser instalado na Unicamp. Isso permite saber ao longo do mês o consumo que está sendo feito de energia em cada um dos circuitos", revelou. 

Uma outra parte importante do projeto é a substituição de aparelhos de ar-condicionados, que ficam hoje localizados na Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM). O objetivo é colocar 160 equipamentos mais eficientes, com o selo Procel, para reduzir o consumo. Outro módulo ainda do projeto envolverá a parte de capacitação. É fundamental gerar conhecimento técnico, tecnologia e disseminar esse conhecimento. “Serão colocadas algumas matérias dentro da atual grade de cursos da Unicamp para dar conhecimento dos resultados do projeto e disseminar práticas para redução do consumo de energia”, informa Renato Povia. “45% da energia consumida na Unicamp vai para aparelhos de ar-condicionado. Daí a importância do foco do trabalho envolver também a modernização dos sistemas de ar-condicionado dos prédios juntamente com a geração de energia fotovoltaica.” 

Esse é um projeto inserido no projeto de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "Temos a etapa de diagnóstico e depois instalação dos equipamentos, monitoramento da implementação dos resultados das tecnologias e substituições de ar-condicionado. Pretendemos estudar tecnologias que serão benéficas para nós e para a sociedade, além de avaliar a implementação das novas tecnologias que depois podem ir a mercado."
 

O reitor da Unicamp Marcelo Knobel
O reitor da Unicamp Marcelo Knobel

De acordo com o coordenador do projeto, o professor Luis Carlos Pereira da Silva, a Unicamp gasta hoje em torno de 25 milhões de reais por ano com energia elétrica. “Notamos que existe desperdício e que podemos economizar”, garante. Ele explica que o desafio é ver onde está o maior consumo, com expectativa (na fase inicial) de ter uma economia de R$ 1 milhão por ano."

Cooperação
Esse projeto parte de uma iniciativa do MEC, que também percebeu que as instituições federais estavam gastando muito com energia elétrica – algo em torno de 500 milhões por ano. A Aneel então abriu um edital para as universidades tentarem diminuir o seu consumo de energia elétrica. “Vamos medir todo o consumo de energia das nossas unidades. Hoje não temos esse tipo de medição. Sabemos que existe desperdício, mas não sabemos onde. A operação da nossa rede elétrica é totalmente cega. Agora, vamos ter um centro de dados de informações sobre o consumo de energia para economizar. Estamos bem otimistas”, comentou.   
 

A coordenadora geral da Universidade, Teresa Dib Zambon Atvars
A coordenadora geral da Universidade, Teresa Dib Zambon Atvars

As ações de geração de energia já começaram. Os projetos estão prontos e serão instalados até o final deste semestre, de acordo com o professor Luis Carlos. Com as ações de geração de energia própria, já será possível diminuir 2% do consumo. Com as ações a serem implementadas durante esses três anos, será possível reduzir mais ainda. Isso será feito de forma continuada porque esse centro de medições de dados do consumo da Unicamp vai ficar como legado do projeto, mudando a forma como fazemos gestão do sistema elétrico e do consumo de energia.” 

Conforme o coordenador do projeto, a Unicamp já tinha vários planos prontos na Câmara Técnica de Gestão de Energia e no Grupo Gestor Universidade Sustentável. “Tínhamos ideias e projetos. Não tínhamos o financiamento. Com a parceria com a CPFL, colocaremos em prática esses temas fundamentais para a Universidade.” 

O evento aconteceu na sala do Consu
O evento aconteceu na sala do Consu e foi acompanhado por autoridades da Unicamp e da CPFL e convidados

O prefeito do campus, Armando José Geraldo, disse que o gasto da Unicamp com energia elétrica é o equivalente a uma cidade da ordem de 100 mil habitantes, pela quantidade de equipamentos. Algumas ações já foram feitas e mais ultimamente houve a troca de luminárias por lâmpadas menores, climatização, iluminação pública, entre outras iniciativas. Em sua opinião, essa será uma oportunidade de parceria ímpar com a CPFL Energia para melhorar mais ainda a gestão do campus.

A coordenadora geral da Unicamp disse que esse projeto é estruturante, se sustenta dentro do Planejamento Estratégico (Planes) e que pode ser replicado, mas só pode ser utilizado dentro do ambiente universitário. É um projeto completo, segundo ela, pois envolve ciência, tecnologia e recursos humanos, através de uma visão integradora. Aproveitou para apelar para a CPFL ser parceira estratégica da Unicamp na área de energia renovável e não renovável. 

O reitor da Unicamp Marcelo Knobel salientou que a ideia é continuar trabalhando para ampliar a sustentabilidade. Ele frisou que a Universidade tem muito a avançar em termos de melhorar o consumo de água e de recuperar o que for possível. “A energia elétrica é um fator muito importante e portanto deve melhorar o seu sistema de gestão e colocar o sistema de energia solar através de um projeto integrado que envolve diversas ações para otimizar o uso de energia, tornando o campus realmente sustentável e colaborando com a CPFL.


 

Armando José Geraldo, prefeito do campus
Mesa diretiva da cerimônia no Consu
Imagem de capa
O gerente de inovação da CPFL Energia, Renato Povia, e o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, assinam convênio

twitter_icofacebook_ico

Atualidades

A honraria foi aprovada por unanimidade pelo plenário da Câmara Municipal de Campinas 

As instituições são avaliadas a partir de cinco critérios: qualidade do ensino, pesquisa científica, mercado de trabalho, inovação e internacionalização

O professor de Direito Internacional  da Unicamp Luís Renato Vedovato foi o convidado do videocast Analisa, uma produção da Secretaria Executiva de Comunicação

Cultura & Sociedade

O coral leva um repertório de música popular brasileira, com as canções da parceria Toquinho e Vinícius, e o samba paulista de Adoniran Barbosa

Para o pró-reitor, Fernando Coelho, a extensão deve ser entendida como “o braço político do ensino e da pesquisa”