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..............Campinas, 21 a 27 de maio 2001

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...Trânsito - pág. 1   ...Oportunidades - pág. 7
...Qualificação - pág. 2 ...Eventos futuros - pág. 8
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...Painel da semana- pág. 5 ...Comemoração - pág. 11
...Em dia - pág. 5 ...Assistência - pág. 11
...Inscrições - pág. 6 ...Especialidade e Artes pág. 12
Unicamp
....CAMPANHA
Unicamp
Grupo esclarece população
sobre doação de órgãos

Há mais ou menos cinco anos Roberto Alves, 42 anos, casado, renasceu. Vítima de uma hepatite do tipo B que evoluiu, ele não teve outra alternativa a não ser se submeter a um transplante de fígado na Unicamp. Antes porém, passou por sérias dificuldades até conseguir um doador. Como gozava de uma vida normal e saudável antes de contrair a doença, Roberto sequer imaginava que mais tarde viria a fazer parte de um grupo de transplantados. E, justamente a partir deste episódio, ele resolveu engrossar a luta para conscientização da população para a doação de órgãos.

Esta história, infelizmente, não é rara. Hoje na fila, aguardando por um transplante de fígado, no Estado, estão em torno de 2.000 pessoas. “A situação é bastante difícil”, explica Adriano Fregonesi, coordenador da Central de Captação de Órgãos do Hospital das Clínicas da Unicamp. Ainda existem muitas dúvidas da população para serem esclarecidas e a única forma, em sua opinião, é a conscientização através de campanhas e matérias na imprensa que esclareçam essas questões. Foi neste sentido que a Unicamp e a Associação de Portadores de Hepatites, Candidatos e Transplantados Hepáticos do Interior do Estado de São Paulo (Apohie), da qual Roberto é presidente, se mobilizaram, na última semana, para realizarem uma campanha no Shopping Center Iguatemi.

Portando panfletos e apoiados por uma equipe médica para orientar a população que transitava pelo local, um grupo da Apohie realizou a campanha corpo a corpo para uma média de 50 mil pessoas. “É gratificante poder esclarecer a população da importância de dar oportunidade de vida a outra pessoa”, diz Jankees Van der Poel, 31 anos, casado e doutorando em Engenharia Elétrica na Unicamp. Há cerca de um ano, ele aguarda na fila por um órgão, pois é portador de uma doença côngenita rara de nome colangite esclerosante primária.

A difícil tarefa – Para se ter uma idéia do tamanho do problema, no Estado de São Paulo, as estatísticas demonstram que já somam oito mil pessoas à espera de um rim e 500 na fila por um coração. Pelo menos 30% dos candidatos a um transplante morrem na fila de espera. “A verdade é que quando se entra no processo à espera por um órgão não se sabe se é para a vida ou para a morte”, define Fregonesi. Ele enumera, pelo menos, dois pontos principais que dificultam a captação de órgãos atualmente.

O primeiro, seria a falta de notificação ao serviço de captação, por parte dos médicos, quando há morte encefálica ou mais conhecida como morte cerebral. Segundo o coordenador, esta informação deveria ser rápida e eficiente para que se consiga agilizar o processo. “No momento em que ocorrem os fatos inicia-se uma corrida contra o relógio, pois o coração funciona apenas por mais alguns minutos”, explica.

Outra situação bastante comum nos hospitais brasileiros é a recusa da família em doar os órgãos por falta de esclarecimento. “É importante que o doador, uma vez conscientizado, deixe avisado a família do seu interesse em doar os órgãos”. Em sua experiência, uma das alegações mais constantes é com relação a motivos religiosos – cerca de 40% daqueles que são abordados pelo serviço de captação. Neste caso, Fregonesi explica que a maior parte das religiões não se opõe ao ato, mas por desconhecimento a família acaba abortando a retirada dos órgãos.

HC reinicia transplante em crianças

O Hospital das Clínicas da Unicamp está reiniciando o serviço de transplantes de fígado em crianças interrompido há cerca de três anos.

Desde que realizou a última cirurgia deste tipo, o HC não estava em condições de proceder o transplante por motivos de estrutura. “A criança demanda mais cuidados que um adulto”, explica a gastro-pediatra, Adriana Maria Alves De Tommaso. Ela esclarece que tanto antes como depois da cirurgia, a criança precisa da atenção especial de um adulto as 24 horas do dia. O pós-operatório requer ainda, atenções no que se refere à àgua, alimentação e outros cuidados desta natureza. “As pessoas que freqüentam o hospital são pessoas simples e que muitas vezes não dispõe deste tipo de recurso”.

Adriana salienta ainda, que uma das dificuldades para a realização de um transplante em crianças é que, geralmente, ao chegar no HC o quadro já está avançado demais. Ela acredita que muitos pediatras não estão preparados para um diagnóstico precoce de doenças mais raras e que seriam o caso de transplante. A icterícia – doença comum em recém-nascido – por exemplo, quando passa de duas semanas deve-se procurar um especialista. “Diminuição da coloração das fezes, urina muito escura, são outros sintomas preocupantes”, diz.


A gastro-pediatra conta que já teve asos de se transplantar uma criança de oito meses. Nestes casos, é mais difícil conseguir um órgão do tamanho adequado. Mesmo assim, Adriana, ressalta que as dificuldades em captar um órgão são as mesmas que a do adulto. “Nosso trabalho é divulgar e cada vez mais informar a população da importância do ato”.

 


Dúvidas


Quem pode ser um doador?

Praticamente todas as pessoas são potenciais doadores, no entanto, a pessoa precisa estar em morte encefálica e os órgãos em boas condições para serem transplantados.

O diagnóstico de morte encefálica é seguro e confiável?

Sim, o diagnóstico de morte encefálica é totalmente seguro e confiável. Os mesmos métodos diagnósticos utilizados em países desenvolvidos também são utilizados no Brasil.

Quais os órgãos e tecidos podem ser doados?

Rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, válvulas do coração, pele, cartilagem, ossos e tendões.

Como eu posso ser um doador de órgãos?

Comunicando sua família do seu desejo de ser doador e assim ajudar várias pessoas a voltar a viver dignamente.

Fonte: Central de Captação de Órgãos
e Tecidos do Hospital das Clínicas Unicamp

 


 
 
 

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