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Estudo com modelagem matemática
é ferramenta no combate a rotavírus

RAQUEL DO CARMO SANTOS

A matemática Andressa Pinheiro, autora da pesquisa: “Melhores abordagens para planejamento, implementação e otimização d  programas” (Foto: Antoninho Perri)Pesquisa de modelagem matemática epidemiológica identificou que vacinas e determinados tipos de antivirais são os mais eficientes no combate à doença infecciosa causada por rotavírus, que são agentes da gastroenterite e causadores de mortes de crianças menores de cinco anos. O estudo, que foi desenvolvido pela matemática Andressa Pinheiro sob orientação do professor Hyun Mo Yang, do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc), trouxe uma ferramenta a mais para descrever a dinâmica da resposta imunológica humana diante da introdução dos rotavírus.

“O processo de formulação de um modelo matemático esclarece hipóteses, variáveis e parâmetros e, com isso, auxilia o entendimento das características de transmissão de doenças infecciosas em comunidades. Podem nos levar, inclusive, a melhores abordagens para planejamentos, implementação e otimização de programas de detecção e controle”, ressalta a pesquisadora.

Segundo Andressa, o que mais chamou sua atenção para desenvolver o trabalho foi a quantidade de episódios de diarréia ocorridos anualmente e que estão associados a rotavírus. Ela estimou cerca de 125 milhões no mundo, sendo que entre 600 mil e 870 mil causam a morte da criança. A doença é mais comum na população infantil e na faixa entre sete meses e cinco anos de idade a incidência é muito maior.

Pelos cálculos, a pesquisadora chegou a um limiar que define quando a infecção será debelada ou persistirá no organismo. Com base neste limiar é possível identificar os parâmetros que estão influenciando o crescimento ou decrescimento da infecção no organismo. “Conseguimos observar os parâmetros que estão contribuindo ou não para o avanço da infecção, que ocorre em questões de horas, e qual ação é mais eficiente para o controle da infecção”, destaca.

Mesmo não sendo da área médica, Andressa, a partir da modelagem matemática, credita à vacina o método que mais previne a doença ou mantém a infecção em níveis mais baixos. Ela destaca ainda que são necessários outros estudos para maior detalhamento do mecanismo de ação dos rotavírus. Sua dissertação de mestrado corresponde a um passo inicial, uma vez que muitas coisas ainda são misteriosas em relação à infecção. “É preciso explicitar muitas respostas e acrescentar muitos parâmetros para obter uma modelagem mais realista, mas creio que o estudo desperta o interesse de outros trabalhos na área”, define.

 

 
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