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Amparo tem baixa concentração
de flúor na água, aponta estudo

RAQUEL DO CARMO SANTOS

Estudo realizado pelo dentista Sérgio Hideki Komati detectou níveis de flúor abaixo das concentrações recomendadas pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo nas águas do município de Amparo. Segundo Komati, apenas nas águas da Estação de Tratamento foram encontrados níveis ideais de concentração. Três amostras de fontes e sete de poços tubulares profundos tinham concentrações abaixo de 0,6 miligramas por litro de flúor, quando o recomendável, para o Estado de São Paulo, é na faixa entre 0,6 a 0,8 miligramas por litro.

O objetivo de Sérgio Komati foi verificar concentração de flúor em água e relacionar com a prevalência da fluorose – doença nos dentes causada pelo excesso de flúor – em todo o Estado. Pelo estudo, orientado pelo professor Bernardino Ribeiro de Figueiredo, do Instituto de Geociências (IG), mesmo com concentrações de flúor muito baixas, o dentista encontrou prevalência de fluorose classificada como moderada na cidade. “Quis fazer relação entre a fluorose e questões ambientais e, por isso, recorri à chamada geologia médica para encontrar embasamento na minha pesquisa”, destaca.

Segundo Komati, a prevalência de fluorose encontrada em Amparo não difere muito de outros municípios que adicionam flúor à água de abastecimento. O que chama atenção na pesquisa, no entanto, é que justamente as regiões com casos de fluorose moderada ou severa e poços com excesso de flúor localizam-se próximos a pólos cerâmicos como Piracicaba, Campinas e outras. “Em indústrias como as de fertilizantes e de cerâmica, que liberam flúor no processamento, pode ocorrer inalação deste elemento, o que contribui para a prevalência de fluorose”, explica.

Em pesquisas realizadas com animais de laboratório o flúor quando inalado, esclarece o pesquisador, é totalmente absorvido pelo organismo. Na China, a queima de carvão mineral contendo flúor, dentro das casas, é a principal via responsável pelos casos de fluorose, inclusive pelos casos de fluorose esqueletal que se desenvolvem pelo contato com concentrações mais elevadas de flúor. Daí a importância do estudo desenvolvido no IG, que na opinião de Komati aponta para a necessidade de investigação de vários pontos no Estado de São Paulo.

O flúor é importante quando interfere no processo da cárie dentária. Porém, conforme a dosagem, pode acarretar a fluorose pela ingestão contínua, no período de formação dos dentes, sobretudo na faixa etária entre seis meses a seis anos de idade.

 

 
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