Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 278 - 28 de fevereiro a 6 de março de 2005
Leia nessa edição
Capa
Cartas
TV Digital
Concentração de mercúrio
Aprendendo a aprender
Calourada 2005
Alunos de escola pública
Dois veteranos, muitas histórias
Detectando o imperceptível
Painel da semana
Teses da semana
Diagnóstico ambiental
Pigmentos naturais
Aquecimento global
 

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Cartas



Matemática

Gostaria de parabenizar o Jornal da Unicamp pela ótima matéria sobre a matemática no Brasil. Ela nos faz enxergar como está distante o ensino da pesquisa nessa ciência tão importante. Espero que continuem publicando matérias de interesse público. São textos assim que nos fazem abrir os olhos para a verdadeira situação do ensino público no país.
Daniel Martins Neves

Carioba
A matéria sobre os trabalhadores da fábrica Carioba, em Americana, mostra que não devemos deixar de acreditar que é possível oferecer ao trabalhador uma vida digna e honrada, independentemente de sua formação. Quem trabalha, tem direitos. Gostaria de parabenizar a socióloga Maria José Ribeiro pelo excelente trabalho de pesquisa.
Rodrigo dos Santos Sousa

Biodiesel
Lendo a matéria “Programa de biodiesel traz equívocos a partir da fonte”, senti-me motivado a compartilhar minha experiência e meu ponto de vista em relação ao Pró-Álcool ou Pró–Diesel.

Alguém já ouviu falaz em “leitobrás”? Pois é, pelo Brasil todo se produz e se consome leite. Qualquer um que tem um pedaço de terra e quer produzir leite para seu consumo ou para comercializar, pode ter sua vaquinha e vender o produto. Em algumas regiões, os produtores são filiados a cooperativas e vendem o seu excedente para elas. A cooperativa controla a qualidade do produto recebido na hora do recebimento. O tradicional caminhão leiteiro passa recolhendo as latas, que são identificadas, podendo-se saber a quantidade e a origem do conteúdo de cada lata.

Cooperativas maiores e bem-organizadas empacotam o leite e o distribuem para outras regiões. No caso do álcool, nunca entendi porque o produto tinha que viajar do interior para as unidades da Petrobrás e depois retornar para o Interior. Trata-se de uma insanidade

Sempre defendi que a mesma logística do leite fosse adotada para o álcool combustível e agora acho que também deve ser adotada para o biodiesel. Cada região tem condições geográficas e econômicas diferentes. Seria ótimo que cada um encontrasse a melhor maneira de adequar o seu perfil. Cooperativas deveriam possuir unidades de produção de porte adequado com a viabilidade econômica e insumos de sua região. Deveriam, da mesma forma, controlar a qualidade e fazer a sua distribuição. Nada impede também que produtores maiores tenham sua própria unidade de produção e façam sua comercialização e distribuição.

Acho que deveria ser desenvolvida uma tecnologia de controle de qualidade do produto na boca do tanque do veículo, de forma que se possa abastecer em qualquer lugar. Concordo plenamente que não faz sentido pensar somente em adicionar o biodiesel ao diesel mineral. Cordialmente,
Washington Herdies Figueiredo, engenheiro naval e agricultor

Morte
Gostei muito da reportagem “Novas pesquisas sobre a morte”. Não sou da área de saúde, mas durante minha graduação, em Letras, na Unicamp, vivi um dos momentos mais dolorosos de minha vida com a perda de minha avó, então com 86 anos.

A situação passou, sinto que vivemos o luto e o superamos, com lembranças, missas e todo o ritual tradicional, mas nunca nos negamos a sentir a dor, a viver a falta, a nos confundirmos e irmos olhar no quarto ver se ela precisava de algo e notarmos que ela não estava mais lá.

Enfim, acho que é uma história como muitas outras, vividas por tanta gente, mas, ao ler a reportagem, senti como que um alívio, um amparo ao perceber que “instintivamente” (será???) havíamos feito opções corretas, que nos ajudaram – e quem sabe a ela – a superar este momento tão cruel em nossas vidas, conseguindo até – não sem um pouco de pudor e dificuldade na escolha das palavras, num tabu imposto por toda uma formação de repúdio à morte – transformar-se num momento singelo, sublime, do qual guardamos uma agradável recordação.

Hoje, 12 anos após sua morte, ainda a cena me marca, me comove. E eu me lembro da “negação do morto”, pois fiz de tudo para evitar ver o corpo, pois para mim, minha avó já não estava mais ali, e eu nunca suportei cadáveres. Isso talvez me leve a uma admiração imensa pelos profissionais da saúde, que têm que lidar com este aspecto em seu dia-a-dia.

Creio que não apenas eles, mas todos nós, deveríamos ter uma melhor formação, uma melhor preparação para encarar a morte, bem como para encarar a própria vida, pois como brincam por aí... filho vem sem manual (se bem que encontramos um monte de livrinhos de “auto-ajuda” por aí...)!

Nessas horas, como educadora, vejo como os anos de escola não nos ajudam muito a aprimorar nossa maneira de viver, a nos desenvolvermos em nossos medos, em nossos desejos, em nossas dificuldades, e acabamos tendo que procurar na religião o conforto, a esperança e a compreensão para temas tabus, que evita-se discutir por aí, estando sujeitos a uma profusão de visões ideológicas e enviesadas.

Uma vez mais parabenizo a reportagem e o trabalho dos professores dedicados a estas questões. Divulguem mais amplamente este trabalho, tenho certeza que muitas pessoas, não apenas da área da saúde, não apenas quem tem algum paciente terminal em casa, possam se beneficiar dele.
Graziela G. Pachane


Oswald
Parabéns pela reportagem sobre o grande poeta modernista Oswald de Andrade.
Walmira Costa, graduada em Letras pela UFMG, Belo Horizonte


Parto de cócoras – 1
A notícia sobre o parto de cócoras está excelente. É uma boa vitrine para a Unicamp poder mostrar esse serviço à comunidade. É importante ressaltar as novas idéias colocadas no parto de cócoras. Além do parto em si (feito como as índias em vários países das Américas faziam e fazem), temos a conscientização que o casal ganha a respeito da gravidez.

Os pais se tornam membros ativos durante o nascimento e não meros espectadores passivos das atividades do obstetra. A participação ativa do pai no processo reforça seu vínculo com a esposa e a formação de um grupo de mulheres e homens vivenciando um mesmo processo é socialmente positivo, diminuindo problemas de solidão, depressão e dúvidas sobre a gestação.

Estou participando do grupo de parto de cócoras e estou muito satisfeito com o que estou vivenciando. O Caism e a Unicamp estão de parabéns.
David Soares, professor do IFGW-Unicamp

Parto de cócoras – 2
Parabéns, Hugo Sabatino! Você sabe que torço muito para que o trabalho seu e de sua equipe seja amplamente divulgado. Um forte abraço,
Jorge Kuhn, médico obstetra e professor do Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina

Classe média
A matéria sobre a perda do poder aquisitivo da classe média, na qual me enquadro, foi a análise mais real que li sobre o assunto. Trata-se de um belo trabalho estatístico.
Marlene Simarelli

Eleições
Parabéns pela reportagem com o professor Bruno Speck e, especialmente, com os alunos Ana Lúcia Lennert, Heraldo Bello da Silva Júnior e Robert Bonifácio da Silva. São jovens como estes que farão nosso país crescer. Parabéns ao jornal pela iniciativa.
Heloiza Helena Custódio Zanzotti

Tomaticultura
Parabenizo o Jornal da Unicamp pela matéria sobre as relações da agroindústria com produtores de tomate do Estado de Goiás. As informações apresentadas pelos pesquisadores Darlene Ramos Dias e Walter Belik refletem com precisão a história da tomaticultura industrial no Brasil até os últimos anos.
Rogério Rangel

Pobreza
O trabalho de avaliação do impacto de Programas Governamentais voltados ao combate à pobreza rural é de suma importância para o processo de transparência da gestão pública, bem como para o processo de desenvolvimento da cidadania no Brasil. Como deixa claro o professor Antônio Márcio Buainain, as oligarquias políticas no Nordeste buscam muito mais a manutenção do poder econômico e político do que o bem estar do povo nordestino, cujas carências começam pela falta de oportunidade de viver uma vida digna, a que têm direito.

Assim, a pouca ou nenhuma importância dada à educação e saúde, principalmente, têm sua explicação, na medida em que se entende que essas são áreas imprescindíveis para a formação de uma sociedade saudável, crítica e consciente de seus direitos e deveres, o que daria ao povo nordestino, em especial, a capacidade de escolher corretamente seus dirigentes. Para as oligarquias políticas do Nordeste, melhor que investir em educação e saúde, cujos “lucros políticos” são poucos, haja vista não evidenciar rapidamente a “bondade” dos coronéis políticos, dando-lhes votos, é obter convênios e empréstimos externos ou internos para financiar projetos cuja implantação possibilitem realizar grandes obras cujas contratações podem render lucros reais, decorrentes de propinas recebidas dos empreiteiros.

Finalizando, espero que além de mostrar o impacto e perfil das comunidades beneficiárias desses Projetos de Combate à Pobreza Rural, vocês possam mostrar contribuir para o redirecionamento dos Programas, recomendando novas linhas de ações e a correção daquelas que não permitem o atendimento dos objetivos traçados. Atenciosamente,
Antonio Luiz Carneiro, Salvador, Bahia

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