Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 278 - 28 de fevereiro a 6 de março de 2005
Leia nessa edição
Capa
Cartas
TV Digital
Concentração de mercúrio
Aprendendo a aprender
Calourada 2005
Alunos de escola pública
Dois veteranos, muitas histórias
Detectando o imperceptível
Painel da semana
Teses da semana
Diagnóstico ambiental
Pigmentos naturais
Aquecimento global
 

8

Dois veteranos, muitas histórias

RAQUEL DO CARMO SANTOS

Marco Antonio Basílio de Alvarenga: experiências enriquecedoras. (Foto: Antoninho Perri)"O vestibular foi apenas o começo. O melhor virá agora para quem tem interesse em crescer. É preciso explora a diversidade da Unicamp". A dica é do estudante Marco Antonio Basílio de Alvarenga, do 6o ano do curso de Mecatrônica. Para ele, ao contrário do que muitos pensam, após a maratona de exames para conseguir uma disputada vaga, a hora não é de acomodação, mas de descobertas. Perto de encerrar sua trajetória na Unicamp, Alvarenga guarda boas recordações da instituição que, segundo ele, se diferencia pelo "espaço para a criação de coisas". "Foi um tempo inesquecível. Várias noites sem dormir, muito estudo e inúmeras histórias para contar". O estudante tem certeza que fez de tudo para marcar sua presença na Faculdade de Engenharia Mecânica: de experiências relacionadas à iniciação científica e representação discente da unidade até a participação em programa de intercâmbio na França.

Alvarenga chegou na Unicamp em 1999, quando se formava a segunda turma de um curso que despontava no cenário nacional: o de Mecatrônica. E por isso identificou-se bastante com o conteúdo. "Tudo era novo e a faculdade impunha muitos desafios", lembra. O estudante não teve dúvidas: encarou todos. Já no início do curso, como as aulas acontecem no período noturno, durante o dia dedicou-se a trabalhos de iniciação científica e se envolveu nos primeiros passos da empresa júnior Mecatron. Permaneceu dois anos como diretor de projetos e conseguiu bagagem para sua formação. Vivenciou na prática o que estava aprendendo na teoria.

No terceiro ano, a idéia de iniciar o projeto de Guerra dos Robôs fez com que Alvarenga perdesse várias noites de sono. "Tinha que conciliar os estudos, a organização do evento e ainda construir o robô com o grupo", lembra. A experiência marcante, no entanto, aconteceu no quarto ano, ao prestar exame de seleção para participar de um programa de intercâmbio, financiado pela Capes. Alvarenga conseguiu a chance de fazer estágio por quatro meses em uma empresa francesa de engenharia. Até completar um ano de sua estada na Europa, ele estudou na Escola Nacional de Engenharia de Metz (ENIM), na França. "Foi muito puxado, mas valeu a pena. Fiz amigos, conheci várias cidades e isso foi fundamental para a minha formação profissional e para a vida pessoal", afirma.

Hoje, o estudante busca novos horizontes. A experiência na iniciação científica, feita em dois projetos - na área de Engenharia biomédica e Engenharia de Petróleo – despertou a vontade de seguir a carreira acadêmica. Antes, porém, quer ter contato maior com o mercado de trabalho. Atualmente, Alvarenga é estagiário em uma empresa da região. Ele acredita que, ao experimentar o mercado de trabalho, será um pesquisador com maior sensibilidade para inovar.

Flora de Andrade Gondolfi: é preciso fazer tudo de um pouco. (Foto: Antoninho Perri)De tudo um pouco - Flora de Andrade Gondolfi aconselha: ao entrar na Universidade, o calouro deve procurar fazer de tudo um pouco. Experimentar as áreas e conhecer o que o curso pode oferecer de atividades. A estudante do 2o ano de Educação Física orienta os ingressantes naquilo que deu certo na sua experiência na Unicamp. No primeiro ano de curso, em 2004, fez o possível para conhecer melhor os colegas e explorar o que poderia fazer além das disciplinas obrigatórias. Entrou para o time de futsal, auxiliou as professoras no curso de extensão em ginástica rítmica com crianças e ainda entrou para a Atlética da Faculdade. Tudo para que consiga futuramente mapear no que pretende se especializar. Atualmente, Flora faz parte da comissão de recepção aos calouros da faculdade.

Bailarina desde os 6 anos de idade, Flora sempre gostou de trabalhos que envolvessem o corpo. Lembra que no ensino fundamental participava de diversas atividades esportivas oferecidas pelo colégio. No Ensino Médio, porém, as opções escassearam. No estabelecimento em que estudou, as atividades físicas eram realizadas em academia e não contemplavam todas as áreas. Mas isso não a impediu de decidir-se pela Educação Física.

Não se arrepende. Em sua opinião o curso superou suas expectativas. Gosta demais das atividades e ficou surpresa com a atenção dada às disciplinas da área de humanas. "Temos muita discussão em sala sobre filosofia e antropologia". Flora observa que muitos estudantes entram e saem da sala de aula e dificilmente se envolvem com as atividades de extensão e extra-curriculares. Com isso, acredita, que acabam não tendo idéia das muitas opções da Educação Física. "Vou experimentar de tudo um pouco".

SALA DE IMPRENSA - © 1994-2004 Universidade Estadual de Campinas / Assessoria de Imprensa
E-mail: imprensa@unicamp.br - Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Barão Geraldo - Campinas - SP