Aliança do governo federal com Centrão é instável, acredita cientista política

Edição de vídeo

O início do ano legislativo com a disputa pela presidência da Câmara e do Senado teve novamente como protagonista um bloco de partidos e parlamentares mais conhecido como Centrão. Embora tenha saído vitorioso dessas disputas, o governo Bolsonaro agora enfrenta as críticas por ter feito justamente aquilo que rechaçou durante a campanha: a já conhecida barganha de cargos e recursos públicos em troca de apoio dos partidos à agenda do executivo federal.

Para analisar os possíveis desdobramentos dessa aproximação entre governo e Centrão, nossa convidada nesta edição do Direto na Fonte é a professora do Departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, Andréa Marcondes de Freitas. Mestre e doutora em Ciência Política pela USP, ela coordena o Núcleo de Instituições Políticas e Eleições do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). É também autora do livro “O presidencialismo da coalizão”, fruto de sua pesquisa de doutorado, que recebeu menção honrosa no Prêmio Capes de 2014.

Na entrevista, a professora defende que a forma como essa aliança está sendo articulada não só é nociva ao nosso sistema político, como nos distancia do que seria um verdadeiro presidencialismo de coalizão, uma vez que os parlamentares que participam dessas negociações não costumam assumir qualquer responsabilidade pelo sucesso das políticas defendidas pelo governo - o que somado ao histórico de traições do bloco, faz dessa uma aliança mais que instável.

A entrevista também está disponível em podcast - basta procurar pelo Direto na Fonte no seu aplicativo favorito, ou ouvir diretamente no site da Rádio e TV Unicamp: http://bit.ly/2MIJ3N7

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