PM articula ampliar cooperação com a Universidade

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O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, recebeu nesta quinta-feira (31) alguns dos principais comandantes da Polícia Militar (PM) na região e abriu conversações que podem resultar na ampliação das ações colaborativas realizadas pelas duas instituições.

A PM – que receberá um terreno de 5 mil m² no campus de Barão Geraldo para a instalação de um posto do Corpo de Bombeiros – quer ampliar as parcerias também com as áreas acadêmica e científica.

 “A nossa proposta é firmar um convênio técnico-científico com a Unicamp, como já fazemos com a USP [Universidade de São Paulo]. A ideia é que a gente possa promover trocas acadêmicas, que possamos propiciar o desenvolvimento de nossas equipes e oferecer a nossa expertise”, explicou o coronel Rodrigo Sanchez, comandante da Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da PM.

No encontro, Meirelles e Sanchez discutiram a possibilidade de firmar acordos com diversas áreas da Universidade, entre as quais a da Educação Física – com trabalhos específicos voltados para o esporte paraolímpico e a preparação física geral. Articulam-se também projetos de atendimento de pessoas com deficiência, como serviços de cão-guia e equoterapia, e ações destinadas ao atendimento das pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA).

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A proposta é firmar um convênio técnico-científico ao modelo já realizado com a Universidade de São Paulo; a ideia é promover trocas acadêmicas

O comandante explica que o sistema de ensino e cultura da PM conta com três escolas básicas de formação – de soldado, de sargento e de oficiais. A força possui ainda cursos de ensino superior, de pós-graduação, de mestrado profissional e de doutorado profissional, além da escola de educação física, que, segundo ele, é a primeira escola do tipo no país.

“Ela foi introduzida com a missão francesa que veio organizar a instituição no início do século passado. Então, nós temos o interesse em firmar acordos com a Unicamp, mas também temos expertise. Temos muita experiência no que se refere à gestão pública, em especial na área de segurança pública e toda a complexidade que envolve manter uma instituição que hoje conta com 80 mil policiais e que atua em 640 municípios do Estado de São Paulo”, argumenta.

“Há um grande interesse de nossa parte nisso porque a Unicamp é uma instituição notória, reconhecida internacionalmente. Para nós, além de uma grande possibilidade, essa é uma grande oportunidade”, afirma.

A coordenadora da Secretaria de Vivência nos Campi (SVC), Susana Durão, disse que as negociações para firmar as parcerias estão avançadas. E afirmou que a ideia é criar um convênio guarda-chuva, no qual, posteriormente, poderão ser incluídos projetos específicos. E esses projetos, segundo Durão, podem ser em áreas de pesquisa, extensão ou educação – na graduação e na pós-graduação.

“No nível do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas [Nepp], por exemplo, poderão ser feitas pesquisas sobre segurança pública. Podemos planejar a realização de grandes inquéritos com a polícia, por exemplo, ou com a população, sobre assuntos de segurança pública ”, diz ela.

A professora ressalta que o convênio não terá caráter operacional. “Gostaria de esclarecer à comunidade acadêmica que esse tipo de convênio não é operacional. É de pesquisa, extensão e educação. Na Unicamp, vamos continuar com o modelo de segurança que sempre tivemos”, reforça.

A coordenadora da Secretaria de Vivência nos Campi, Susana Durão:
A coordenadora da Secretaria de Vivência nos Campi, Susana Durão: convênio não terá caráter operacional

Fortalecer as ligações

O reitor afirmou aos comandantes e oficiais presentes no encontro que a Unicamp tem interesse em fortalecer a ligação existente entre as instituições. “Nós queremos estreitar os laços entre a Universidade e a PM e tenho a convicção de que podemos desenvolver uma série de atividades, de forma conjunta”, disse ele.

O reitor lembrou ainda que essa reunião pode resultar em uma série de acordos. “O que estamos fazendo aqui é plantando. Esta conversa é um campo de prospecção. E vamos trabalhar para que os projetos aconteçam”, advertiu.

O chefe do Gabinete do Reitor, Paulo Cesar Montagner, disse que a aproximação pode ser benéfica para as duas instituições. “Acordos como esses que estamos para celebrar acabam perenizando uma relação que a gente quer construir”, afirmou.

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