Unicamp inicia conversações com o Ministério da Saúde de Angola para oferecer treinamentos

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A Unicamp iniciou conversações com o Ministério da Saúde de Angola para o estabelecimento de um acordo pelo qual a Universidade poderá fazer a complementação da formação e oferecer treinamento a profissionais de saúde daquele país. Pelo acordo, que começou a ser articulado nesta sexta-feira (18), médicos, enfermeiros e técnicos em saúde poderiam fazer residência e cursos de especialização e qualificação na Unicamp. Além disso, professores da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) poderiam contribuir com a formação de profissionais de saúde no país africano.

Além da colaboração com o ministério angolano, a Unicamp avalia também ativar um convênio firmado em 2007 com a Universidade Agostinho Neto (UAN), do país africano, para a formalização de parcerias em diversas áreas do conhecimento. “A ideia é trabalharmos com a Universidade Agostinho Neto em um convênio que trata, fundamentalmente, do intercâmbio estudantil e de professores – para que possamos atuar na área do empreendedorismo e empregabilidade e trabalhar fortemente nos cursos de pós-graduação, envolvendo diversas especializações, sejam de mestrado ou doutorado”, explicou o professor Job Monteiro Chilembo Jama Antônio, docente da UAN. Doutor em neurociência, Monteiro também é representante do Ministério da Saúde angolano.

Segundo ele, o governo de Angola iniciou a implantação de um amplo programa de melhoria da qualidade do atendimento médico especializado e, para isso, espera contar com o apoio da Unicamp. Monteiro diz que a Universidade poderá participar da formação de profissionais de saúde – que deverá envolver médicos das mais variadas especialidades, um programa de residência médica e ações de treinamento e qualificação.

Além da colaboração com o ministério angolano, a Unicamp avalia também ativar um convênio firmado em 2007 com a Universidade Agostinho Neto (UAN)
Além da colaboração com o ministério angolano, a Unicamp avalia também ativar um convênio firmado em 2007 com a Universidade Agostinho Neto (UAN)

Ao mesmo tempo, segundo o professor angolano, a Unicamp poderia capacitar enfermeiros nas várias áreas de especialidades e formar técnicos em saúde – terapêuticos e de diagnóstico. Ele diz ainda que outra grande preocupação do país africano tem relação com o sistema primário de saúde e que, também nisso, a Universidade pode ser importante.“Sabemos que a Unicamp e seus profissionais têm uma vasta experiência nessa área, sobretudo com sua atuação no SUS [Sistema Único de Saúde] e no intercâmbio entre as unidades primárias, secundárias e terciárias”, disse.

“Para nós, é importante que tenhamos parceiros com experiência, até mesmo para que possam nos orientar”, admite o professor. “Para nós, é importante, ainda, que aceleremos esse processo”, adverte. “A relação que eles querem ter com a Unicamp tem o objetivo de estimular o desenvolvimento de programas de treinamento, mais amiúde, mais intensamente, a fim de que eles voltem para lá capacitados a desenvolverem cursos de pós-graduação, de residência, coisas que eles já têm, mas às quais pretendem dar maior qualificação”, explica o infectologista Francisco Hideo Aoki, do Departamento de Clínica Médica da FCM.

“Para nós, esse é um convênio muito bom”, resumiu o diretor da FCM, Claudio Coy, que, ao lado de Aoki, também participou do encontro.

Internacionalização

O diretor executivo da Diretoria Executiva de Relações Internacionais (Deri), professor Osvaldir Pereira Taranto, disse que o acordo é muito importante para o fortalecimento do processo de internacionalização da Unicamp. Já Rafael Dias, docente assessor da Deri, lembrou da possibilidade de serem firmados acordos com os angolanos em diversas outras áreas, entre as quais o setor de petróleo.

Ampliação de acordos

O reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles, disse que a Universidade “tem muito interesse” em ampliar os acordos com a instituição de ensino de Angola e de firmar acordos com o governo desse país.

“Nós temos vários pontos de contato e a nossa intenção é que esses pontos sejam ampliados”, afirmou Meirelles. O reitor diz que o acordo com os angolanos pode trazer benefícios para a Unicamp. “Isso vai nos ajudar muito no processo de internacionalização. Para nós, é muito importante ter gente de fora, ainda mais quando não temos a barreira da língua”, ponderou, lembrando que em Angola também se fala o português. “Trata-se de um projeto ambicioso. Precisamos, agora, ir em busca de formas de fazer isso avançar”, concluiu o reitor.

O chefe do Gabinete do Reitor, professor Paulo César Montagner, também participou do encontro.

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