A psicanálise na berlinda

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“O livro não é o primeiro lançado no Brasil a tratar desses temas e dessa forma”, afirma o escritor e jornalista Carlos Orsi, sobre Que bobagem!: pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério, lançado recentemente pela Editora Contexto, em coautoria com a microbiologista Natália Pasternak. A obra faz um apanhado de doze práticas que seriam consideradas pseudociência pelos autores, entre as quais a psicanálise. Os autores afirmam ter feito um trabalho de divulgação científica de teorias desenvolvidas desde os anos de 1950.

Carlos Orsi do Instituto Questão de Ciência e coautor do livro "Que bobabem!: pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério" participou de forma online
O jornalista Carlos Orsi, diretor do Instituto Questão de Ciência e coautor do livro Que bobabem!: pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério participou de forma online do programa 

Carlos Orsi é diretor do Instituto Questão de Ciência e foi convidado para uma entrevista no programa Analisa, da Secretaria Executiva de Comunicação (SEC), gravado nesta quarta-feira, 9, no estúdio da TV Unicamp. Além dele, participa da entrevista o professor Mário Eduardo Costa Pereira, titular do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. O docente dirige o Laboratório de Psicopatologia Sujeito e Singularidade, e também é professor titular pela Universidade de Aix-. Marseille, na França.

Orsi e Pereira debateram a alegação de que a psicanálise, segundo consta no livro, seria uma pseudociência. Para Orsi, “na tradição da filosofia da ciência não é novidade a psicanálise ser considerada uma pseudociência. Não é algo que a gente inventou”. O jornalista e coautor do livro defende que existe um grande debate a ser feito acerca do tema no Brasil. “O debate entre a psicanálise e seus críticos mais densos ainda não aconteceu nos departamentos de psicologia das universidades brasileiras. A gente vê que existe uma divisão de linhas teóricas em que ninguém fala mal de ninguém. Acreditamos que chegou a hora do debate”.

Em discordância, o professor Mário Eduardo Costa Pereira, destacou que a discussão sobre os fundamentos filosóficos da psicanálise acontecem há cerca de 30 anos no Brasil e na Unicamp. “O debate que está sendo feito agora é sobre outra perspectiva. Precisamos aproveitar o momento e responder, no contexto do livro, se o problema da ciência está sendo colocado da forma adequada epistemologicamente”.

O professor titular da Faculdade de Ciências Médicas Mário Eduardo Costa Pereira dirige o Laboratório de Psicopatologia Sujeito e Singularidade
O professor titular da Faculdade de Ciências Médicas Mário Eduardo Costa Pereira dirige o Laboratório de Psicopatologia Sujeito e Singularidade

Sobre a alegação da falta de embasamento científico na psicanálise, o professor apresentou estudos realizados por revistas de alto impacto científico, como a Science, que, segundo ele, comprovam a tese de que a prática consegue produzir seus conceitos de maneira “modelizada e controlada enquanto ciência empírico-experimental”. 

O programa Analisa está disponível no Youtube da TV Unicamp e na plataforma Eduplay (RNP). 

Assista: 

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O programa Analisa, da Secretaria Executiva de Comunicação foi gravado nesta quarta-feira, 9, no estúdio da TV Unicamp

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Atualidades

A honraria foi aprovada por unanimidade pelo plenário da Câmara Municipal de Campinas 

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O coral leva um repertório de música popular brasileira, com as canções da parceria Toquinho e Vinícius, e o samba paulista de Adoniran Barbosa

Para o pró-reitor, Fernando Coelho, a extensão deve ser entendida como “o braço político do ensino e da pesquisa”