Equipe finalista de competição internacional conta com participação de pesquisadores do IB

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A equipe Brazilian Team classificou-se como finalista na competição internacional denominada Xprize Rainforest, tornando-se a única equipe da América Latina a conquistar o feito. Fazem parte da equipe, além de vários outros pesquisadores, a bióloga Simone Dena e o docente Luís Felipe Toledo, ambos do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp. O professor Vinícius Castro Souza, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), é o coordenador geral da Brazilian Team, composta, no total, por quase 60 pesquisadores de diversas áreas, em sua maioria do Brasil, principalmente filiados a universidades públicas. Há também a participação de cientistas de outros países, como Colômbia, França, Espanha e Alemanha.

A Xprize Rainforest tem como objetivo central melhorar a compreensão sobre os ecossistemas de florestas tropicais por meio de tecnologias autônomas usadas para avaliar a biodiversidade, usando a integração rápida de dados com o objetivo de fornecer uma nova forma de compreender a floresta. A Xprize é uma organização internacional que promove competições normalmente voltadas para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras.

Parte da Brazilian Team durante trabalho de campo
Parte da Brazilian Team durante trabalho de campo (Foto: acervo pessoal)  

Inicialmente, mais de 800 equipes se inscreveram para a competição, que tem cinco anos de duração e está em seu quarto ano. Em um primeiro momento, houve uma fase de qualificação e, na sequência, as semifinais, que contaram com 13 equipes testando as suas metodologias em campo, entre maio e junho deste ano, em Singapura. Nessa etapa da competição, seis equipes passaram para as finais, que ocorrerão no meio do ano que vem em um país a ser definido.

A equipe vencedora terá como missão traçar o maior painel possível sobre a biodiversidade em um dado trecho de uma floresta tropical, dentro de 24 horas, e usar esses dados para produzir, após 48 horas, o maior número possível de novos insights, revelando o potencial da biodiversidade e da floresta em pé. As três equipes vencedoras receberão prêmios em dinheiro – para o primeiro lugar, US$ 5 milhões, para o segundo, US$ 2 milhões e para o terceiro, US$ 500 mil. A equipe Brazilian Team decidiu que todo e qualquer prêmio recebido será integralmente utilizado em pesquisas e medidas de conservação da biodiversidade de florestas, especialmente na Mata Atlântica e na Amazônia.

Robô terrestre, uma das tecnologias desenvolvidas pela equipe
Robô terrestre desenvolvido pelo Brazilian Team para coleta de amostras dentro da floresta (Foto: acervo pessoal)

Espécies que emitem sons

Dentro da equipe há diversos grupos dedicados a pesquisar a biodiversidade de forma integrativa. O Grupo de Bioacústica do IB da Unicamp, que é coordenado por Dena e Toledo, dedica-se a identificar e estudar animais com base na emissão de sons por parte deles. Para isso, os pesquisadores estão criando diversas metodologias, sempre em parceria com outros grupos da equipe, que incluem desde a utilização de robôs de solo e de plataformas posicionadas por drones dentro da floresta (plataformas essas desenvolvidas pelo grupo de robótica da USP de São Carlos) até análises autônomas ou semiautônomas de detecção e identificação das espécies por meio de metodologias de machine learning e inteligência artificial.

A destruição das florestas tropicais úmidas avança mais rapidamente do que a capacidade humana de estudá-las. Por isso é preciso dedicar esforços sinérgicos para melhorar nosso conhecimento sobre a diversidade vegetal e animal dessas florestas em todo o mundo, usando técnicas modernas como espectrografia, DNA ambiental, bioacústica e sensoriamento remoto. As tecnologias desenvolvidas e implementadas pelo Brazilian Team estão sendo cuidadosamente projetadas nesse contexto para uma avaliação rápida e precisa da biodiversidade, especialmente em áreas geográficas remotas ou inacessíveis.

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Trecho de Mata Atlantica no Parque Estadual da Serra do Mar, em Ubatuba (SP); qualquer prêmio recebido será integralmente utilizado em pesquisas e medidas de conservação da biodiversidade de florestas (Foto: Antonio Scarpinetti)

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