Fernando Hashimoto assume direção do Instituto de Artes pela segunda vez

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O novo diretor Fernando Hashimoto: desafios de melhorar a infraestrutura da unidade e recompor quadro de funcionários 
O novo diretor Fernando Hashimoto ao lado da coordenadora-geral da Universidade, Maria Luiza Moretti: desafios de melhorar a infraestrutura da unidade e recompor quadro de funcionários 

A execução da sonata para cordas “Burrico de Pau”, de Carlos Gomes, em arranjo para marimbas, marcou a cerimônia de posse do professor Fernando Augusto de Almeida Hashimoto no cargo de diretor do Instituto de Artes (IA) da Unicamp para o quadriênio 2023/2027. Hashimoto – que já havia ocupado o cargo entre 2015 e 2017 – vai substituir o professor Paulo Ronqui, que comandava a unidade desde 2019. Hashimoto cumpriu dois anos à frente do IA e passou a exercer o cargo de pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade, a partir de abril de 2017.  

O novo diretor disse que escolheu a música de Carlos Gomes por dois motivos. “Primeiro trata-se de um autor campineiro da maior qualidade”, disse. “Depois, porque essa é uma peça divertida, alegre, animada. Adequada para o momento.” Hashimoto, ele próprio músico, apresentou-se no palco do auditório do IA ao lado de Rafael e Gabriel Pelegrino e de Isadora Conte. Antes, na abertura do evento, a pianista Isis Adum tinha executado o hino nacional brasileiro.

Na mesma cerimônia, o professor Mauricius Martins Farina assumiu o cargo de diretor associado do IA, em substituição à professora Mariana Baruco. A solenidade de troca de direção do instituto foi presidida pela reitora em exercício e coordenadora-geral da Universidade, professora Maria Luiza Moretti.

Professor titular de percussão e rítmica da Unicamp e reconhecido internacionalmente como um especialista no repertório brasileiro para percussão, Hashimoto disse que assume o cargo com ao menos dois grandes desafios pela frente: melhorar a infraestrutura da unidade e recompor o quadro de funcionários. “O IA tem um problema crônico de infraestrutura, que se arrasta há anos. Temos a questão do Teatro Laboratório e mais recentemente os problemas com o Paviartes. E, veja, não se trata de um caso de falta de atenção por parte das reitorias. Os recursos [para o Paviartes], inclusive, já estão alocados. Mas o fato é que hoje não contamos com o espaço de dois cursos importantes – Artes Cênicas e Dança – e os estudantes estão espalhados por diversos locais da Universidade. Portanto, a curto prazo, um dos desafios é resolver esse problema e conseguir fazer a reforma do Paviartes no tempo mais curto possível”, disse ele.

Cerimônia de posse teve a execução da sonata para cordas “Burrico de Pau”, de Carlos Gomes, em arranjo para marimbas
Cerimônia de posse teve a execução da sonata para cordas “Burrico de Pau”, de Carlos Gomes, em arranjo para marimbas

Com respeito ao quadro de pessoal, o professor afirmou que, pelas suas contas, houve redução de pelo menos 30 pessoas desde que assumiu a direção do IA pela primeira vez, em 2015, e que esse cenário tem potencial para agravar-se. “Precisamos fazer essas reposições até porque temos outros servidores prestes a atingir o tempo de aposentadoria.” 

O novo diretor diz, no entanto, que, do ponto de vista acadêmico, o Instituto de Artes está em um momento “excelente”. “O instituto é enorme. É uma das maiores unidades da Universidade. Pouca gente tem noção disso. Também é uma das mais antigas. Nasceu praticamente junto com a Universidade e hoje é uma referência nacional. Então, manter esse nível é um grande desafio para todos nós”, afirma. “A nossa produção acadêmica e artística é enorme e relevante. E temos de continuar assim”, finaliza.

Ronqui, por sua vez, agradeceu o apoio da Administração Central, de colegas e de servidores do IA. Relembrando seus quatro anos de trabalho à frente do instituto, disse ter enfrentado desafios já conhecidos e outros que jamais imaginou ver, como foi o caso da pandemia de covid-19. Mas, no final, segundo acredita, sua gestão teve um balanço positivo. Um dos seus destaques, afirmou, foi a renovação dos cursos de graduação e a melhora, pela avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), de três dos quatro programas de pós-graduação do instituto. Ronqui lembrou, ainda, que sua gestão realizou uma quantidade expressiva de ações de extensão.

O ex-diretor disse também que, na área de recursos humanos, o IA registrou uma grande quantidade de progressões de carreira, fatos que, segundo ele, foram facilitados tanto por um momento financeiro favorável da Universidade como pelo empenho da Administração Central. “Some-se a isso a significativa quantidade de concursos que realizamos para professores titulares e também para progressões na carreira Paepe [Profissionais de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão]”, lembrou. “Avançamos em dezenas de reformas e em obras novas e fundamentais para a nossa estrutura física. Cito como exemplo a cobertura do Teatro de Arena, que foi disponibilizado para uso preferencial do IA. Aliás, um novo projeto artístico para a área interna do teatro está sendo implantado neste momento. E no mês que vem será inaugurado”, antecipou.

Paulo Ronqui:  gestão teve balanço positivo
O professor Paulo Ronqui:  gestão teve balanço positivo

Ronqui disse ainda que o projeto executivo do Teatro Laboratório está em fase final de conclusão. “Por conta disso tudo, devo enfatizar a sensibilidade e o apoio irrestrito da Administração Central ao nos auxiliar em todas as demandas da unidade. Não é demais sublinhar aqui que todas as demandas encaminhadas para a administração foram atendidas. Muitas delas já foram resolvidas. Outras estão em vias de serem resolvidas”, afirmou no discurso de despedida do cargo. “Há, sem dúvida, muitos desafios a serem vencidos e desejo aos meus colegas e amigos Fernando Hashimoto e Mauricio Farina que tenham grandes êxitos no período de gestores que se inicia hoje”, finalizou Ronqui.

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Hashimoto cumpriu dois anos à frente do IA (2015-2017), pois passou a exercer o cargo de pró-reitor de Extensão e Cultura da Universidade

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