Unicamp e secretaria estadual articulam formulação conjunta de políticas públicas

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O reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles, se reuniu, nesta quinta-feira (15), com o subsecretário de Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo, José Police Neto, para discutir a elaboração conjunta de projetos de políticas públicas em diversas áreas.

De acordo com Police Neto, a ideia é que o órgão estadual e a Universidade possam elaborar projetos de aplicação direta no município ou região, a serem financiados pelo Programa de Pesquisa em Políticas Públicas (PPPP) da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Lançado este ano, o PPPP pretende selecionar projetos de pesquisa em todas as áreas do conhecimento que tenham como finalidade subsidiar, aprimorar, avaliar ou solucionar desafios da gestão pública.

Segundo a Fapesp, o PPPP tem o objetivo de estimular a produção de pesquisas com resultados aplicáveis, a serem implementadas em ambientes de cocriação e que contem com o envolvimento da sociedade civil.  “O nosso esforço, hoje, com a Unicamp, é que a gente consiga produzir o maior número de pesquisas que impactem a vida das pessoas nas cidades da RMC [Região Metropolitana de Campinas], em um primeiro momento, mas que possam ser replicadas em outras regiões do Estado ou mesmo do Brasil”, disse o subsecretário.

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O subsecretário de Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo, José Police Neto (à esquerda) e o reitor Antonio José de Almeida Meirelles:  pesquisas que impactem a vida das pessoas nas cidades da RMC 

O reitor afirmou que a Universidade tem grande interesse em participar de ações que gerem impactos positivos diretos na sociedade e que tragam soluções para problemas concretos da população. Ele citou várias possibilidades de políticas públicas a serem elaboradas em conjunto. Lembrou, por exemplo, do projeto do Radar Meteorológico, que foi adquirido pela Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp) e que será operado pela Unicamp.

Segundo Meirelles, há vários projetos que podem ser implementados a partir da entrada em operação do radar, além dos serviços de previsão do tempo e prevenção de catástrofes climáticas. O reitor lembrou ainda ser possível estabelecer programas de acompanhamento e manejo de áreas de risco e de combate aos efeitos da mudança climática, além de pesquisas ligadas à agricultura, entre outros.

Meirelles disse que a participação da Unicamp poderia se dar também em projetos na área da saúde. Técnicos da área da saúde da Universidade já têm um diagnóstico sobre o sistema de saúde da região e esse trabalho poderia ser o ponto de partida para a elaboração de outros projetos, afirmou. Um deles seria a criação de um sistema regionalizado de regulação de leitos hospitalares.

O reitor lembrou ainda que o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) – Unicamp, USP (Universidade de São Paulo) e Unesp (Universidade Estadual Paulista) – e o governo do Estado de São Paulo assinaram, em abril, um protocolo de intenções para a implementação e gestão de políticas de acessibilidade a pessoas com deficiência.

Meirelles disse que já existem também iniciativas que envolvem as três universidades na área da educação, iniciativas segundo as quais estudantes do ensino superior poderiam ser aproveitados na rede estadual de ensino. “Eu tenho, desde o início do meu mandato, essa intenção de estreitar o máximo possível as ações de colaboração. E vejo muitas possibilidades”, afirmou o reitor.

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O reitor Antonio Meirelles afirmou, durante a reunião, que a Universidade tem grande interesse em participar de ações que gerem impactos positivos diretos na sociedade

O subsecretário de Desenvolvimento disse ter saído otimista do encontro com Meirelles. “A gente sai daqui com pelo menos cinco projetos possíveis. Alguns na área da saúde, como a regulação de leitos e o atendimento a pessoas do espectro autista. Outros na área do combate a mudanças climáticas, no desenho da cidade para enfrentar as mudanças climáticas e no monitoramento das áreas de risco”, afirmou.

“A gente sai daqui com a certeza de que a população da RMC, por ter uma agência metropolitana eficiente, um conselho de desenvolvimento metropolitano ativo e uma universidade que está entre as melhores do mundo, poderá receber muito mais com o mesmo dinheiro. Ou até com menos dinheiro, porque deveremos gastar com mais eficiência”, finalizou o subsecretário.

Além de Police Neto, participaram da reunião o diretor-executivo da Agemcamp, Elizário Barbosa, e a secretária-executiva do Conselho de Desenvolvimento da RMC, Vera Rodrigues.

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O subsecretário de Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo, José Police Neto: elaboração conjunta de projetos de políticas públicas

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